PERSONALIDADES DO ESPORTE

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DIMAS FILGUEIRAS É PERSONAGEM DE LIVRO!!!

Ex-técnico Dimas Filgueiras é personagem de livro
O livro “Dimas – Guerreiro Alvinegro”, do empresário de atleta de futebol Alberto Damasceno, será lançado nesta quarta-feira, às 19 horas, no Clube Náutico Atlético Cearense. Com o selo da Omni Editora, é fartamente ilustrado por fotografias e gráficos e revela algumas histórias interessantes daquele que sempre foi o treinador “quebra galho” do time do Ceará.

Uma delas é que Dimas Filgueiras era quem lia e escrevia algumas cartas de amor do famoso Garrincha em viagens no Exterior.
Samuel Martins
Facebook

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

MORRE ESPOSA DO EX-TÉCNICO "ZAGALLO"!!!

Casada desde 1955 com o ex-técnico da Seleção, Alcina teria sido a responsável pela superstição do tetracampeão com o número 13
A esposa do ex-treinador Mário Jorge Lobo Zagallo, Alcina de Castro Zagallo, morreu nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Casada desde 1955 com o tetracampeão, Alcina, de 80 anos, estava internada há cerca de dois meses e faleceu na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul da cidade, vítima de insuficiência respiratória.

O corpo da esposa de Zagallo será enterrado nesta terça, a partir das 13h (de Brasília), no cemitério São João Batista, em Botafogo. Chamada pelo ex-treinador carinhosamente de Nina, Alcina era professora e teve quatro filhos com o Velho Lobo. Os dois se conheceram no bairro da Tijuca, onde se casaram na Igreja dos Capuchinhos.

Em reportagem da revista "Isto É Gente" em 2006, a esposa afirmou que a superstição do marido com o 13 nasceu por sua causa. Assim como Zagallo, Alcina era devota de Santo Antônio, cujo dia é celebrado em 13 de junho (um dos motivos para o técnico considerar o 13 como número da sorte), e os dois se casaram no dia 13 de janeiro de 1955.

Apesar de o Velho Lobo ser o brasileiro com o maior número de conquistas em Copas do Mundo, Alcina nunca acompanhou o marido nas viagens para o torneio da Fifa. Zagallo venceu duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e uma como auxiliar-técnico de Carlos Alberto Parreira (1994), além de ter saído derrotado em 1974 e 1998, como treinador, e 2006, também como auxiliar de Parreira.

- Ele prefere assim. E eu também, não gosto de perturbar. Acima de tudo, sou torcedora do meu marido. Não vou trazer tranquilidade para ele estando lá perto - disse Alcina em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" na véspera da Copa de 2006.
Esposa de Zagallo morre no Rio
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro - 05/11/2012 21h42
Atualizado em 05/11/2012 22h46

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PELÉ EM COMPANHIA DA NAMORADA, ENCONTRA FAMÍLIA REAL DE MÔNACO!!!

Na companhia da namorada, Pelé encontra família real de Mônaco

Ex-jogador de futebol participou da cerimônia Golden Foot, em Monte CarloPelé e Márcia Aoki (Foto: AFP)Pelé e Márcia Aoki (Foto: AFP)

Antonio Caliendo, Zlatan Ibrahimovic, Pelé, Lothar Matthaeus, Jimmy Jean Louis e Lorena Baricallaand Franco Baresi (Foto: Getty Images)

Conhecido mundialmente pela notória carreira esportiva que desempenhou, Pelé foi um dos grandes convidados de uma importante premiação esportiva, na noite desta quarta-feira (17). O ex-jogador de futebol visitou Monte Carlo, em Mônaco, para participar do Golden Foot. A cerimônia tem como objetivo destacar os esportistas que brilharam por suas conquistas na carreira.

Para o evento, Pelé esteve acompanhado da namorada, Márcia Cibele Aoki, 33 anos mais jovem. Durante a passagem por lá, Pelé se encontrou com a princesa Stephanie e outros esportistas.
Pelé e a Princesa Stephanie (Foto: AFP)

Naquela noite, o sueco Zlatan Ibrahimovic foi premiado em uma honraria concedida desde 2003 como homenagem ao conjunto da obra de atletas com mais de 28 anos. Ele superou nomes como Casillas, Xavi, Puyol, Pirlo, Buffon, Drogba, Raúl, Seedorf e o brasileiro Kaká.
Ronaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho já ganharam o mesmo prêmio em anos anteriores.
Mais cedo, Pelé participou de outra homenagem, na qual deixou a marca de seus pés na calçada da fama diante da presença do Príncipe Alberto.
Pelé (Foto: Getty Images)
Pelé e Márcia Aoki (Foto: AP)

sábado, 13 de outubro de 2012

FALCÃO É EXALTADO POR BRUNO CONTI QUE RELEMBRA 1982!!!

Lembra Dele? Italiano Conti exalta Falcão e vitória de 1982: 'Antológica'

Coordenador da base do Roma, ex-jogador da Azzurra que desbancou o Brasil no Sarrià na Copa fala sobre convívio com brasucas no clube romano

Falcão e Bruno Conti 1982 (Foto: Getty Images)
Conti no duelo 'antológico' com o amigo Falcão pela Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Ao fundo, Paolo Rossi, carrasco do Brasil na vitória da Azzurra por 3 a 2 que eliminou seleção de Telê (Foto: Getty Images)

Antológica é a palavra certa para definir aquela partida"
Conti, sobre a vitória da Itália em cima do Brasil na Copa de 1982
A Copa de 1982 traz péssimas lembranças aos brasileiros, principalmente os gols de Paolo Rossi, algoz na derrota do Brasil por 3 a 2 para a Itália, no dia 5 de julho daquele ano. Mas para os torcedores da Azzurra, o carrasco não é o único ídolo daquela conquista na Espanha. O baixinho e ex-ponta Bruno Conti, que tinha na velocidade e nos dribles rápidos suas principais características, também não sai do coração dos fanáticos italianos. E o triunfo sobre a Seleção de Zico, Falcão & cia., comandada pelo técnico Telê Santana, foi um dos principais temas lembrados pelo ex-jogador.

Por email, o atual responsável pelas categorias de base do Roma relembrou a conquista e a atitude da seleção brasileira em campo na tentativa de vencer aquela partida disputada no estádio Sarrià, em Barcelona.
- Antológica é a palavra certa para definir aquela partida. Foi disputada, difícil, qualquer um podia ganhar. Mas a nossa fome de vitória fez a diferença. Sabíamos que derrotar o Brasil significaria conquistar o título. Aquele jogo foi verdadeiramente a final da Copa. Sempre acreditamos na vitória e sabíamos que o Brasil era o time mais forte. Mas eles nos ajudaram. Tinham dois resultados de três. Bastava o empate. Jogaram para ganhar e acabaram perdendo - afirmou o ex-jogador, hoje com 57 anos.
Naquele confronto, aos 23 minutos do segundo tempo, Falcão marcou o gol de empate, deixando o placar em 2 a 2. Para muitos, o lance era a reabilitação da seleção brasileira na partida e uma provável classificação para a semifinal do torneio. Mas não foi bem isso que aconteceu no desenrolar da partida. E Conti relembra o sentimento da equipe italiana.
Vivemos um sonho com o nosso povo ao aterrissar na Itália"
Bruno Conti
- Depois do gol do Falcão, o jogo endureceu, mas a nossa fome de vitória fez a diferença. Ficamos concentrados durante o restante da partida, acreditando no resultado. Foi o que aconteceu no fim - disse o ex-jogador, lembrando o gol marcado por Paolo Rossi, aos 30 minutos da etapa final.
O triunfo sobre o Brasil foi um dos mais marcantes dentro de campo. Mas fora dele, Conti contou que a recepção após o título e a descrença da imprensa em relação à conquista também não serão esquecidas com o passar dos anos.
- O momento mais marcante foi o encontro com o presidente da República Italiana, Sandro Pertini. Ele foi uma pessoa humilde e maravilhosa com todo o grupo da seleção. Jogava cartas com a gente, e na volta de Madri para Roma quis que o grupo viajasse no seu avião pessoal. Foi um momento inesquecível. Lembro também que começamos mal o torneio, e a imprensa começou a pegar em nosso pé. Muitas críticas, zero elogio e muito pessimismo. Isso fortaleceu o nosso grupo para o torneio. Na volta, vivemos um sonho com o nosso povo ao aterrissar na Itália - contou o jogador.
Bruno Conti com Totti no Roma (Foto: AFP)Bruno Conti ao lado de Franceco Totti, outro ídolo da torcida do Roma (Foto: AFP)

História no Roma e a convivência com Falcão e Renato Gaúcho

Bruno Conti na partida do Roma (Foto: Getty Images)
Bruno Conti atualmente cuida das categorias de
base do Roma
(Foto: Getty Images)

Além de ser ídolo da seleção italiana, Conti também é um dos ícones do Roma. Atuou na equipe de 1973 a 1990. Saiu por poucas temporadas, quando atuou no Genoa. Mas foi no clube da capital que fincou raízes. Retornou em 1992 para trabalhar com a garotada. Foi convidado para assumir as divisões de base e coordenar um projeto ambicioso: pinçar talentos em várias partes do mundo. E o Brasil se tornou um rico local de garimpo.
De 15 a 20 de dezembro, em Nogueira, em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, por conta do projeto coordenado por Conti, o Roma fará um campus para crianças de 8 a 14 anos. Realizado desde 2008, o trabalho já descobriu em solo brasileiro o garoto Caio, de 14 anos, que está na Itália há quatro anos.
- É o que sei fazer de melhor. Trabalho com a garotada há mais de 20 anos. Todo mundo pode ver se um garoto é bom de bola ou não. O segredo é perceber se aquele garoto será bom daqui a dois ou três anos. Entender se ele poderá se firmar. É preciso ter uma visão global de como uma base pode crescer – disse Conti, lembrando que De Rossi, Aquilani, Bovo e Pepe saíram do projeto para a equipe principal do Roma.
O Falcão era um grande jogador e uma grande pessoa. Era absurdamente inteligente dentro do campo"
Bruno Conti
Conti falou ainda de sua paixão pelo Brasil e pelo futebol canarinho. O ex-jogador fez revelação curiosa sobre algumas passagens pelo país.
- Eu sou apaixonado, sempre tirei férias no Brasil com o Pedrinho (Vicençote, ex-jogador e atual empresário) e o Graziani. E sempre jogamos futevôlei na praia.
O ex-jogador também foi cercado de brasileiros no clube da capital italiana. Jogou ao lado do apoiador Falcão, conhecido como Rei de Roma por sua passagem de sucesso, e do atacante Renato Gaúcho. Enquanto classificou o primeiro como "profissional exemplar", lembrou que o ídolo do Grêmio, Flamengo e Fluminense tinha uma característica mais "egoísta" no momento de decidir por um passe ou finalização. Mas também elogiou o ex-companheiro de time.
- Lembro bem do Renato. Grande força física, grande técnica, um pouco egoísta. Mas com a bola nos pés sempre fazia algo imprevisível. Foi uma pena que não se adaptou bem ao Roma. Mas tínhamos um ótimo relacionamento. O Falcão era um grande jogador e uma grande pessoa. Era absurdamente inteligente dentro do campo, deu para o time a sua capacidade tática e a vontade de ganhar. Um profissional exemplar, que fez o Roma crescer até a conquista do titulo italiano (1982-1983) e da final da Liga dos Campeões (1983-1984).
Bruno Conti Aldair Roma Hall da Fama (Foto: Getty Images)Bruno Conti e Aldair em evento realizado pelo Roma na semana passada (Foto: Getty Images)

No fim, o ex-jogador aproveitou para explicar a ligação tão forte que ainda une alguns atletas e o Roma. Além dele, jogadores como Totti e De Rossi recusaram propostas de clubes mais fortes da Europa para seguir na capital italiana.
- Roma é uma realidade única. Apenas quem jogou com essa camisa histórica pode entender isso. Quando você veste a camisa, vira um torcedor do Roma. Quem nasce em Roma sente ainda mais essa ligação. Mas isso acontece também com os estrangeiros. Aldair, por exemplo, virou um cidadão romano, jogando 13 anos pelo clube. Defender as cores desse time é algo que entra no coração e não sai mais. Por isso Totti e De Rossi ligaram suas vidas à do Roma.
Por Márcio Iannacca
Rio de Janeiro - 13/10/2012 08h05
Atualizado em 13/10/2012 10h08

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

RELEMBRE O MEIA "MARQUINHOS CAPIVARA"!!!

Entrevista

Relembre Marquinhos Capivara, campeão estadual por Ceará e Fortaleza

Marquinhos Capivara passou por 26 clubes durante a carreira de jogador
Marquinhos Capivara passou por 26 clubes durante a carreira de jogador –(Foto: Divulgação/TV Jangadeiro)
Os torcedores mais saudosos de Ceará e Fortaleza,
que não perdiam a uma partida durante o final dos anos 80 e começo dos anos 90, certamente se lembram de Marcos Tadeu Rocha de Oliveira, mais conhecido como Marquinhos Capivara. Meia habilidoso, exímio cobrador de faltas e escanteio, o ex-jogador defendeu nada menos que 26 clubes durante a carreira.
Começou a carreira em 1976 pelo modesto Atlético de Taquaritinga (SP), passando depois por Ferroviária, Inter de Limeira, Internacional-RS, Botafogo-RJ, São Bento, Londrina, Hamburgo, Bangu, Guarany de Sobral, Calouros do Ar, Tiradentes, Ferroviário, futebol da Bélgica, entre muitos outros.
Hoje aos 56 anos e aposentado dos campos, ele lembra em entrevista ao Jangadeiro Esporte Clube sobre a saudade dos tempos em que jogava: “A gente sempre sente aquela falta de participar de competições, como Campeonato Cearense, Campeonato Brasileiro. Infelizmente a vida vai passando, a idade vai batendo e não temos como dar sequencia à profissão”.
Mas foi nos dois maiores clubes da capital cearense onde Marquinhos Capivara se consagrou. Foi três vezes campeão Estadual pelo Ceará, com direito a grandes atuações e a braçadeira de capitão. Pelo Fortaleza, levantou a taça do Campeonato Cearense de 1991, cuja final ficou marcada por muita confusão e pancadaria no final. Ele, alheio às polêmicas, marcou o seu golzinho naquele jogo.
Mas quando perguntado sobre os momentos marcantes da carreira, ele cita um Clássico-Rei que foi preliminar de uma partida da seleção brasileira, no estádio Castelão: “O Ceará venceu a equipe do Fortaleza e, em um momento, estava o Zagallo observando os atletas e eu tive a oportunidade de ser comentado por ele. Assim como o meu amigo Raí, que na época estava na seleção. Ele perguntou a minha idade e, para a minha infelicidade, eu já tinha 35 anos. E a resposta do Zagallo foi ‘que pena, um grande atleta já está com a idade avançada’. Então, não tive a oportunidade de servir a seleção”.
Depois que pendurou as chuteiras, Marquinhos Capivara continua morando em Fortaleza, virou empresário e tenta carreira na política. Mas ele não esqueceu as origens e é voluntário do projeto “Faça de uma criança de rua um cidadão de amanhã”, no jardim Castelão, ensinando futebol para jovens que sonham em um dia alcançar o lugar ao sol. “É uma sequencia daquilo que fomos como profissionais. Principalmente para mim que tive um começo de carreira difícil, vindo de famílias pobre. Isso pra mim é um orgulho poder estar ensinando essas crianças”, fala o ex-jogador.
Por às 10:59 de 11/10/2012
Atualizada às 11:24

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

FILINTO HOLANDA TÉCNICO DAS BOAS CAMPANHAS!!!

Filinto Holanda (Técnico de Futebol)


O ATLETA

Filinto Holanda foi jogador de futebol e Iniciou sua carreira, no Fortaleza EC, em 1978, sendo seu primeiro treinador o Jurandir Branco que ainda hoje trabalha nas categorias de base do Leão.

Depois passou pelo Ceará SC em 1981 e 1982, Guarany de Sobral, América, Calouros do Ar, Desportiva/MG, esteve no futebol português encerrando a carreira no São Luis de Montes Bello/GO, onde iniciou a carreira de treinador.
CARREIRA DE TREINADOR
Iniciando no futebol goiano esteve em várias equipes como: Anapolina, Crack, Santa Helena, Caldas e outras.

Em 1997 foi para o futebol candango onde conquistou o título do campeonato do Distrito Federal pelo Gama.
Em 1998 retornou ao futebol goiano, para o Caldas, onde conquistou o acesso à primeira divisão, sendo escolhido o melhor treinador da temporada. Continuando no futebol goiano por várias temporadas e em 2007 foi treinar o Guará/DF,permanecendo até 2008, indo depois para o Votoratti/SP, em 2008.

Em 2009 foi convidado para treinar o ASK. Ternitz, clube do futebol da Áustria, onde teve a oportunidade de trabalhar fora do país, enfrentando seleções, como a da Bósnia e Eslovênia e clubes do futebol árabe.
Essa experiência no futebol do exterior foi muito importante, pois treinou clubes de outros países sempre atrás de novas experiências, vivenciando novas culturas e comportamentos.

Logo depois retornou ao futebol brasileiro.
Esteve por duas temporadas ao lado do técnico Luiz Felipe Scolari, no Palmeiras, onde aprendeu bastante. Também com o técnico Orlando Lelé, no Gama/DF,ganhando muito conhecimento.

Trabalhou também com jogadores de nome no futebol brasileiro como: Wellington Dias, ex-Brasiliense; Wilton Goiano, ex-Ceará; Finazzi, ex-Fortaleza; Vitor,ex-Goiás dentre outros.

FILOSOFIA DE TRABALHO
“Venho para dividir, dividir as experiências ganhas no mundo do futebol”!

Filinto Holanda procura aplicar tudo que aprendeu, nos clubes por onde passa. Gosta de ouvir, escutar os atletas e as pessoas envolvidas no ambiente de trabalho.
NO FUTEBOL CEARENSE


Trabalhou no Guarany de Sobral, saiu deixando o bugre invicto, Horizonte, Ferroviário (Foto), Crato e Tiradentes, sempre realisando grandes campanhas.

Filinto fez grandes amigos no futebol como: Alberto Damasceno, Jurandir Branco, Loralbe Monteiro, Anacleto Pires, Júlio Abreu, Paulo Wagner, Os Torquatos em Sobral e outros por onde passou. Filinto Holanda é um treinador de bom relacionamento.

Hoje, Filinto encontra-se em Goiânia/GO, realisando trabalhos no futebol Goiano. BOATOS, já que o momento é político, que o técnico tem em mãos, duas propostas para 2013, uma do futebol Cearense e outra do Paraibano. Certo que, para onde decidir ir trabalhar, tanto no futebol Cearense ou no Paraibano, o clube que o contratar ganhará um profissional dedicado e com certeza, realizará um grande trabalho.
LG
05/10/2010

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

RELEMBRE O VOLANTE "IVANILDO" - Década de 90!!!

Entrevista: O volante Ivanildo
- À direita de Sérgio Alves, participu de uma geração vitoriosa do Ceará

Ivanildo, à direita de Sérgio Alves, participou de uma geração vitoriosa do Ceará

Relembre o volante Ivanildo, tricampeão pelo Ceará na década de 90

Ivanildo ficou conhecido entre 1990 e 1994 por atuar em uma geração vitoriosa do Ceará Sporting Club. Canhoto e de forte marcação, saiu da seleção do município de Russas para atuar no time juvenil do Vovô. Para chegar ao time profissional, foi um salto. Mesmo no pouco tempo vestindo a camisa alvinegro, se sagrou tricampeão Estadual.

Em entrevista ao Jangadeiro Esporte Clube, ele fala sobre o carinho que tem pelo alvinegro: “Nos quatro anos que tive no Ceará eu deixei a minha marca, fiz a minha História. Hoje sou conhecido porque o trabalho que fiz no clube foi de suma importância para mim, para meus familiares, para as pessoas que gostam de mim”.

Ele também esteve na equipe que se sagrou vice-campeão da Copa do Brasil de 1994, ao lado de nomes como o goleiro Chico, o lateral direito Jaime, o zagueiro Airton “Tanque de Guerra” e o atacante Sérgio Alves. Na ocasião, após um empate sem gols em casa, o Vovô foi derrotado na final por 1 a 0 para o Grêmio no Rio Grande do Sul. O resultado foi polêmico por causa de um pênalti não marcado pelo árbitro Oscar Roberto de Godoy no final em cima de Sérgio Alves.

Depois do Ceará, o volante rodou pelo interior paulista. Atuou na Matonense, XV de Piracicaba, Guarani, entre outros. E ele passou por uma fase difícil: durante três anos investiu grande parte do que ganhava em um negócio para garantir o futuro, mas depois descobriu que a empresa era fantasma e perdeu tudo. Hoje, aos 42 anos, ele mora em Fortaleza, trabalha como vigilante de uma empresa particular, e ainda lamenta o ocorrido.
“Esse tempo fiquei muito triste, principalmente na parte financeira. Hoje posso dizer que não tenho nada na vida, mas tenho saúde, estou trabalhando como vigilante, estou ganhando o meu dinheiro.
Mas lembrando disso, fico triste, pois foi um investimento que procurei fazer para o meu futuro, mas infelizmente não deu certo”, desabafa o ex-jogador. Ivanildo teve que mostrar habilidade pra recomeçar.

Além do problema financeiro, passou um ano longe dos gramados por causa de uma cirurgia no joelho. Em 2001, voltou ao futebol, em equipes mais modestas. Encerrou a carreira em 2006, no Sousa-PB. O futebol hoje faz parte do passado, mas a lembrança de muitos torcedores permanece viva.

Ficha técnica
Nome: José Ivanildo Costa
Naturalidade: Russas (CE)
Data de nascimento: 17/08/1970
Altura: 1,65m
Clubes: Ceará, Matonense, XV de Piracicaba, Guarani, São Caetano, Rio Branco de Americana/SP, Botafogo de Ribeirão Preto, Sousa-PB, entre outros.

Por
Da Redação às 10:49 de 04/10/2012
Atualizada às 12:07

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MAURO CARMÉLIO FAZ BALANÇO DE SUA GESTÃO NA FCF!!!

Mauro Carmélio falou sobre as mudanças feitas na FCF durante seu mandato (Foto: reprodução/TV Jangadeiro)

Convidado do Jangadeiro Esporte Clube Debate da última segunda-feira (6), Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), conversou com a equipe do Jangadeiro Online antes do programa ir ao ar.

No comando da FCF desde dezembro de 2009, Carmélio fez um balanço positivo de sua administração lembrando todas as mudanças que promoveu na entidade.

“Nós profissionalizamos a federação. Todos os departamentos da entidade estão profissionalizados agora.”

O dirigente, que está ligado à FCF há mais de uma década
, também fez questão de lembrar as melhorias feitas na infraestrutura da entidade.

“Para você ter uma ideia, a FCF só tinha apenas dois computadores e um deles era o meu notebook de uso pessoal. Agora conseguimos informatizar a federação inteira. O prédio recebeu uma reforma como nunca tido sido feita antes.”

Mauro Carmélio se orgulha de ter conseguido fortalecer o futebol do interior do estado. Para ele, os bons resultados obtidos por Icasa e Guarany de Sobral em competições nacionais provam isso. Outro legado importante de sua administração do qual gosta de falar é a criação de competições regulares para as categorias de base. Atualmente a federação, com ajuda de parceiros, promove quatro campeonatos amadores divididos em sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20.

Estadual 2013

Com a confirmação da volta do Campeonato do Nordeste na próxima temporada
, ainda não está definida a formula de disputa do estadual de 2013. Apesar da reunião do conselho arbitral ainda não estar marcada, Mauro Carmélio não esconde qual formato ele gostaria que fosse implantado.

“Por mim, Ceará e Fortaleza entrariam na segunda fase somando aos seis melhores da primeira. Para motivar os clubes menores, o vencedor desta primeira fase conquistaria uma vaga na Copa do Brasil de 2014.A segunda fase seria um octogonal disputado em pontos corridos”

A disputa terá 11 clubes e a intenção do dirigente é diminuir para dez em 2014
. Para o próximo ano, estão reservadas 23 datas para os estaduais

Polêmicas com torcidas

Mauro Carmélio nunca negou sua ligação histórica com o Fortaleza Esporte Clube
, mas fez questão de frizar o profissionalismo de todos ligados a federação.

“Temos hoje na FCF pessoas como o Fred Gomes, novo gerente operacional da entidade, que trabalhou anos no Ceará. Nunca vou negar a minha ligação com o Fortaleza. Cheguei à federação pelo Fortaleza. Mas somos todos na FCF profissionais e trabalhamos em prol do futebol cearense.”

Antes da partida final do estadual 2012, dirigentes de Ceará e Fortaleza acusaram a federação de ser parcial. Questionado se em algum momento pensou em desistir do cargo, Carmélio foi taxativo: “Em me preparei para chegar a presidencia. Trabalhei com quatro presidentes diferentes. Sabia das pressões e desistir nunca passou pela minha cabeça.”

Reeleição

Com mandato até 2013
, o dirigente diz que é cedo falar em reeleição, mas afirmou que deverá tentar permanecer no cargo.

Por Caio Costa
Às 15:38 de 10/08/2012
Atualizada às 16:39

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

IARLEY - CEARENSE PELO MUNDO!!!

Cearenses pelo mundo: Iarley, aos 38 anos, coleciona conquistas e se mantém em atividade

Iarley completou 150 jogos com a camisa do Goiás (Foto: Divulgação/Goiás)

Muitos jogadores já penduraram as chuteiras antes dos 38 anos. Mas o atacante cearense Iarley, ídolo do Ceará e com uma bagagem que inclui títulos mundiais por Internacional e Boca Juniors, hoje leva consigo a responsabilidade de liderar o jovem elenco do Goiás rumo à Série A do Brasileirão. Na última terça-feira (31), jogando com a camisa 150 em alusão ao número de jogos pelo time esmeraldino (incluindo as passagens entre 2008 e 2009 e desde o seu retorno em 2011), marcou de pênalti o gol de empate de 1 a 1 com o ABC.

Foi o terceiro terceiro gol de Iarley na Série B 2012. Nascido em 29 de março de 1974, em Quixeramobim, no Sertão Central cearense, o jogador mostra a determinação de um jovem que ainda busca espaço. “Um jogador da minha idade faz a pré-temporada e começa a pegar ritmo de jogo. Eu fiz um Campeonato Goiano regular, mas nesse tipo de competição você tem que dar o máximo e por isso eu continuei jogando. Por que eu vejo que dá para render, para ajudar e fazer alguma coisa pelo time”, disse em entrevista a um portal local.

Na equipe, apesar de jogar na posição mais avançada em campo, o atacante tem uma função de se movimentar bastante e criar jogadas para os meias que chegam muito na área: “Ainda tenho muito o que melhorar, se o time criasse um pouco mais e eu tivesse a oportunidade de ficar ali mais para definir eu teria que fazer mais gols. Eu me preocupo muito em criar jogadas, não só pelo treinador, mas por mim. Acho que o que está faltando são os gols”.

Início de carreira e fama no Ceará

Iarley foi revelado nas categorias de base do Ferroviário em 1993
, mas teve poucas chances no time principal. Logo cedo, fez um “tour” pela Europa. Foi contratado para atuar no time B do Real Madrid, onde ficou entre 1995 e 1997, e depois teve passagens pelos modestos Ceuta e Melilla, ambos da Espanha. Voltando para a sua terra natal, veio para o Uniclinic, onde teve bom desempenho no Campeonato Cearense de 2001, chamando a atenção do Ceará Sporting Club.

Contratado pelo alvinegro, logo virou ídolo da torcida
. No Campeonato Brasileiro de 2001, formou o memorável trio de ataque com Mota e Sérgio Alves. No ano seguinte, se sagrou campeão Estadual pelo alvinegro, tirando o tricampeonato do rival Fortaleza.

Deixou do Vovô no final de 2002 rumo ao Paysandu e, após passagens e títulos por diferentes clubes, retornou em 2011 como grande contratação do clube daquele ano. Foi campeão estadual e titular durante quase toda a competição, porém, as atuações foram abaixo do esperado pela torcida, que esperava pelo Iarley de 10 anos atrás. Durante a Série B daquele ano, acabou perdendo a vaga de titular para o jovem e veloz Osvaldo. Insatisfeito, acabou acertando o retorno para o Goiás. Ao todo, marcou 20 gols em 97 jogos com a camisa alvinegra.

Carreira vitoriosa

Pelo Paysandu
, disputou a Libertadores da América de 2001, chegando às oitavas de final. O adversário era o temido Boca Juniors e o “Papão” venceu o jogo de ida, em plena La Bombonera, por 1 a 0 com gol de Iarley. No jogo de volta, o time paraense foi eliminado ao ser derrotado por 4 a 2, em casa. Mas atuação do cearense despertou o interesse da equipe argentina, que buscou a sua contratação.

Um dos poucos brasileiros a brilhar com a camisa do Boca Juniors, foi campeão do Torneio Clausura em 2003 e do Mundial Interclubes no mesmo ano, com vitória sobre o Milan nos pênaltis. Prejudicado por lesões, acabou vendido para o Dorados, do México, onde foi artilheiro do time no campeonato mexicano com 5 gols em 17 jogos.

De volta ao Brasil,
teve passagem marcante pelo Internacional, onde se sagrou campeão da Taça Libertadores de 2006, do Mundial Interclubes do mesmo ano e da Recopa Sul-Americana de 2007. No Mundial, foi eleito o melhor jogador da final contra o poderoso Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e companhia, sendo o autor do passe para o gol do título, assinalado por Adriano Gabiru.

Transferido para o Goiás, marcou 12 gols no Campeonato Brasileiro de 2008, e, no ano seguinte, conquistou o Campeonato Goiano e marcou novamente 12 gols no Brasileirão. O desempenho o levou ao Corinthias em 2010. Pelo Timão, marcou logo na sua partida de estreia, contra o Monte Azul. A passagem pelo time paulista, porêm, não foi o fez cair nas graças da exigente torcida, que não digeriu bem a eliminação em mais uma Libertadores da América e a perda do título do Brasileiro para o Fluminense.

Ficha técnica

Nome Completo: Pedro Iarley Lima Dantas
Apelido: Iarley

Posição: Atacante
Data de Nascimento: 28/03/1974
Naturalidade: Quixeramobim/CE
Peso: 71
Altura: 1.70
Clubes: Ferroviário/CE, Quixadá/CE, Real Madrid B/ESP, Ceuta/ESP, Melilla/ESP, Uniclinic/CE, Paysandu/PA, Boca Juniors/ARG, Dorados/MEX, Internacional/RS, Goiás/GO, Corinthians/SP, Ceará/CE e Goiás/GO.

Por Thiago Sampaio
Às 12:28 de 01/08/2012
Atualizada às 14:24

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BECHARA: CAMPEÃO E ÍDOLO!!!

Relembre Bechara, campeão e ídolo por Ceará e Fortaleza

Bechara em sua última passagem pelo Fortaleza (Foto: Divulgação/Fortaleza)

O ex-jogador Bechara, natural de Maranguape, faz parte um grupo que conseguiu vencer e ser ídolo com as camisas de Ceará e Fortaleza. Mortal nas cobranças de faltas (foram 46 gols na carreira desta forma) e dono de um estilo de jogo clássico, o jogador vestiu camisas importantes do futebol brasileiro como Santos e Portuguesa, além de ter sido vice campeão brasileiro em 2001 com o São Caetano. Atualmente sócio de uma empresa de softwares e representando alguns jogadores, Bechara falou com a equipe do Jangadeiro Online.

Início fulminante com a camisa alvinegra

Bechara começou a carreira nos juvenis do Fortaleza, mas foi profissionalizado pelo arquirrival em 1996
. Com belos gols e grandes atuações, Bechara conquistou três títulos estaduais com o alvinegro. Perguntado pela reportagem do Jangadeiro Online, o ex-volante disse que a decisão do campeonato cearense de 1997 foi inesquecível e ainda fez revelações sobre o jogo.

“Sonhei que marcaria aquele gol (o primeiro do Vovô na vitória por 3 a 2). Falei para um fotógrafo, vai para atrás do gol, que eu vou fazer. E fiz”.

Briga com técnico e amizades no Santos

Negociado com o Santos, Bechara se desentendeu com o técnico Emerson Leão
e foi emprestado para o Botafogo-SP. Entretanto, ele lembra com carinho dos tempos de Vila Belmiro, principalmente das disputas nas cobranças de falta com Marcos Assunção e Anderson Lima.

“A gente brincava. Quem levasse a melhor ganhava um McLanche Feliz. E eu vencia muitas vezes, apesar dos dois serem dois monstros. Não podia bater nos jogos, mas nos treinos eu ganhava (risos).”


Gols, títulos e idolatria no Leão

Em 2000, Bechara foi contratado pelo Fortaleza
. Atuando mais avançado que nos tempos do Ceará, foi destaque do time que venceu o estadual e impediu o penta do rival. Ainda no mesmo ano, o Leão fez grande campanha na Copa João Havelange.

“Nosso time era muito bom. Dava para saber que aquela base conseguiria levar o Fortaleza para primeira divisão. Jogo no PV então? Era certeza de vitória”.


Ele ainda voltaria ao Tricolor de Aço em 2006 e 2010. No último ano com a camisa do Leão, mesmo jogando pouco, ainda conquistou o seu sexto título do campeonato cearense, terceiro pelo clube do Pici.

Lance curioso com Igor

Durante a Série A de 2006
, durante um jogo contra o São Caetano, aconteceu o lance mais bizarro da carreira de Bechara. Ele e Igor correram para cobrar uma falta e se chocaram. No lance, pior para o Igor, que se contundiu com gravidade.

“Eu não o vi. Parti para cobrar a falta e ele apareceu do nada na minha frente e acabei chutando a perna dele. Foi uma fatalidade o que aconteceu com ele.”

Outros clubes

Perguntado qual o melhor time em que atuou fora do estado
, Bechara fez questão de citar o Marília de 2003.

“Olha só o meio de campo: Zé Luis (ex-São Paulo), Eu, Juca (atualmente no Ceará) e Éder. Na frente Basílio e Camanducaia. No banco ainda tínhamos Everaldo (hoje no Necaxa-MEX), João Marcos (volante do Ceará), Marquinhos Paraná. Não conseguimos o acesso porque estávamos no mesmo grupo de Palmeiras e Botafogo.”


Mais informações

Nome: Bechara Jalkh Leonardo Oliveira

Natural de: Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza
Data de nascimento: 25 de fevereiro de 1976

Clubes: Ceará, Santos, Botafogo-SP, União São João-SP, Fortaleza, São Caetano, Paulista, Atlético-MG, Marília-SP, Cabofriense, Portuguesa, Al-Hilal (Arábia Saudita), Aalesund (Noruega), Odense (Dinamarca) e Vejle (Dinamarca).

Títulos

Ceará: Campeonato Cearense: 1996, 1997 e 1998

Santos: Copa Conmebol: 1998

Fortaleza: Campeonato Cearense: 2000, 2001 e 2010

Al-Hilal: Campeonato Saudita: 2005

Odense: Copa da Dinamarca: 2007

Por Caio Costa
Às 9:28 de 12/07/2012
Atualizada às 12:08

terça-feira, 5 de junho de 2012

ACHEI! VALDSON VIRA PÉ-QUENTE EM SERGIPE!!!

Achei! Ex-Fla, Bota e Corinthians, Váldson vira pé-quente em Sergipe
- Perto de encerrar a carreira, zagueiro acumula quatro títulos sergipanos nos últimos cinco anos. Ele foi considerado o melhor na posição em 2012

Váldson foi campeão com o Itabaiana em 2012 (Foto: João Áquila/GLOBOESPORTE.COM)

Doze anos após se projetar nacionalmente pelo Botafogo, primeiro clube grande da carreira, o zagueiro Váldson ainda desarma atacantes rivais nos gramados sergipanos. Com 37 anos, ele admite estar próximo da aposentadoria, mas demonstra bastante produtividade. Neste ano, foi considerado o melhor zagueiro do Estadual, jogando pelo campeão Itabaiana.

Desde que retornou à terra natal, o atleta ganhou a marca de pé-quente. Sem ser campeão nos clubes grandes nos quais jogou, conseguiu ganhar em Sergipe quatro títulos estaduais nos últimos cinco anos, por três camisas diferentes: Confiança (2008/2009), River Plate-SE (2011) e Itabaiana (2012). No mais recente, aproveitou para escancarar uma mágoa.

- Este título é uma resposta aos críticos que não acreditavam que eu ainda poderia render dentro de campo. Muita gente fez piada e avaliou como errada a minha contratação, mas mostrei mais uma vez em campo que ainda posso jogar um bom futebol.

Posição alterada
O zagueiro começou no futebol como volante
. Criado na base do Confiança, seu time do coração, aos 18 anos foi improvisado na zaga pelo treinador da época, Ariston Dias.

Váldson: quatro títulos sergipanos em cinco temporadas (Foto: Felipe Martins/GLOBOESPORTE.COM)- Gostei de ser zagueiro pela minha qualidade de sair jogando. Larguei a função de volante e me adaptei jogando atrás. Acabei mudando minha história no futebol por causa disso. Deu certo, e não me arrependo.

O início como profissional foi pelo mesmo Confiança. O bom rendimento em campo demonstrado no vice-campeonato estadual chamou a atenção de Lula Ribeiro, que na época comandava o Rio Branco-SP. Foi contratado. Lá, disputou o Paulistão de 1998.

Mas não ficou muito tempo no interior paulista. No mesmo ano, rumou para o Ceará junto de Lula Ribeiro. No Vozão, ganhou o bicampeonato cearense (1998/1999).

Projeção nacional
Na época, um olheiro do Botafogo foi à capital cearense observar Ronaldo Angelim
, que fazia dupla de zaga com Váldson, mas acabou se interessando pelo zagueiro sergipano e o levou para o clube da estrela solitária.

- Foi um longo tempo até a ficha cair. Saí do Nordeste para fechar contrato com um time grande. Foi um sonho que virou realidade. O sonho de todo jogador do Nordeste é ir para um time do Sul ou Sudeste.

No Botafogo, viveu a melhor fase da carreira. Apesar de não ter conquistado títulos, teve boas atuações. Ao todo, foram 84 jogos e nove gols marcados.

- Foi marcante para mim. No primeiro ano jogando em um time como o Botafogo, já fui escolhido para a Seleção do Carioca. Foi especial. Fui até cotado para a Seleção Brasileira - afirma o zagueiro.

Passagem pelo Flamengo não foi marcante (Foto: Divulgação/Flamengo)

Clubes de massa
Após rápida passagem pelo Vitória-BA em 2001, Váldson
retornou ao futebol carioca, desta vez para defender o Flamengo, onde jogou por duas temporadas. Porém, a estada na Gávea não traz boas recordações para o jogador. Além de ter chegado em uma ocasião turbulenta do time, sofreu com graves lesões.

- Foram momentos difíceis. Tive uma contusão no joelho e o time quase foi rebaixado no Brasileiro. Estes problemas acabaram impedindo que eu fosse feliz por lá. Acho que minha passagem no Rio de Janeiro foi destaque apenas no Botafogo.

Do Fla, ele partiu para os gramados internacionais. No México, em 2004, jogou pelo Querétaro, mas não gostou da experiência. Na época, ao comentar a transferência, cometeu uma gafe, dizendo que estava feliz com a realização do sonho de jogar na Europa.

- Não era um time de ponta e, além disso, atrasava o pagamento. Não tive boa adaptação lá e não vi evolução na minha carreira estando lá. Por causa disso, foi uma passagem curta.

Na volta para o Brasil, Váldson teve nova chance em um clube de massa. Ele desembarcou no Parque São Jorge para jogar pelo Corinthians. Mas, assim como na época de Flamengo, não chegou ao clube em um momento interessante. A passagem foi discreta, e Váldson teve que aprender a lidar com a forte pressão da torcida.

- A equipe não estava financeiramente bem e não fez um time competitivo. Quase que o Corinthians cai no Paulistão, até que o Tite chegou para salvar o clube.

Váldson em sua passagem pelo Corinthians (Foto: Agência/Diário de São Paulo)

Após deixar o Timão, virou um nômade da bola, passando por dez clubes em oito anos. Antes de voltar a Sergipe, jogou por Ceará, Paysandu, Fortaleza, Santa Cruz, Boa Vista e Gama.

Reencontro com o Bota
Jogando pelo River Plate-SE, em 2011, Váldson
teve um reencontro com o clube que o tornou famoso em todo o país. O time sergipano encarou o Botafogo na primeira fase da Copa do Brasil e vendeu caro a classificação para o time carioca. Váldson era o capitão da equipe e armou, no primeiro jogo, em Aracaju, um bloqueio que conseguiu neutralizar as investidas de Loco Abreu e Herrera.

No jogo de ida, no Batistão, o River venceu por 1 a 0.
No jogo de volta, no Engenhão, o Bota devolveu o placar e garantiu a classificação nas penalidades. As duas partidas marcaram o reencontro de Váldson e Joel Santana, que foi treinador do zagueiro nos tempos de Botafogo.

Váldson, pelo River, marca Loco Abreu na Copa do Brasil de 2011 (Foto: Ag. Estado)

- Joel foi um cara importante na minha carreira. Ele me ensinou muito. Eu era inexperiente, não tinha maturidade tática. Ele me mostrou a importância de seguir o que o técnico propõe.

Apesar de não ter conquistado títulos por Botafogo, Flamengo e Corinthians, Váldson se diz realizado com tudo o que viveu como jogador de futebol.

- Não dá para reclamar. Vivi intensamente todas as experiências que a bola me deu. Vesti camisas de times importantes e fui campeão em outras equipes, especialmente no meu estado. Cometi alguns erros, mas aprendi com eles. Sei que estou perto de encerrar a carreira, mas ainda me sinto feliz jogando. Enquanto tiver essa alegria e disposição para jogar, vou continuar. Acho que ainda posso fazer muito pelo futebol.

Por GLOBOESPORTE.COM
Aracaju
05/06/2012 15h27
Atualizado em 05/06/2012 16h21

segunda-feira, 12 de março de 2012

RICARDO TEIXEIRA DEIXA PRESIDENCIA DA CBF DEPOIS DE 23 ANOS!!!

Teixeira deixa presidência da CBF e do COL, e Marin assume os cargos
"Hoje, deixo definitivamente a presidência", diz trecho de carta enviada por Teixeira. Vice-presidente do Sudeste, de 79 anos, é o substituto

Ricardo Teixeira assumiu a presidência da CBF em 89 (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)

Ricardo Teixeira não é mais presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL). Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, na sede da entidade no Rio de Janeiro, José Maria Marin - vice-presidente do Sudeste e mandatário em exercício após a licença médica de Teixeira na última semana - anunciou que o cartola renunciou aos cargos.

Marin leu uma carta de Teixeira em que o dirigente dizia: "Hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF". No texto, o ex-presidente anuncia Marin, de 79 anos, como seu substituto na confederação. No COL, os ex-jogadores Bebeto e Ronaldo fazem parte do conselho de administração. Segundo Marin, ele também entrará no COL.

No comunicado, Teixeira deixou um "muito obrigado" à torcida brasileira, lembrou os títulos conquistados pela Seleção desde sua chegada em 1989 e considerou injustas as acusações que tem sofrido. "Fiz nesses anos o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde", dizia o texto. Na última sexta, o dirigente havia pedido licença médica. Na véspera da Assembleia Geral da CBF, que foi realizada dia 29 de fevereiro, ele passou mal durante uma reunião e teve que deixar a sede da entidade com dificuldades de se locomover. Em setembro do ano passado, Teixeira foi internado por dois dias no Rio de Janeiro devido à diverticulite (processo inflamatório e infeccioso do divertículo - bolsas circulares da parede do colón que têm ligação com o intestino grosso).

Marin já foi jogador e até governador, mas ficou famoso por colocar medalha no bolso Vice-presidente mais velho da CBF, Marin já foi jogador de futebol do São Paulo e até governador do estado de São Paulo, substituindo Paulo Maluf por alguns meses no início dos anos 80. Mas o dirigente acabou famoso no mundo do futebol em janeiro deste ano por ter colocado no bolso uma das medalhas do título do Corinthians na Copa São Paulo de Juniores. Ao assumir o cargo de Teixeira, Marin afirmou que não haverá mudanças na CBF:

- É a continuidade de uma gestão respeitada em todo o mundo.

Marin, de 79 anos, diz que não haverá mudanças na CBF após saída de Teixeira (Foto: Gazeta Press)

Teixeira deixa títulos, mas sai com acusações de corrupção

Ex-genro de João Havelange, Teixeira assumiu a CBF em 16 de janeiro de 1989. Com ele no comando, a Seleção conquistou duas Copas do Mundo (1994 e 2002), três Copas das Confederações (1997, 2005 e 2009) e cinco Copas Américas (1989, 1997, 1999, 2004 e 2007). O dirigente também criou a Copa do Brasil (1989) e transformou o Campeonato Brasileiro em disputa de pontos corridos, com turno e returno, a partir de 2003. Sua maior vitória foi conquistada em 2007: liderou a candidatura do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2014 e, logo em seguida, tornou-se presidente do Comitê Organizador Local (COL).


Antes do carnaval, alguns jornais e sites brasileiros passaram a divulgar que Teixeira deixaria o poder em breve. A esposa e a filha mais nova do dirigente viajaram para Miami, assim como o dirigente, o que aumentou a especulação. As notícias sobre a possível saída de Teixeira aumentaram com as denúncias da imprensa internacional sobre o envolvimento dele em escândalos de corrupção da Fifa, onde é membro do Comitê Executivo.

O nome de Teixeira foi envolvido em uma denúncia da TV inglesa BBC, que apontou o dirigente como um dos que teriam recebido comissões da agência de marketing ISL (extinta em 2001 por falência). Por causa dessas relações, a ISL teria obtido lucrativos contratos de patrocínio e de direitos de televisão com a Fifa. No Brasil, a Polícia Federal chegou a instalar um inquérito para apurar a suposta lavagem de dinheiro e evasão de divisas do presidente da CBF.

Desafeto de Teixeira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, prometeu em outubro do ano passado que tornaria público os arquivos do "caso ISL". Contudo, por questões legais, a promessa ainda não foi cumprida.

Ricardo Teixeira em 1989, ano que assumiu a presidência da CBF (Foto: Arquivo / Ag. Estado)

No Brasil, o dirigente também virou alvo de acusações sobre o envolvimento com a empresa Ailanto, responsável pela organização do amistoso em Brasília entre Brasil e Portugal em 2008 e que recebeu R$ 9 milhões do governo do Distrito Federal. A Polícia Civil da capital abriu inquérito para investigar suposto desvio de dinheiro público. A Ailanto tem como sócio o presidente do Barcelona, Sandro Rosell, um dos melhores amigos de Teixeira.

Confira a linha do tempo da vida de Teixeira:

1947 –
Nasce no dia 20 de junho, na cidade de Carlos Chagas, em Minas Gerais.

Anos 50 – Muda-se para o Rio de Janeiro, após ter sua criação iniciada em Belo Horizonte. Estuda no colégio Santo Inácio. Defende a equipe de vôlei do Botafogo.

Anos 60 – Ingressa na faculdade de Direito, que cursa até o quarto ano. Passa a trabalhar no mercado financeiro. Conhece Lúcia Havelange, filha de João Havelange.

Anos 70 – Casa com Lúcia Havelange, filha de João Havelange, ex-presidente da CBD e da Fifa. Tem três filhos com ela.

1989 – Em 16 de janeiro, é eleito presidente da CBF. Na disputa, vence Nabi Abi Chedid, ex-deputado estadual e presidente da Federação Paulista de Futebol. É o sucessor de Octávio Pinto Guimarães na entidade. Recebe um órgão falido, às vésperas da disputa de uma Copa do Mundo. Com Sebastião Lazaroni de técnico, ganha a Copa América. Nasce a Copa do Brasil

1990 – Na tentativa de dar saúde financeira à CBF, investe em contrato de patrocínio com a Pepsi e mantém a Topper, que vestiu a Seleção nas Copa de 1982 e 1986. Vê nascer uma crise: em foto oficial, jogadores tampam a marca da fábrica de refrigerantes. Na Copa do Mundo, Seleção tem campanha medíocre: é eliminada pela Argentina nas oitavas de final.

1991 – Aposta em Paulo Roberto Falcão como treinador da Seleção. Resultados não são bons, e Teixeira logo muda a escolha para Carlos Alberto Parreira. Brasil fica na segunda colocação na Copa América.

1992 – Toma posse em segundo mandato na CBF.

Com Teixeira, Brasil foi campeão do mundo em 1994 e 2002 (Foto: Arquivo / Ag. O Globo)

1994 – Aposta de Teixeira em Parreira dá certo, e Brasil é campeão do mundo nos Estados Unidos. Com cinco anos no comando da CBF, dirigente faz futebol brasileiro quebrar jejum de 24 anos. No retorno da delegação, se envolve em uma polêmica. É acusado de forçar a liberação da mercadoria trazida do exterior sem pagamento de impostos, em avião lotado de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. Nega que tenha trazido três chopeiras na bagagem para um restaurante que possui no Rio de Janeiro (o processo foi arquivado dezessete anos depois de iniciado).

1995 – Já com Zagallo de técnico, vê o Brasil ser vice-campeão da Copa América.

1997 – Separa-se de Lúcia Havelange. Automaticamente, vê a relação com o pai dela interrompida. Tem relacionamento com a socialite Narcisa Tamborideguy. Assina contrato de patrocínio com a Nike, que tinha como diretor o atual presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Afasta Ives Mendes, então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, acusado de corrupção.

1998 – Volta a ver o Brasil em uma final de Copa do Mundo, mas desta vez com derrota. Após convulsão de Ronaldo, Seleção leva 3 a 0 da França. Vanderlei Luxemburgo é escolhido como novo treinador. Teixeira tem trégua na relação com Zico, convidado para chefiar a delegação no Mundial. Ao cavalgar, sofre acidente, passa por operação e recebe uma placa de ferro na perna.

1999 – Aumenta o número de participantes da Copa do Brasil. Recebe homenagem da CBF, mas sem a presença de Havelange, ainda distante dele. Vê Brasil ser campeão da Copa América.

2000 – Treinado por Luxa, Brasil cai para Camarões nas Olimpíadas. Treinador se envolve em polêmicas fora de campo e é demitido por Teixeira. Aposta em Emerson Leão como sucessor.

2001 – É um dos alvos da CPI do Futebol, no Senado, e da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados. Aposta em Luiz Felipe Scolari como treinador da Seleção. CPI do Senado pede indiciamento de Teixeira por evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Justiça abre processos, e dirigente é absolvido das acusações.

2002 – Brasil é campeão invicto da Copa do Mundo.

2003 – Campeonato Brasileiro passa a ser disputado em pontos corridos. Carlos Alberto Parreira é confirmado como novo técnico da Seleção. Brasil cai na primeira fase da Copa das Confederações. Teixeira casa com Ana Carolina Wigand, 30 anos mais jovem que ele.

2004 – Seleção Brasileira vai jogar no Haiti. Ação aproxima Ricardo Teixeira de Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da República. Equipe nacional é campeã da Copa América, com vitória sobre a Argentina nos pênaltis.

2005 – Campeonato Brasileiro vive escândalo na arbitragem, com 11 jogos anulados após a descoberta de esquema de apostas envolvendo o árbitro Edílson Pereira de Carvalho. CBF deixa situação a cargo do STJD. Corinthians é campeão, e Inter ameaça levar o caso à Fifa, mas, nos bastidores, é convencido a desistir. Seleção é campeã da Copa das Confederações, goleando a Argentina na final.

2006 – Brasil fracassa na Copa do Mundo da Alemanha. Com atletas acima do peso e festa da torcida na preparação em Wegis, na Suíça, sonho do hexa termina nas quartas de final, com nova derrota para a França. Carlos Alberto Parreira deixa o comando da equipe, e Teixeira aposta em Dunga para mudar a imagem da Seleção.

2007 – Brasil é confirmado como país-sede da Copa do Mundo de 2014.

2009 – É acusado de envolvimento em irregularidades no amistoso entre Brasil e Portugal, no Distrito Federal, um ano antes. A Ailanto, uma das empresas envolvidas no evento, é acusada de superfaturamento. Ela pertence a Sandro Rosell, o presidente do Barcelona, ex-diretor da Nike e amigo pessoal de Teixeira. Seleção conquista a Copa das Confederações.

2010 – Brasil cai para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Incomodado com a postura de Dunga, mais fechado do que os treinadores anteriores, Teixeira decide mudar novamente o comando da Seleção. Tenta Muricy Ramalho, que fica no Fluminense, e então aposta em Mano Menezes. CBF reconhece títulos da Taça Brasil e do Robertão como conquistas de mesmo peso do Campeonato Brasileiro.

2011 – Emissora britânica BBC acusa Ricardo Teixeira de receber propina da ISL, empresa de marketing já falida. Dirigente rebate acusações. Ronaldo Nazário é convidado para integrar o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL), no qual Joana Havelange, filha do presidente da CBF, é diretora-executiva. Teixeira é internado, como consequência de uma diverticulite – inflamação no intestino grosso. Entrevista à revista Piauí gera polêmica por causa de declarações sobre imprensa e desafetos. Em dezembro, Joseph Blatter, presidente da Fifa, anuncia que o brasileiro pediu licença do Comitê Executivo da Fifa e do COL.

2012 - Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke viaja ao Brasil para visitar algumas obras de 2014. Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e Ronaldo acompanham o francês, mas Teixeira não aparece. Esposa e filha se mudam para Miami e parte da imprensa passa a noticiar sua saída da CBF. Após licença médica anunciada no 9 de março, dirigente deixa as presidências da CBF e do COL três dias depois.

Por Felippe Costa e Márcio Iannacca
Rio de Janeiro
12/03/2012 12h18 - Atualizado em 12/03/2012 12h39

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE MAURO CARMÉLIO!!!

Falar com o presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio, no interior do prédio da entidade que dirige sem que se sinta em um mundo seu (dele), é quase impossível, tal a familiaridade que ele demonstra possuir naquele ambiente, que para ele parece ter menos de profano e muito mais de sagrado.

Em meio a atividades que constituem quase que rituais, Carmélio transparece uma satisfação de quem não só conhece o que faz, mas também de quem se realiza pelo que faz. A prova disto é o apoio e cuidado dos familiares com sua imagem presidencial. Embora Mauro queira preservá-los do ônus do cargo que ocupa, sabe-se que algumas farpas acabam por chegar aos ouvidos de alguns familiares.

Mas Mauro Carmélio não se abala diante das críticas de seus opositores nem mesmo frente à falta de educação de alguns torcedores, que insistem em práticas como a agressão verbal indiscriminada contra os dirigentes de futebol.

Uma conversa com o presidente da FCF que permita maior envolvimento entre ele e seu interlocutor, corresponde a uma viagem pelo mundo da bola, com direito a citações que evocam conhecimento, além de passagens pitorescas às diversas "estações" do futebol. Mas, quando o assunto ganha conotação avaliativa, o presidente Mauro Carmélio de pronto lança mão de seu arquivo de memória e faz girar um repertório argumentativo invejável, em tom de orgulho e convicção, aos quais passamos a enumerar:

CONFIRA A ENTREVISTA

1.
O acréscimo de mais três competições de base, além das já existentes;
2. Colocação de ambulâncias nos jogos e vistoria nos estádios nas competições de base;
3. Organização administrativa, financeira e jurídica da FCF, Clubes e Ligas;
4. Reestruturação dos departamentos da entidade (FCF), remanejamento de funcionários acompanhado de treinamento;
5. Disponibilização de treinamentos para os supervisores dos clubes, através de cursos, palestras e seminários;
6. Adoção de fardamento para os funcionários e crachás de identificação;
7. Reforma do prédio da entidade modificando todo o sistema elétrico e hidráulico;
8. Estruturação da sala de imprensa, sala dos clubes, registro e especialmente o auditório do TJDF;
9. Estreitamento da interlocução com a Ligas Interioranas com o respectivo acompanhamento das mesmas, entre outras.

Artilheiro – Sabemos que a mudança era a marca a ser impressa em sua administração, pelo menos foi isso que se anunciou. Até que ponto isso tem sido cumprido?

Mauro Carmélio – Olha, as mudanças estão aí, é só as pessoas terem um mínimo de boa vontade para enxergar. Desde a confecção das tabelas dos campeonatos, passando pelo site, que era uma página que não havia alimentação e informações, era somente pela obrigatoriedade do cumprimento do Estatuto do Torcedor. Antes a estrutura era precária, tudo era feito de maneira amadorista e por contato telefônico. Por exemplo, se tivesse aqui dois dirigentes de clube era dito: Olha, teu jogo é dia tal e o teu é dia tal, e ficava por isso mesmo.

Artilheiro – E o que foi feito para mudar essa situação?

Mauro Carmélio – Para cada departamento que nós temos aqui foram adquiridos três computadores, de modo que cada funcionário da federação (FCF) tem um computador na frente dele e todos são interligados, do computador do presidente ao computador da telefonista. Também foi criado o email corporativo que é o grande instrumento de contato da federação, com a vantagem de estabelecer a comunicação formal entre a federação e seus filiados, sejam clubes ou ligas. Todos os documentos oficiais da federação tem que ser por email, todos os contatos da federação com os clubes e dos clubes e ligas com a federação [com os departamentos], tudo é feito através de email.

Outra coisa. Os delegados que vão trabalhar nos jogos representando a federação recebem um telefone celular e quando termina o jogo eles têm a obrigação de telefonar para uma pessoa do departamento de competições (da FCF) para dizer se houve ou não alguma alteração, algum problema naquele jogo. Antigamente a federação só sabia dos problemas quando o delegado chegava, às vezes 48 horas depois. Agora não, a gente sabe dos problemas na mesma hora que está acontecendo o problema. Problema de ambulância, problema de polícia, de clube que está faltando.

Artilheiro – É verdade que havia carência de estrutura a ponto de até o mais básico material de escritório vir a faltar?

Mauro Carmélio – Sim, sim. Foi criada estrutura física adequada para a federação. Não tinha um lápis, um papel (rolo) higiênico, nada, nada, nada. Hoje nós temos a condição de administrar material de escritório. Hoje nós temos um almoxarifado e tudo é controlado. Se a pessoa costuma gastar uma resma de papel por mês e pede duas eu digo logo:
- Ôpa, você pediu mais uma resma de papel ofício. Por que você costuma gastar uma e está pedindo duas?
Tudo isso aí representa economia para a própria entidade. Antigamente chegava uma liga e dizia:
- Presidente, estou precisando de 20 bolas.
Essas 20 bolas saiam e não havia uma justificativa. Hoje não, se apresenta um documento com a solicitação, o pedido é analisado por um setor, vamos saber os porquês para depois atender ou não a solicitação. E isso evita aqueles favores políticos. Assim, as ligas passaram a ter o mesmo tratamento. E por quê? Porque os valores são dos clubes e não da federação. O procedimento passou a ser administrativo e não político.

Artilheiro – Uma questão que sempre gera polêmica é a que trata das contas da federação. Houve mudança com respeito a isto?

Mauro Carmélio – Houve, houve sim. Nós antecipamos a apresentação das contas da federação, que era feita no final do ano (exercício) seguinte, ou seja, quase um ano depois, e hoje elas são apresentadas no mês de março. Em dezembro de um ano se fecha as contas e em março do ano seguinte já estou apresentando, colocando no site da federação (FCF) e no site da CBF.

Artilheiro – Qual a situação real da federação quando você a recebeu?

Mauro Carmélio – Recebi a federação com o CNPJ negativo no Serasa, renegociamos [a dívida] com a Receita Federal, através do Refis, renegociamos também com a Prefeitura [de Fortaleza] o IPTU que estava atrasado, negociamos com lojistas, fornecedores. Hoje a federação não deve um tostão. Tem valores negativos, mas por que estamos pagando. Hoje nós temos uma auditoria independente que antes nós não tínhamos. Nós estamos mostrando uma federação diferente, diferente para melhor. Temos condições de trabalho e a federação hoje é uma nova instituição dentro do mesmo prédio de anteriormente, móveis novos, computadores, gente nova que vibra com a entidade e que veste a camisa, e que trabalham pelos interesses do futebol cearense.

Nós temos uma outra visão por parte da CBF. Ela nos vê de outra maneira; é tanto que fui indicado uma vez e voltei a ser indicado como representante do nordeste junto a CBF; e isso nunca aconteceu [de um presidente de federação do nordeste ser eleito e reeleito para o Conselho Cultivo da CBF]. Isso mostra o trabalho que temos feito na nossa gestão. Hoje eu tenho conhecimento dos problemas que acontecem nas federações do nordeste e tento resolver da melhor maneira possível.

Artilheiro – E quanto aos clubes cearenses, há algo que a federação tenha feito ou possa fazer mais diretamente junto à CBF?

Mauro Carmélio – Um tópico que eu acho importantíssimo ressaltar é o fato [a condição] de nós termos hoje cinco clubes nos campeonatos brasileiros. Pode muita gente achar que não tem o dedinho da federação, mas eu boto a unha. Antes não tinha: era só Ceará e Fortaleza, Fortaleza e Ceará, ou Ceará ou Fortaleza. Hoje não é mais assim.

Artilheiro – Se sabe que todo projeto de mudança está sujeito a forças contrárias, sejam as de natureza política ou filosófica, além dos interesses pessoais. Qual o maior foco de resistência às mudanças preconizadas?
Mauro Carmélio – Para dizer a verdade, não teve. Pelo menos do tipo que pudessem atrapalhar o processo de mudança não houve nenhuma.

Artilheiro – A federação tem inimigos, ou mesmo você os possui?
Mauro Carmélio– Acredito que tenha, mas não há motivos e eu prefiro ignorá-los [os inimigos que possa ter].

Artilheiro – Você tinha uma boa convivência com o presidente do Ceará, Evandro Leitão. Como anda seu relacionamento com ele?

Mauro Carmélio – Ele tem estado ausente. Mas sempre recebo aqui os demais dirigentes do Ceará, todos num clima de muita cordialidade, assim como faço com todos os dirigentes dos nossos clubes e dirigentes das ligas. A federação é a casa de todos eles. É sempre motivo de satisfação receber nossos filiados.

Artilheiro – Escutamos pessoas que não são ligadas nem a clubes nem a ligas filiadas à federação propagarem que os clubes pagam pelas bolas das competições que disputam. Você confirma isso?

Mauro Carmélio – Não, não. A federação tem uma cota de mil bolas/ano com a Penalty. Essa é a nossa cota, que por sinal é para atender às necessidades de todas as nossas competições profissionais. Os clubes tem suas cotas nessas bolas como um benefício que nossa entidade presta a eles. Se eles tiverem necessidade de mais bolas para suas categorias profissional e amadora eles terão que adquirir. Só que pra isso, como a federação tem um convênio direto com a Penalty eu posso adquirir mais bolas com menor valor. E disso os clubes fazem é se beneficiar. E tem mais. Essas mil bolas são só para os profissionais. Eu ainda compro da Penalty as bolas para os amadores. Não sei se você já notou, mas as bolas dos amadores são diferentes das dos profissionais. A categoria sub-13, por exemplo, utiliza uma bola mais leve e tamanho nº4. Essa é uma exigência para essa categoria que se não for atendida pode trazer problemas para a federação.

Artilheiro – Propala-se também que a federação deve aos árbitros. A se confirmar o boato, não podemos considerar essa uma situação até desumana para uma categoria já tão vilipendiada pela crítica fácil?

Mauro Carmélio – De maneira alguma devemos aos árbitros. Ao contrário, há casos em que somos obrigados até a intermediar alguns débitos de clubes com a arbitragem no sentido de viabilizar esses pagamentos. Acontece que ainda há clubes entre os nossos que não se adaptaram a esses novos tempos de gestão profissional do futebol.

A nossa idéia é prestigiar nossos árbitros e assistentes, e pra isso já pensamos até em criar, além do ranking, uma premiação em dinheiro para dar a eles maior estímulo. Estamos estudando essa possibilidade. E digo mais. Pensamos em qualificar nossa arbitragem pra que possamos postular junto a CBF uma maior participação deles nas competições da CBF. Aguardem!

Antes que eu esqueça. No passado, os árbitros ganhavam proporcionalmente à renda dos jogos. Isso era preocupante para eles. Hoje não! Fixamos as cotas deles e eles sabem quanto vão receber.

Artilheiro – A federação, durante décadas, era vista até por pessoas que integravam seu quadro de funcionários como um cartório. Ou seja, só batia carimbo e não fazia mais nada. Qual a sua visão de uma federação como a que você preside?

Mauro Carmélio – Os clubes não vivem sem a mediação de uma entidade que represente eles. Em alguns locais, essa entidade pode ser uma liga, uma associação ou uma federação, não importa. No nosso caso e no caso dos nossos clubes, ter uma federação e nela ter pessoas que conhecem o funcionamento do futebol, ter pessoas que colocam o interesse dos nossos clubes acima de qualquer outro interesse, ter pessoas que possam representar esses interesses junto a CBF e que façam isso com conhecimento de causa, com equilíbrio e com senso de justiça me parece uma grande coisa. As entidades de administração do futebol não podem ter como dirigentes qualquer pessoa. Isso poderia causar a eles sérios prejuízos. Entre eles, a perda da credibilidade.

Evandro Braga