PERSONALIDADES DO ESPORTE

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

MUNDO PERDE A ENCICLOPÉDIA DA BOLA: MORRE O ALVINEGRO "NILTON SANTOS"!!!

Mundo perde a Enciclopédia da bola: morre o alvinegro Nilton Santos

Bicampeão mundial pela Seleção, ídolo do Botafogo, maior lateral-esquerdo de todos os tempos e amigo de Garrincha perde luta contra mal de Alzheimer

Mosaico Nilton Santos 620 (Foto: Editoria de Arte)
            Com a camisa alvinegra, Nilton Santos mostrou classe com a bola nos pés. Recebeu o carinho da família, de técnicos como Joel Santana. E posou aos pés do Cristo Redentor. Na seleção brasileira, com Pelé & Cia., foi bicampeão mundial nas Copas de 1958 e 1962 e foi pioneiro como lateral ofensivo (Foto: Editoria de Arte)
 
Fazia frio naquela noite de 8 de junho de 1958 em Uddevalla, cidadezinha na Suécia. Ali, no estádio Rimnersvallen, o Brasil estreava na Copa do Mundo contra a então perigosa Áustria. A Seleção vencia por um 1 a 0, gol de Mazzola. O jogo não estava nada fácil. Aos seis minutos do segundo tempo, um lance mudaria a partida e, de certa forma, contribuiria para uma nova ordem do futebol mundial. O time austríaco tentava atacar pelo lado direito. A bola foi lançada para o ponta Horak. Nilton Santos, o lateral-esquerdo brasileiro, à época já com 33 anos, se antecipou. Tomou-lhe a bola e se lançou ao ataque.
- Volta, Nilton! - berrava o técnico Vicente Feola, preocupadíssimo com o contra-ataque.
 
Como todo craque que se preza, Nilton Santos desobedeceu às ordens do treinador. Voltar, nada. Seguiu na arrancada, incomum aos laterais, na época meros marcadores. Tabelou com Mazzola e, na área, tal como um atacante extraclasse, tocou com categoria por cima do goleiro: era o segundo gol brasileiro na vitória por 3 a 0. Ali começava o caminho do primeiro título brasileiro. Ali começava uma nova forma de se atacar. Ali o mundo começava a conhecer, de fato, o maior lateral-esquerdo de todos os tempos. Nada menos que a Enciclopédia do Futebol, como era carinhosamente chamado Nilton Santos, bicampeão mundial pelo Brasil, tantas vezes campeão pelo Botafogo, único clube em que atuou e hoje chora, com todo o Brasil, a sua morte, aos 88 anos, após infecção pulmonar e longa luta contra o mal de Alzheimer. O ex-jogador estava internado desde sábado à noite na Fundação Bela Lopes, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, com complicações respiratórias.

Ao ser informado do falecimento, o presidente Maurício Assumpção imediatamente ordenou que a bandeira alvinegra fosse colocada a meio mastro na sede de General Severiano. O ex-jogador deve ser velado no salão nobre da sede, na Zona Sul do Rio. O clube emitiu nota oficial de lamento pela morte, e a entidade decretou luto no futebol do país e a observação de um minuto de silêncio nos jogos.
 
São muitas as histórias emblemáticas de Nilton dos Santos, nascido a 16 de maio de 1925 na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Se em 1958 o craque mostrou que lateral podia atacar e até se aventurar a fazer gols - marcou 11 como profissional em toda a carreira, um número alto para a época -, no bicampeonato mundial de 1962 fez da malandragem uma arma poderosíssima para salvar o Brasil. Nilton Santos era Enciclopédia até para consertar o próprio erro.
 
Foi no jogo contra a Espanha, em Viña del Mar, no Chile, em 6 de junho. A Seleção perdia por 1 a 0 e estava desnorteada quando o lateral derrubou na área o ponta Enrique Collar. Era pênalti. Mas o árbitro estava distante do lance e não percebeu os dois passos à frente de Nilton logo após ter feito a falta. E esses passos o deixavam fora da área. Foi o suficiente para o chileno Sérgio Bustamante marcar falta. O Brasil acabou vencendo por 2 a 1 e caminhou rumo ao bicampeonato mundial.

Bastariam essas duas histórias para Nilton Santos entrar para a história do futebol. Mas Nilton Santos fez muito, muito mais. Era tão bom e perfeito com a bola nos pés que ganhou o apelido de Enciclopédia. De fato, sabia tudo de bola. Que o digam os torcedores do Botafogo, beneficiados pela exclusividade de vibrar com as jogadas do maior lateral de todos os tempos - é oficial, a Fifa reconheceu em 2000.
 
Alto (1,84m), habilidoso (ambidestro), veloz, clássico, elegante, forte. Nilton já era assim desde moleque, tanto no futebol de praia quanto no Flexeiras, onde chegou com 14 anos após experiência no remo, que lhe dera mais força física. E foi assim que se fez no Botafogo, onde chegou com 23 anos após ter se destacado no time do Exército - era o único soldato em meio a tenentes e capitães.
 
Santo baile de Garrincha
Ao assinar contrato em branco com o clube, se  tornou o maior soldado em preto e branco: é o recordista de jogos (718 partidas), ganhou o Rio-São Paulo de 1962 e 1964 e foi campeão carioca em 1954, 1957, 1961 e 1962. No bicampeonato estadual, formava o timaço-base da Seleção bicampeã mundial, com Didi, Zagallo, Amarildo... E Mané Garrincha.
"Naquele tempo, lateral que passasse do meio do campo era considerado maluco."
Nilton Santos, sobre o gol na Copa de 1958
Aliás, Garrincha e o ex-lateral estavam sempre ligados por causos curiosos. Nilton Santos era Enciclopédia até para levar um baile. Foi o que aconteceu no primeiro treino do Mané no clube alvinegro. O jogador das pernas tortas nem tomou conhecimento do astro botafoguense.
- Ele me deu um baile. Pedi que o contratassem e o pusessem entre os titulares. Eu não queria enfrentá-lo de novo - disse certa vez, às gargalhadas, o maior fã da Alegria do Povo, como passou a ser chamado Mané.
 
E o bom olheiro Nilton Santos era Enciclopédia também para contar histórias. Fala mansa, sempre bem-humorado, se divertia tanto com os causos de Garrincha quanto com os duelos com o maior rival, o Flamengo.
- O pessoal da imprensa instigava o Manga. E amanhã, Manga, como é que vai ser? Sim, já peguei meu bicho adiantado (...) E a torcida do Flamengo ficava louca. Porque normalmente a gente ganhava. Nosso time era bom: Garrincha, Didi, Paulo Valentim, Quarentinha e Zagallo. E ainda tinha de fora o China. Tinha o Amarildo. Tinha um montão de gente.
 
Pelo sol
As histórias de Nilton Santos estão entre as mais saborosas do futebol desde sua estreia pelo Botafogo, em 1948, em amistoso contra o América Mineiro. Poucos sabem, mas foi Zezé Moreira que, nos treinos, descobriu ser a lateral esquerda a posição certa de Nilton Santos, e não o ataque, onde jogava nas peladas, ou a zaga, onde chegou a se pensar em lançá-lo. Afinal, tinha bom porte, era seguro na marcação, se posicionava bem, se antecipava aos atacantes com facilidade.
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto!"
Eras um só, Nilton Santos"
Armando Nogueira, em poema para o ídolo
Ambidestro desde os tempos que ia de arquibancada assistir aos treinos de Zizinho, seu ídolo, e participar das peladas na praia, Nilton Santos acabou assumindo a posição diante da falta de bons canhotos na época. E gostava de dizer que marcava os atacantes pelo sol... Olhava pela sombra do adversário e tinha ali a referência do posicionamento correto para marcá-lo.
 
Os companheiros brincavam que, em dias nublados, Nilton Santos não teria muito o que fazer. O correto, no entanto, é que o jogador era completo em qualquer situação. Foi assim que se tornou ídolo alvinegro. Para muitos, o maior de todos, não só por ter atuado mais vezes pelo clube como também pelo fato de a camisa gloriosa ter sido a única que vestiu além da amarelinha da Seleção.
 
Quatro Copas
Na Seleção, Nilton Santos participou de quatro Copas do Mundo. Na tragédia de 1950, foi preterido pelo técnico Flávio Costa e sequer entrou em campo. Quatro anos depois, estava Nilton Santos na Suíça como titular, vestindo a camisa 3. A primeira partida em Mundiais foi na goleada por 5 a 0 sobre o México. O lateral ainda atuou no empate por 1 a 1 com a Iugoslávia e na derrota por 4 a 2 para a Hungria, quando o Brasil sucumbiu diante de Puskas & Cia.
O brasileiro conhece Garrincha da Seleção. "O que eu o vi fazer pelo Botafogo por esse mundo afora é um negócio de louco"
Nilton Santos, sobre o "compadre"

Os dois fiascos em Copas deram experiência para o lateral, em 1958 e 1962, ser decisivo. Priimeiro com a camisa 12 e depois com a 6, foi dono da posição e atuou nas 12 partidas da campanha do bicampeonato mundial. Nas 75 partidas oficiais e 10 não oficiais pela Seleção, marcou dois gols e ganhou outros títulos, como o Sul-Americano de 1949, quando fez sua estreia. 

Depois que parou de jogar, Nilton Santos escreveu o livro "Minha bola, minha vida", contando sua trajetória. Recebeu inúmeras homenagens do Botafogo, numa relação de amor poucas vezes vista entre clube e jogador. E ainda contribuiu para o título carioca de 1989, quebrando jejum de 21 anos.
 
"Preleção" em 1989
 Já aposentado, o eterno ídolo alvinegro foi convidado a participar da preleção no vestiário do Maracanã na final contra o Flamengo. Lá, usou da "psicologia" e a boa e velha superstição para injetar confiança nos jogadores. Lembrou dos tempos vitoriosos contra o rival nos anos 1960.
 
Quando perguntado sobre quem gostaria que estivesse ali, não pensou duas vezes:
- O Mané. Mas eu já rezei pra ele, e ele vai nos ajudar - disse o Enciclopédia.
Resultado final: Botafogo campeão ao vencer por 1 a 0, gol de Maurício usando a camisa 7 eternizada por Garrincha.
 
Esse e muitos outros causos com o compadre Garrincha fazem parte do arquivo de memórias do eterno craque. Celebrado por ídolos como Jairzinho, Paulo Cezar, Marinho Chagas, Garrincha, Didi,
 
Zagallo e Junior e jornalistas como Armando Nogueira (assista ao vídeo acima com um conto), João Saldanha, Sandro Moreyra, João Máximo, Marcos de Castro e tantos outros, a Enciclopédia estará sempre na cabeceira dos que amam o futebol.
 
Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
27/11/2013 16h45 - Atualizado em

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

NÚMEROS DE "ROGÉRIO CENI"!!!

Um Mito resumido em números

Todos os números de Rogério Ceni

 
Rogério Ceni completa hoje 1116 jogos, se igualando à Pele. Mas vamos falar aqui dos números dos outros 1115.
Títulos na carreira
São 26 títulos pelo São Paulo. O mais recente, a Sul Americana de 2012.
Dentre os principais:
1 Mundial de Clubes (2005)
2 Libertadores (1993 e 2005)
3 Brasileirões (2006, 2007 e 2008)
1 Sul Americana (2012)
 
São muitos os títulos individuais.  Bola de Ouro (2008), Bola de Prata (2000, 2003, 2004, 2006, 2007 e 2008), Bola de Ouro da FIFA Mundial de Clubes (2005), Melhor goleiro do Brasileirão (2006 e 2007), Melhor goleiro do Paulistão (2005 e 2011), 9º melhor goleiro do Mundo (2005), 6º melhor goleiro do Mundo (2006), 5º melhor goleiro do Mundo (2007), 4º melhor goleiro do Mundo (2007), 28º melhor jogador do Mundo (2007), 11º melhor jogador do Mundo (2008), 13º melhor goleiro da década, Seleção do Brasileirão (2006 e 2007)
 
Os 113 gols
Rogério Ceni marcou, ao todo 113 gols. A maioria deles, (54) em Brasileirões. Apenas 2 em Sul Americana.
58 deles foram em cobranças de falta, outros 54 de pênalti e 1 com bola rolando.
Quando mandante, Ceni fez 67 gols, 44 como visitante e 2 em campo neutro.
O goleiro em que ele fez mais gols foi em Fábio, do Cruzeiro (Cruzeiro este que foi o time que mais tomou gol do Mito, 7 ao todo), anotando 6 gols sobre o arqueiro cruzeirense. Na disputa Mito contra Mito, Rogério fez 4 gols em São Marcos.
 
Os 1115 jogos
Com Ceni em campo, o São Paulo venceu 585 partidas, perdeu 281 e empatou 249.
No Morumbi, Rogério defendeu a meta são paulina por 538 vezes, e venceu 339 delas
 
Seleção brasileira
Fez 17 partidas com a Seleção. E mesmo sendo reserva de Marcos, foi pentacampeão Mundial em 2002
 

Postado por thiagocunhamartins em 20 de novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

DONA HELENA SIMBOLO ALVINEGRO!!!

Entrevistas
      
“O Ceará fez a minha vida ser mais feliz”
             Símbolo alvinegro, Helena Oliveira fala sobre seus 49 anos de Ceará

Helena conquistou a todos que passaram pelo Ceará Sporting Club              


No dia 08 de outubro de 1947, começou a ser escrita a história de uma guerreira: Maria Helena Oliveira da Silva. Natural de Maranguape/CE, a cearense se mudou para a capital logo aos sete anos, quando teve que amadurecer para vencer na vida. Depois de se casar aos 15 anos, Helena conseguiu um emprego no Ceará Sporting Club, onde está até hoje.

Mãe de três filhas (Cristina Santana, Taciana Oliveira e Ana Maria Oliveira), Helena conquistou a todos que passaram pelo Ceará Sporting Club, tornando-se um símbolo alvinegro, afinal, é a funcionária mais antiga do clube. Em entrevista exclusiva ao CearáSC.com, esta torcedora apaixonada pelo Vozão fala sobre os seus 49 anos de Ceará e revela histórias de sua vida.

CearáSC.com: Como começou a história entre Dona Helena e o Ceará Sporting Club?
Dona Helena:
Tudo começou no dia 09 de agosto de 1964, se eu não me engano. Meu marido cortava grama do estádio e arrumou uma vaga para eu lavar as roupas dos jogadores e comissão técnica... Muitos achavam que eu não daria conta, mas consegui fazer bem meu trabalho e estou aqui até hoje.

CearáSC.com: Como foi seu primeiro dia de trabalho no Ceará? Aconteceu algo que marcou?
D. Helena:
Eu já sabia lavar roupa e quando fui pegar o material me assustei. Era muita coisa e eu tive que lavar tudo em casa. Tudo tinha que ser lavado à mão, com sabão de barra e, logo no começo já cometi um erro. Fui lavar o material e vi algumas ataduras usadas, então, joguei tudo fora, achando que não servia mais... Achei que era um monte de pano velho, sem serventia... Só sobrou um par de ataduras, que eu só não joguei porque estava novo.

CearáSC.com: Como começou: Como conseguiu iniciar um trabalho, tendo dificuldade para lavar a roupa em casa?
D. Helena:
O pessoal ficou até com pena de mim, foi daí que surgiu a chance de me mudar para morar no clube. Eu sempre fui muito séria com as minhas coisas e se aquele era o meu trabalho, eu tinha que fazer. Era cansativo, mas essa fase não durou muito tempo.

CearáSC.com: Como começou: Então, você morou dentro da sede do Ceará Sporting Club?
D. Helena:
Morei sim. Logo quando cheguei ao Ceará para trabalhar recebi o convite para morar aqui. Como eu tinha que levar as roupas para casa e lavar tudo lá, as pessoas reclamavam porque eu carregava muito peso. Um treinador que estava aqui, Gilberto de Carvalho, que já faleceu, pediu para os dirigentes do clube deixarem eu morar nas instalações e foi assim que comecei a viver no Ceará.

CearáSC.com: Como começou: Como era o ambiente desta sua nova casa?
D. Helena:
Na verdade nem era uma casa mesmo... Era a antiga cozinha do clube e eu lavava as roupas em um antigo poço que tinha ao lado. Tudo no Ceará era assim... A gente sempre dava um jeito para fazer as suas atividades. O clube não tinha tantas condições, então, os funcionários se desdobravam para fazer as suas funções.

CearáSC.com: Como começou: Como surgiu a oportunidade de ter uma casa própria?
D. Helena:
Isso aconteceu recentemente, quando eu já havia me separado do meu ex-marido, mas eu nem lembro ao certo. O Evandro tinha projetos para o clube e a minha casa estava no caminho, então, ele comprou uma casa ao lado do clube e é lá onde eu moro com uma de minhas filhas.

CearáSC.com: Como começou: Foram muitos anos morando dentro do clube. O que sentiu ao ter que sair?
D. Helena:
Por um lado fiquei feliz, mas por outro fiquei com medo. O Evandro havia comprado um local para mim, mas eu sempre gostei e me acostumei a ficar aqui 24 horas por dia. Ele queria construir uma casa para mim dentro do clube mesmo, mas ficou com medo de, futuramente, outro presidente querer me tirar daqui, então, preferiu comprar logo uma casa. Pensei que fosse mudar muita coisa na minha vida e até que eu seria demitida depois de sair de dentro do clube, mas confiei nele e deu tudo certo.

CearáSC.com: Como começou: O que você pensa do Presidente Evandro Leitão?
D. Helena: Eu sempre me dei bem com todos os presidentes que passaram por aqui, mas o Evandro foi especial. Sempre gostei dele e vi que ele se importava com as pessoas que tinham história aqui. Nunca ninguém me convenceu a sair de dentro do clube, mas ele me passou tanta confiança que eu aceitei uma vida morando fora do Ceará... Ainda bem que a minha casa fica bem em frente à sede.

CearáSC.com: Como começou: Como é o seu novo ambiente de trabalho?
D. Helena:
Estando dentro do Ceará... Eu fico feliz e a lavanderia é ótima. As pessoas até brincam que as vezes eu digo “minha casa”, quando estou me referindo à lavanderia. Eu tenho tudo lá... TV, rádio, guarda-roupa, cadeiras, mesas, além de todo o material para trabalhar... Eu tenho máquinas que me ajudam demais no meu serviço... Mudou tudo e o meu trabalho ficou mais fácil e prazeroso para uma pessoa com a minha idade.

CearáSC.com: Como começou: Antes de vir trabalhar no Ceará, você já torcia pelo clube?
D. Helena:
Já torcia sim, mas nunca tinha tido a oportunidade de ir ao estádio. Comecei a trabalhar aqui e fui algumas vezes para os jogos, mas eu confesso que eu prefiro acompanhar pelo meu radinho de pilha. Me acostumei assim e não faço questão de ir ao estádio hoje, mas sou torcedora sim... Não perco um jogo.

CearáSC.com: Como começou: Como você faz para acompanhar os jogos, já que não gosta de ir aos estádios?
D. Helena:
Eu nunca gostei de assistir no estádio e nem na televisão... Eu gosto do meu radinho. Fico feliz nas vitórias, chateada com derrotas, mas nunca mudei o meu jeito. O Ceará é tudo pra mim e as vezes me dá uma aflição saber que o time perdeu, porém, nada como um jogo após o outro.

CearáSC.com: Como começou: Duas de suas filhas trabalham no Ceará. O que você pensa disso?
D. Helena:
Elas foram criadas dentro do clube e conhecem o local tanto quanto eu, então, fico feliz pela Cristina e pela Taciana (Serviços gerais). Estou aqui há quase 50 anos, vivi grande parte da minha vida no Ceará e sou muito feliz, por isso, quero é que minhas filhas sejam felizes também, independente de onde elas trabalhem. Hoje estão aqui, batalhando ao meu lado e torço para que elas sejam felizes como eu fui e como eu ainda sou.

CearáSC.com: Como começou: Você já deixou claro que gosta muito do Presidente Evandro Leitão. Você admira mais alguém no clube?
D. Helena:
Falo muito do Dimas (Filgueiras, auxiliar técnico), pois, ele entrou no Ceará logo depois de mim, há muito tempo também. Vi ele jogar pelo time, se aposentar e permanecer aqui até hoje. Ele sempre ajudou e ainda faz isso pelo clube. Gosto muito do Dimas, principalmente por conta das vezes que o Ceará ia jogar os clássicos... Ele sempre escalava bem o time e nós vencíamos o jogo. Outra coisa boa que ele faz é dar oportunidades aos nossos meninos das Categorias de Base.

CearáSC.com: Como começou: Como é o seu relacionamento com os jogadores?
D. Helena:
Não tenho mais tanto contato com eles. Antigamente, todo mundo que chegava eu sempre fazia amizade, tratava todos eles como se fossem meus filhos e, quando eles deixavam o clube, eu ficava sentindo muito. Sempre me apeguei demais aos jogadores que defenderam o Ceará, mas o mundo do futebol é assim... Um jogador chega hoje e não passa muito tempo. É por isso que eu sempre destaco o Sérgio Alves, o Dimas, o Mota, o João Marcos e outros. Eles fizeram e fazem história aqui e isso é bonito.

CearáSC.com: Como começou: O que o Ceará Sporting Club representa na sua vida?
D. Helena:
Tudo... O Ceará fez a minha vida ser mais feliz. Aprendi muita coisa aqui e guardo tudo isso até hoje. Nunca me faltou um sorriso, nem disposição para trabalhar e, além de tudo isso, construí minha família graças ao clube... Vivo cada momento como se fosse o último e agradeço a Deus por tudo o que eu tenho, afinal, algumas pessoas acompanham o futebol de fora e nem imaginam as histórias que o time tem, enfim, o Ceará representa muita coisa na minha vida.

           

 
CearáSC.com