PERSONALIDADES DO ESPORTE

terça-feira, 26 de abril de 2011

O CHANCELER "EDSON QUEIROZ"!!!

EDSON QUEIROZ edificou no Estado um conglomerado de empresas

Ainda nos anos 70, o empresário consolidou um antigo projeto: a criação de uma entidade que desse uma contribuição educacional ao Estado - estava lançada a semente da Fundação Edson Queiroz. Em 17 de abril de 1971, o Conselho Curador da Fundação anuncia o projeto de construção da Universidade de Fortaleza (Unifor)

Vinte anos se passaram desde o trágico acidente aéreo, que culminou com a morte precoce do chanceler Edson Queiroz. Seu imensurável legado, no entanto, permanece vivo, sólido. Nesta data, o “Diário do Nordeste” relembra a memória do grande empreendedor cearense, um homem à frente de seu tempo. Empresário de sucesso, o grupo, que hoje leva seu nome, administra 15 empresas, além da Fundação Edson Queiroz, empregando cerca de 14 mil funcionários em todo o País - um patrimônio admirável, que contribuiu significativamente para o engrandecimento econômico do Estado.

Ano é 1982. Preci-samente, 8 de junho, uma data triste, lamentável, inesquecível. De madrugada, o boeing 727 da Vasp de prefixo PP-SRK, que sobrevoava o interior do Estado prestes a completar o trajeto São Paulo-Fortaleza, chocou-se na Serra da Aratanha, provocando a morte imediata dos 135 passageiros a bordo, no pior acidente da história da aviação brasileira até então.

Entre as vítimas do acidente, constava o nome do chanceler Edson Queiroz, empreendedor de talento, personalidade de grande carisma e um dos mais ilustres brasileiros do século XX. Com intensa repercussão na mídia nacional, o infortúnio provocou comoção e pesar em todo o Estado.

Um homem à frente do seu tempo. Assim pode ser resumida a trajetória de Edson Queiroz, empresário cujo ímpeto empreendedor incansável foi sempre pontuado por grandes feitos. Fundou um conglomerado de empresas que deram ao Ceará uma nova configuração econômica, através da geração de milhares de empregos. Teve uma vida curta, mas deixou um legado de valor imensurável.

O talento para as finanças tem origem congênita: nascido em Cascavel, em 12 de abril de 1925, o pequeno Edson herdou do pai, Genésio Queiroz, a habilidade e a inteligência para os negócios. Habilidade revelada ainda na infância, aos oitos anos, quando o garoto decide improvisar o seu próprio comércio: monta uma banca, onde comercializa alfinetes, agulhas, fivelas e broches.

Poucas pessoas sabem, mas o empresário quase enveredou pela carreira religiosa na juventude. Ao concluir o primário, a mãe, dona Cordélia, solicitou a sua transferência para o Seminário Arquidiocesano da Prainha. Percebendo que o jovem não era vocacionado ao sacerdócio, o reitor da instituição intervém de forma contrária. Aos 15 anos, o adolescente segue para o Liceu do Ceará, colégio de referência na época, onde conclui o Ginásio.

O pai, então proprietário de um armazém de estivas na Rua Conde d'Eu, percebendo o interesse do filho pelos negócios, o nomeia gerente de sua empresa. Esbanjando competência e eficiência, em dois anos o jovem se torna sócio da Genésio Queiroz & Cia. Aos 20 anos e numa condição financeira excepcional para a sua idade, o promissor empresário conhece, em fevereiro de 1945, dona Yolanda Pontes Vidal. Em setembro do mesmo ano, os dois se casariam na Igreja do Carmo - o casal teve seis filhos.

Seu primeiro negócio independente e estável data de 1949. Erguido ao lado da Praça do Ferreira, o “Abrigo Central” se tornou um marco na história de Fortaleza: durante anos, o lugar foi um importante centro comercial, precursor dos modernos shopping centers, e um badalado ponto de encontro dos moradores e artistas da Capital. Na década seguinte, o visionário empreendedor decide trilhar novos caminhos. Funda em 1951, a Norte Gás Butano (hoje, com a denominação de Nacional Gás Butano) e, oito anos depois, inaugura em Fortaleza o Terminal Ernesto Igel, o primeiro terminal oceânico do Nordeste.

Ainda nesta década, direciona seus investimentos para um setor em ampla expansão, as comunicações, ao adquirir o controle acionário da Rádio Verdes Mares. Sob a conduta precisa do empresário, a pequena estação atinge grande popularidade. Os anos 60 presenciaram ainda a concretização de novos projetos idealizados por Edson Queiroz. Em 1963, funda a Tecnorte e a Esmaltec, gigantes cearenses da metalurgia. Dois anos depois, o empresário refaz o percurso à sua cidade natal ao inaugurar a Cascavel Castanha de Caju (Cascaju), indústria de grande porte que contribuiu sensivelmente para revigorar a economia do município.

Em 1970, Edson abraça novos sonhos e projetos com a instalação da TV Verdes Mares. A agilidade do empreendimento surpreendeu os cearenses, admirados com a rápida construção e elevação da torre transmissora. Após funcionar em caráter experimental, a emissora é oficialmente inaugurada. “Levamos ao ar, com esta emissora de televisão, o desejo ardente de projetar ainda mais o Ceará e o Nordeste”, disse no discurso inaugural.

Ainda nos anos 70, o empresário consolidou um antigo projeto: a criação de uma entidade que desse uma contribuição educacional ao Estado - estava lançada a semente da Fundação Edson Queiroz. Em 17 de abril de 1971, o Conselho Curador da Fundação anuncia o projeto de construção da Universidade de Fortaleza (Unifor). Seis meses depois, é assentada a pedra monumental do Campus, e, em março de 1973, as primeiras turmas assistem à aula inaugural, proferida pelo então ministro da Economia, Jarbas Passarinho. Edson, por sua vez, foi alçado à condição de chanceler da Unifor.

A década seguinte presenciou o último grande investimento do empresário: a implantação do jornal “Diário do Nordeste”, cuja primeira edição circula em 19 de dezembro de 1981. Implantado com tecnologia moderna, o jornal rapidamente se tornou o periódico de maior circulação no Estado e referência na região.

“Durante os 37 anos que compartilhamos, Edson jamais se deixou abater. Foi uma vida de dedicação e entusiasmo. Amou o Nordeste, o Ceará e o Brasil, assim como seus filhos e amigos. Infelizmente sua vida foi curta para a medida de seus projetos, mas foi sempre generosa em ações”, ressaltou dona Yolanda Queiroz, no prefácio do livro “Edson Queiroz - Um Homem e seu Tempo”.

Passados 20 anos da tragédia que findou de forma precoce a trajetória de Edson Queiroz, o Ceará continua a colher os frutos de seu memorável legado e a lhe render homenagens. O exemplo de dignidade concedido pelo notável empreendedor é melhor assimilado em sua célebre frase que ilustra todos os dias a página de opinião do Diário do Nordeste: “Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho”.

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

STOICHKOV, O BÚLGARO ESTÁ EM FORTALEZA!!!

Entrevista exclusiva com Stoichkov
Por: Bruno Balacó


Hristo Stoichkov está em Fortaleza chefiando a delegação búlgara no Mundial de Futebol Escolar. Foto: Rafael Cavalcante/ O POVO

Um dos maiores gênios do futebol está em Fortaleza. Hristo Stoichkov, líder da geração que levou a Bulgária ao 4º lugar na Copa do Mundo de 1994
, chefia a delegação de seu país no Mundial de Futebol Escolar, disputado desde o último dia 10 na Capital.

Essa semana, o ex-jogador recebeu O POVO para um bate-papo. Na conversa, muito futebol: falou dos bons tempos no Barcelona, na seleção búlgara, a parceria com Romário e seleção brasileira.

Entre as revelações, uma chamou atenção: Stoichkov disse que nunca ouviu falar de Neymar, maior astro do futebol brasileiro da atualidade.

Confira a entrevista na íntegra

Como está sua vida hoje?

- Está bem tranquila. Nunca perdi a alegria, a responsabilidade e a vontade de ajudar as pessoas. Estou como treinador do Mamelodi Sundowns, time da África do Sul. Sempre viajando para Espanha e Bulgária, onde tenho escolinhas de futebol. Hoje posso dizer que tenho tempo para dar atenção a todos.

És o chefe de delegação da Bulgária no Campeonato Mundial de Futebol Escolar. Como avalia esse grupo que trouxe para Fortaleza?
- Acho que é uma oportunidade única para eles. Temos alguns jovens talentos. Ficamos muitos anos sem trabalhar a base nos colégios. Agora estamos nos reestruturando.

Stoichkov (Foto) foi um dos dois artilheiros da Copa do Mundo de 1994, com seis gols.

E a Bulgária da Copa do Mundo de 1994? Que time era aquele, hein?
- Certamente será único. Credito o sucesso que tivemos a união de vários jogadores importantes. Tínhamos muito respeito uns com os outros, amizade e bom comportamento. Cada jogador sabia sua responsabilidade. São tempos que não voltam, em que a Bulgária viveu o apogeu de seu futebol.

O que aconteceu depois de 1994? A Bulgária não foi mais a mesma em Copas do Mundo?
- No futebol quando não se trabalha base as coisas não funcionam. Por muito tempo não se trabalhou o futebol de base na Bulgária como se deveria, sobretudo nos colégios. E isso faz a diferença no futebol. As próximas gerações ficam comprometidas.

Você jogou e morou por muito tempo em Barcelona. Ainda continua próximo do clube?
- Vou a muitos jogos do Barcelona. Algumas partidas acompanho o clube. Afinal, faço parte da história do clube. Colocamos a primeira pedra para o Barcelona crescer e chegar ao que é hoje.

O que acha de Lionel Messi?
- Messi é espetacular.
Sem dúvida o melhor jogador de futebol do mundo. Não só pelos gols. Ele demonstra ser grande pela humildade.

Stoichkov e Romário (Foto) formaram dupla de ataque por muito tempo no Barcelona. Desde 93 são grandes amigos.

Você jogou com muitos jogadores brasileiros. Qual te chamou mais atenção?
Romário. Romário é o maior jogador da história
. É um jogador que tenho um carinho muito grande. Somos amigos íntimos. Para mim, existe um Brasil antes e depois do Romário. O Brasil tem Pelé, Zico, Sócrates, Mauro Silva, Dunga, Taffarel, Raí, Muller, mas tenho que dizer que Romário é o número 1.

E o Ronaldo, o fenômeno?

- É um grande jogador. Nada mais.

E Neymar?
- Não conheço. Nunca ouvi falar.

É a primeira vez que está aqui em Fortaleza?
- Sim.
Já vim muitas vezes aqui no Brasil, mas para o Rio de Janeiro, Brasília, Belém e outras cidades do país. Achei uma cidade bonita. Gostei da praia.

Ainda é bem reconhecido por onde passa?
- Sim.
Creio que é um reconhecimento grande porque joguei oito anos em Barcelona e doze anos na seleção da Bulgária. Joguei na Itália, Japão, Estados Unidos e Arábia Saudita. As pessoas te conhecem porque formamos um verdadeiro Dream Team no Barcelona.

Certa vez disse numa entrevista que existem dois Cristos no mundo e você era um deles (em búlgaro Hristo significa Cristo?

- É isso mesmo. O que posso fazer. O meu nome está na história. Nada pode mudar isso. Meu nome é conhecido em todo mundo. Seja por bem ou por mal.

E a amizade que tem com Romário?
- Somos amigos íntimos. Irmãos mesmo
. Formei uma dupla temível com o Romário no Barcelona. Sou amigo dele desde 93. Quando ele vai para a Espanha fica na minha casa. Quando venho pra cá fico na casa dele. Sempre conversamos por telefone, falamos sobre como vai a família e os amigos. Foi o dia mais feliz da minha vida quando ele chegou disse que foi o melhor jogador do mundo graças a mim, que o ajudei, nos tempos de Barcelona.

A entrevista para O POVO foi realizada no Marina Park e todo o bate-papo foi em Espanhol, idioma que o ex-jogador domina bem. Foto: Rafael Cavalcante/ O POVO

E a perna esquerda que o consagrou, como está?
- Está bem. Às vezes jogo, mas não tanto como antes, mas jogo.

Esteve na África do Sul também como comentarista?
- Estive comentando futebol para a Televisa – rede de televisão mexicana. Agora o próximo passo é ir também à Copa América, este ano, na Argentina, com mesma equipe do Mundial. Vai ser interessante. Conhecerei muita gente na Argentina. Assim ficarei perto de meu amigo Maradona.

Como avalia a seleção brasileira de futebol hoje?

- Acredito que o Brasil tinha um bom treinador para ser campeão na Copa, que era o Dunga. Poucas vezes uma seleção vai encontrar um treinador como ele. Ele tinha uma equipe organizada. No futebol nem sempre se pode ganhar. Em 98, o Brasil tinha um time espetacular e perdeu por 3 a 0 para a França. Creio que o Brasil terá uma grande desafio agora com a Copa do Mundo, daqui a três anos. Jogar uma Copa do Mundo em casa, com muita pressão. Não será fácil.

E o Mano Menezes?
- Não o conheço.

Por: Bruno Balacó
O POVO

quinta-feira, 7 de abril de 2011

FALCÃO O MELHOR DO MUNDO!!!

Aos 33 anos e mais maduro, Falcão garante: "Eu estou cada vez melhor"
- Craque vive a expectativa de marcar seu gol de número 300 pela Seleção neste fim de semana. Ele terá duas chances nos confrontos contra o Uruguai

Astro das quadras, Falcão (Foto) comemora um gol pela Seleção Brasileira de futsal

Melhor jogador de futsal do mundo, o ala Falcão vive um momento especial na carreira. Aos 33 anos,
o craque está a apenas um gol do de número 300 pela Seleção Brasileira e é o principal nome da equipe do Santos, que lidera a Liga Futsal 2011 com folga.

Neste fim de semana, o jogador será a maior atração do Brasil nos dois jogos do Desafio Internacional contra o Uruguai, em São Carlos (SP). O SporTV transmite a primeira partida neste sábado, às 15h, e a TV Globo exibe a segunda no domingo, dentro do Esporte Espetacular.

Antes de enfrentar os rivais sul-americanos, o astro conversou por telefone com o GLOBOESPORTE.COM e destacou o seu amadurecimento. Ele relembrou a carreira, falou sobre a habilidade com a bola, elogiou os "Meninos da Vila" e disse que tem deixado os dribles de lado para se tornar um jogador ainda mais eficiente em quadra.

- Eu estou cada vez melhor. Procuro dizer que estou menos brilhante e mais certeiro. Antes, os dribles aconteciam em maior número. Hoje, driblo menos, apareço um pouco menos para a torcida, mas sou mais eficiente - contou.

Confira a entrevista completa com o astro:

GLOBOESPORTE.COM: Qual é a sua expectativa para seu primeiro jogo com a Seleção este ano?
- Falcão:
Em primeiro lugar, a saudade que estou sentindo em jogar com a camisa da Seleção Brasileira. Além disso, será minha primeira partida pelo Brasil como jogador do Santos. É um momento especial que estou vivendo no Peixe e tentando buscar o meu gol de número 300 com a amarelinha.

Ansioso por alcançar esta marca de 300 gols pelo Brasil?
- Eu sempre digo que números não se discutem. Sou o maior artilheiro da Seleção de futsal, e ter a chance de alcançar esta marca vai ser muito importante. Teremos dois jogos contra o Uruguai, e espero deixar minha marca no esporte. Tem tudo para ser um fim de semana muito especial.

Como você viu a derrota do Brasil para a Espanha na decisão do último Grand Prix de Futsal? Vocês estão pensando em dar o troco no Mundial de 2012?
- Aprende-se muito mais com a derrota do que com a vitória. No torneio, nosso time teve desfalques, e alguns jogadores estavam com problemas. Sem falar que alguns jogadores tiveram falhas individuais naquela partida. Foi um dia atípico. Não que a Espanha não possa nos vencer, mas não jogamos bem mesmo. Estávamos sem perder há vários jogos, e talvez essa derrota tenha vindo no momento certo. Para ser campeão do mundo novamente, teremos que passar por eles, e existe uma igualdade muito grande. São jogos com placares apertados, e será sempre um clássico de muita rivalidade.

Qual a sua opinião sobre o atual momento da Seleção Brasileira, com algumas caras novas?
- É um processo normal após a conquista de um título mundial como o de 2008. O Sorato (técnico da Seleção) sabe quais são os atletas em que ele pode confiar, e nisso estão incluídos os mais antigos, como eu, Lenísio e outros. Os novos precisam pedir passagem. Ainda é um ano de afirmação para Murilo, Gadeia e Pixote, por exemplo. Torço para que eles façam pelo Brasil o que estão fazendo em seus clubes. Espero que eles tenham sucesso, pois o Brasil depende muito dessa renovação.

O que mudou do Falcão de antes para o de agora, aos 33 anos?
- Eu estou cada vez melhor. Procuro dizer que estou menos brilhante e mais certeiro. Antes, os dribles aconteciam em maior número. Hoje, eu driblo menos e apareço um pouco menos para a torcida, mas acabo sendo mais eficiente. Pela idade e números, com gols e títulos importantes que tenho, o tempo mostra que estou melhorando. O atleta tem um prazo de validade, mas me sinto animado, por enquanto. Sinto que posso defender o Brasil pelo menos até o ano que vem e fechar minha história na Seleção com mais um título mundial.

Qual é seu o momento mais marcante com a camisa verde-amarela?
- A minha primeira decisão pela Seleção Brasileira em Cingapura. Nosso time sofreu várias expulsões na semifinal, e fomos com apenas sete atletas para a final. Mesmo assim, marquei três gols na Itália. E em 2008, a geração que ganhou o Mundial no Brasil foi especial demais, tanto pela repercussão quanto pelo trabalho de todos os envolvidos naquela conquista histórica.

Falcão e Paulo Henrique Ganso (Foto) posam juntos no treino do Santos

Como está a sua vida em Santos? Já se adaptou ao clube e a cidade?

- Melhor, impossível. Estou feliz demais com o projeto do clube e a aceitação do público, que vem lotando a nossa arena a cada partida. Vemos nas cadeiras os atletas do Santos, como Neymar, Ganso e Elano, o presidente também, e está sendo um casamento perfeito. Se vamos ganhar, ninguém sabe, mas estou contente. Fiquei oito anos atuando no sul do país, mas sou de São Paulo e estou perto de casa e da família. Eu renasci como atleta, e isso me fez melhorar.

O Peixe está liderando a Liga Futsal. É o favorito ao título deste ano?
- Nós somos um dos favoritos ao título, sim. Nossa equipe foi feita para vencer, mas Corinthians, Carlos Barbosa e Marechel Rondon são fortes e também vão dar trabalho. Estamos entre os cinco ou seis favoritos para ficar com o título. Porém, ainda é cedo para falar nisso.

O Santos tem cinco jogadores convocados para esse desafio com o Uruguai (Falcão, Valdin, Pixote, Neto e Jé). Como você observa isso?
- Reflexo do que fazemos dentro de quadra. Não perdemos nenhum jogo no ano, e a responsabilidade aumenta. São cinco convocados, e esperamos que da próxima vez tenha mais atletas ainda. Parabéns aos jogadores, e que briguem pelas vagas na Seleção, pois não será fácil se manter no grupo.

Como é ser reverenciado por jogadores como Neymar e Ganso? Você viu o Neymar boquiaberto?
- O Ganso e o Neymar são as referências do Brasil hoje no futebol. O projeto do Santos nos dá proximidade com esses atletas, e isso é um atrativo a mais. Nos encontramos no CT do clube, vamos nos jogos, e eles também nos acompanham. Poder ver a reação deles é um prazer enorme. Isso valoriza muito a nossa atuação e o futsal.

Diante do Neymar, você fez dois golaços em chutes da sua quadra. Você treina esse tipo de lance ou é instintivo?
- O Ferreti (técnico do Peixe) sempre procura treinar essa jogada comigo. Eu tenho facilidade nesse tipo de lance e números nos treinos que comprovam isso. Tenho 90% de acerto nesse tipo de bola. Com o time rival atuando com gol-linha, tenho facilidade de colocar a bola por cima e fazer o gol. Já tinha feitos alguns gols dessa forma antes, mas deu repercussão por causa do Neymar, que estava lá na arena e viu de pertinho.

E a experiência de atuar nos gramados, gostaria de jogar com essa garotada do Peixe? Ou quem sabe trazê-los para um jogo na quadra?
- Estive domingo no jogo contra o Palmeiras, que o Santos perdeu, e a torcida me pediu para entrar em campo. Mas um jogo festivo com os craques da quadra e do gramado seria o máximo. Estou no Santos para jogar futsal e não futebol de campo e fico feliz com isso.

Cresci jogando na várzea desde cedo e me acostumei com isso. Se tiver que dar uma lambreta no adversário eu vou dar. "FalcãoComo é ser considerado o "rei do drible" no futsal?
- É um compromisso para mim. A torcida nunca sabe se você está machucado ou se está normal. Eu faço quatro gols, mas não dou lençol, caneta, e a torcida me cobra. Tem vezes que não jogo nada, mas dou dribles, e a torcida diz que joguei muito. Aprendi a driblar e ser eficente e transformei isso em títulos. Eu passei por cima dessa coisa de só driblar. Quem vai ao ginásio quer ver lances bonitos. Uso a finta como artifício do meu jogo.

E a famosa lambreta. Quando foi a primeira vez que usou esse drible?
- Eu aprendi a me divertir com responsabilidade. Nunca me assustei com dedo na cara e ameaças. Cresci jogando na várzea desde cedo e me acostumei com isso. Se tiver que dar uma lambreta no adversário, eu vou dar. Virou marca registrada depois do jogo contra Portugal, em 2003, e às vezes, eu marco dessa forma. Eu me divirto em quadra. Eu faço quando estamos perdendo, ganhando ou empatando, é o meu estilo de jogo.

Seu filho Enzo, de oito anos, treina nas categorias de base do Santos. Sonha vê-lo como jogador? Não teme que ele seja muito cobrado?
- O pai é uma coisa, e o atleta é outra. Fico triste quando ele não é escalado, mas tento não me meter. Ele é bom de bola, mas é muito menino e tem que saber lidar com o futuro. Espero que ele se divirta, mas quem saberá do futuro é ele. Primeiro, os estudos, e depois, o futebol. Comecei com 14 e sei que ele não pode ser cobrado. Meu desejo maior é que ele jogue no campo, e estou aqui para apoiar.

Mande uma mensagem para a torcida que acompanha o futsal do Brasil:
- Fico feliz pelo carinho que recebo todos os dias nas ruas. É uma responsabilidade grande no esporte, e isso é dado pelo carinho que recebo. O gol 300, se vier, será dividido com todos os brasileiros. Eu jogo para o público e procuro fazer quem está em casa ou nas quadras mais feliz.

Por Igor Christ
Rio de Janeiro

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CENTENÁRIO DO GUARANI/Campinas/SP!!!

01/04/2011: Portal lista os maiores ídolos da história bugrinaGrandes craques vestiram a camisa do Guarani ao longo dos seus 100 anos de história

Centenário do Guarani/Campinas, SP, 01/04, Comemorados no dia 02/04 para fugir do Dia da Mentira

- Ao longo dos 100 anos de história
, vários grandes jogadores vestiram a camisa do Guarani. Por isso, seria impossível listar todos aqueles que se tornaram ídolo do Bugre, sobretudo nas primeiras décadas do século XX. Assim, o Portal lista alguns dos principais ídolos das últimas três décadas.

A década de 70 é considerada a mais vitoriosa da história do clube, uma vez que foi nela que o Guarani conquistou o principal título de sua história, o Campeonato Brasileiro de 1978. Daquele time, todos os titulares se tornaram ídolos da torcida, mas alguns deles tiveram uma maior identificação com a torcida, como Neneca, Zenon, Careca e Renato.

ZENON (Foto)

- Natural de Tubarão-SC, Zenon chegou ao Guarani em 1976 de forma discreta, vindo do Avaí. O ex-meia é considerado um dois maiores camisas 10 do time campineiro, e chegou a ser convocado para a seleção brasileira em 78. Zenon deixou o Guarani em 1980 para defender o Al Ahli, da Arábia Saudita, e voltou ao Bugre em 1988, depois de ter jogado no Atlético-MG, Portuguesa e Corinthians. Encerrou a carreira em 1992 no São Bento de Sorocaba.

NENECA
- Hélio Miguel, o Neneca, foi fundamental para a conquista do título de 78. Foi a partir de um lançamento do ex-goleiro que Careca marcou o gol do título no segundo jogo da final, contra o Palmeiras. Além do Bugre, ele defendeu também Náutico, Londrina, Bragantino e Fluminense-BA, encerrando a carreira no Votuporanguense.

CARECA
- Sem dúvida o principal nome da conquista bugrina foi o atacante Careca, que na época tinha somente 17 anos. Autor de gols decisivos, inclusive nas duas partidas finais, ele foi um dos maiores camisas 9 que o futebol brasileiro já produziu. Depois de deixar o Bugre, foi para o São Paulo, onde manchou sua história no time de Campinas ao marcar o gol que deu o título brasileiro ao Tricolor em 86, na decisão contra o Guarani. Vestiu ainda as camisas de Napoli, Kashiwa Reysol-JAP e Santos, e brilhou com a seleção brasileira.

RENATO
- Outro que foi fundamental na conquista do título nacional foi o meia Renato. Jogador de grande habilidade e visão de jogo, formou uma parceria de sucesso com Zenon. Assim como Careca, se transferiu para o São Paulo no início da década de 80, e atuou também no Botafogo-RJ, Yokohama e Kashiwa Reysol, do Japão, Ponte Preta e Taubaté.

NETO (Foto)
- Maestro do time vice-campeão paulista em 1988, o talentoso meia Neto foi um dos últimos grandes meio-campistas que vestiram a camisa do Guarani. Revelado nas categorias de base do Bugre, fez um gol antológico de bicicleta em plena final de Paulistão, contra o Corinthians, onde posteriormente viria a ser ídolo. Defendeu ainda Bangu, São Paulo, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Matsubara, Araçatuba, Osan-SP, Paulista e Millonarios, da Colômbia.

Ricardo Rocha
- Na década seguinte o Guarani manteve a boa fase e conquistou resultados expressivos, como os vice-campeonatos brasileiro em 1986 e 1987 e o vice paulista em 1988. Nessas conquistas, um dos principais destaques foi o zagueiro Ricardo Rocha. Ele chegou ao Bugre sem muito alarde em 1985, vindo do Santa Cruz. Mas com um futebol técnico e de muita qualidade, se tornou um dos principais defensores do futebol brasileiro, chegando até a Seleção. Defendeu ainda Sporting-POR, São Paulo, Real Madrid-ESP, Santos, Vasco, Fluminense, Newell´s Old Boys-ARG e Flamengo.

AMOROSO (Foto)
- O meia-atacante Amoroso foi o último grande ídolo do Guarani, que sofre com a carência de grandes jogadores nos últimos anos. Revelado nas categorias de base do time campineiro, comandou a equipe na boa campanha no Campeonato Brasileiro de 94, onde sagrou-se artilheiro com 19 gols. Não tivesse se machucado, o Bugre poderia ter conquistado o bicampeonato nacional. Após deixar o time campineiro, atuou no Flamengo, Udinese-ITA, Verdy Kawasaki-JAP, Parma-ITA, Borussia Dortmund-ALE, Málaga-ESP, São Paulo, Milan-ITA, Grêmio e Corinthians.

CARLOS ALBERTO SILVA
- O Guarani é um dos poucos clubes que tem como um dos maiores ídolos um treinador. Comandante do time no título de 78, Carlos Alberto Silva está eternizado no coração da torcida bugrina. Depois da conquista com o Bugre, tornou-se um dos treinadores de sucesso do país, e chegou até a comandar a Seleção Brasileira, entre 87 e 88. Brilhou também na Europa, onde dirigiu La Coruña-ESP e Porto-POR, e em grandes clubes brasileiros, como São Paulo, Atlético-MG, Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians, entre outros.

Muitos outros grandes jogadores que se tornaram ídolos merecem ser lembrados:
- Amaral, Júlio César, João Paulo, Evair, Luizão, Djalminha, Gomes, Zé Carlos, Bozó, Capitão, Edson, Mauro, Miranda, Marco Antonio Boiadeiro, Sérgio Néri, Catatau, entre muitos outros.

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