PERSONALIDADES DO ESPORTE

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As melhores parcerias do Baixinho!!!

Romário é 11: As melhores parcerias do Baixinho
- Quarto capítulo da série do LANCENET! trata daqueles que ajudaram o camisa 11 a marcar mais de mil gols na carreira

O quarto capítulo da série "Romário é 11" trata daqueles que mais ajudaram o Baixinho dentro de campo: os seus parceiros de ataque. Como esquecer das duplas com Bebeto e Ronaldo? Ou as parcerias com Euller no Vasco e com Stoichkov e Laudrup no Barcelona?

Os 11 parceiros mais importantes da carreira de Romário

1 - Bebeto


Bebeto foi escudeiro do Baixinho na Copa de 1994 (Foto: Reuters)

Romário e Bebeto formaram uma das melhores parcerias da História da Seleção Brasileira. Juntos, eles encerraram dois longos jejuns. Em 1989, após 40 anos, o Brasil conquistava a Copa América, diante do Uruguai, com gol de Romário. Já em 1994, nos Estados Unidos, o Brasil encerrava um jejum de 24 anos ao conquistar o tetra da Copa do Mundo. Foi neste Mundial que a dupla se consagrou. Com atuações memoráveis, Bebeto e Romário foram decisivos para a conquista brasileira. O Baixinho, eleito o melhor do Mundial, ganhou a Copa "sozinho" para muitos. Mas sem Bebeto, ele não teria conseguido.

A exemplo do Baixinho, Bebeto ingressou na carreira política. Ele é deputado estadual.

2 - Euller

Romário com Euller no treino do Vasco (Foto: Cleber Mendes

O Filho do Vento teve papel fundamental para Romário chegar ao seu milésimo gol. A dupla atuou no Vasco durante entre 2000 e 2002, período em que o Baixinho alcançou marcas expressivas. Foram 74 gols em 2000 - o seu recorde na carreira -, 45 em 2001 e 44 em 2002. Com eles em campo, o Vasco conquistou a Copa Mercosul de 2000 e a Copa João Havelange no mesmo ano.

O atacante, hoje aposentado, nunca escondeu a satisfação em ter contribuído com muitas assistências para Romário.

- A minha função sempre foi deixar o centroavante na cara do gol e fiz isso muito bem atuando com o Romário. É motivo de orgulho dizer que atuei ao lado de um jogador como ele, que me ajudou a chegar à Seleção Brasileira, um dos meus grande sonhos. Agradeço até hoje por ter tido essa honraria. Em troca, eu fiz dele ainda mais artilheiro com certeza - disse o Filho do Vento ao LANCENET!.

3 - Ronaldo

Ronaldo e Romário na Seleção (Foto: Reuters)

A dupla "Ro-Ro" rendeu dois títulos à Seleção Brasileira (Copa América e Copa das Confederações de 1997) e reunia as duas maiores estrelas do futebol brasileiro do momento. Romário e Ronaldo eram tidos como as grandes esperanças do Brasil para a Copa de 1998, na França, mas o Baixinho acabou cortado e não disputou o Mundial. Pela Seleção, a dupla conquistou 14 vitórias em 19 jogos. Ambos realizaram o seu jogo de despedida coma Amarelinha no Pacaembu. Romário em 2005 e Ronaldo neste ano.

4 - Edmundo

Romário e Edmundo sempre foram um capítulo à parte. Protagonizaram polêmicas de sobra, mas também bons momentos atuando juntos. Em 2000, pelo Vasco
, foram os líderes da equipe que chegaria à final do Mundial de Clubes daquele ano. A atuação da dupla diante do Manchester United não sai da cabaça dos torcedores vascaínos. Já no Flamengo, em 1995, e no Fluminense, em 2004, não tiveram tanto destaque. Edmundo se aposentou em 2008 e hoje é comentarista esportivo.

5 - Hristo Stoichkov

O temperamental craque búlgaro foi parceiro de Romário tanto dentro, quanto fora de campo,
já que possuía um gênio semelhante ao do Baixinho. Pouco tempo depois de Romário chegar ao Barcelona, em 1993, se tornaram amigos e tiveram atuações memoráveis juntos. Conquistaram o Campeonato Espanhol de 1994 e o vice da Liga dos Campeões da Europa de 1994/1995. O búlgaro se aposentou em 2004.

6 - Michael Laudrup

O craque dinamarquês atuou com Romário no Barcelona em 1993 e 1994. Para o Baixinho, Laudrup foi o jogador mais genial com o qual já teve a oportunidade de atuar. Laudrup,
um dos três atacantes da equipe de Johan Cruyff, deixou o Barça no ano seguinte, assim como Romário. O atacante se aposentou em 2004. Como técnico, seu último trabalho foi no Mallorca.

7 - Roberto Dinamite

Quando Romário dava os seus primeiros passos como jogador profissional, Roberto Dinamite,
hoje presidente do Vasco, já era um jogador mais do que consagrado. Foi ao lado dele, no Vasco, que o Baixinho pôde aprender muito. E como aprendeu! Romário foi artilheiro do Campeonato Carioca em 1986 e 1987 e levou dois títulos ao lado de Dinamite: o Carioca de 1987 e 1988.

8 - Sávio

Sávio, Edmundo e Romário formaram, no Flamengo, em 1995, o "Melhor ataque do Mundo", já que o Baixinho acabara de ser campeão do Mundo com a Seleção e vinha de uma
temporada fantástica com a camisa do Barcelona. Mas o resultado não viria naquele ano. Em 1996, já sem Edmundo, o Baixinho teve boas atuações ao lado de Sávio, apesar de nunca terem sido grandes amigos, e conquistaram o Campeonato Carioca de 1996 de forma invicta. A dupla também levou a Copa Ouro para casa naquele ano.

9 - Alex Dias

Foi tendo Alex Dias ao seu lado que Romário se tornou o artilheiro mais velho da História do Campeonato Brasileiro
e voltou a ter boas atuações. Em 2005, aos 39 anos de idade, o Baixinho marcou 22 gols e conquistou a sua segunda artilharia da competição. A primeira havia sido em 2001, também pelo Vasco. Além de servir Romário com qualidade, Alex Dias também se destacou ao marcar 19 vezes naquele brasileirão.

10 - Roni

Roni não foi um dos mais parceiros mais badalados que Romário
teve ao seu lado. Mas foi ao lado do atacante, que atualmente defende o Vila Nova, que o Baixinho marcou 29 dos seus 48 gols pelo Fluminense.

11 - André Dias

André Dias abraça Romário após o milésimo (Foto: Cleber Mendes)

André Dias teve uma passagem de pouco brilho pelo Vasco, mas algo ele não esquecerá jamais, já que foi o primeiro jogador a felicitar Romário, quando o Baixinho marcou o milésimo gol de sua carreira. Companheiro de ataque do eterno camisa 11 naquele 20 de maio de 2007, o atacante marcou duas vezes na vitória do Vasco diante do Sport, por 3 a 1.

- Fui o primeiro a abraçar o Romário após o milésimo gol. Tive de dar um beijo naquela careca (risos). Foi um momento indescritível, tanto pelo lado pessoal, já que o Romário é um ídolo de todo o Brasil, quanto pelo profissional, já que ter atuado ao lado dele foi muito importante para a minha carreira, apesar de ter sido por pouco tempo. Isso eu não esquecerei jamais. Jamais poderia ter imaginado que um dia eu teria uma emoção como aquela - recordou o atacante, que está sem clube após ter deixado o América-MG, ao LANCENET!.

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 04/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As grandes polêmicas do Baixinho!!!

Romário é 11: As grandes polêmicas de um Baixinho
- Polêmico assumido, Romário não leva desaforo para o vestiário

Romário preso por um dia por não pagar pensão (Gilvan de Souza)

Falar em Romário é falar de polêmica. O Baixinho nunca fugiu da raia e protagonizou episódios e embates que ficarão na memória. Brigas, discussões, choro, ranger de dentes e até cadeia. Tem tudo isso no pacote. O terceiro capítulo da série “Romário é 11” relembra apenas 11 polêmicas envolvendo o Baixinho.

- Não tem nenhuma que tenha me marcado muito individualmente. Mas posso dizer que todas essas experiências me fizeram aprender muito – disse o Baixinho ao LANCENET!.

1 - Edmundo

Parecia até que eram irmãos. Romário e Edmundo
, muito parecidos no estilo impetuoso, viveram uma relação de extremos. Era amor ou ódio. Calmaria não era com eles. Quando se juntaram para formar o “melhor ataque do mundo”, os dois se entendiam por música (por rap, para ser mais preciso). Só que com a sequência de maus resultados e as regalias que a diretoria do Fla dava ao Baixinho, Edmundo passou a não guardar tanto carinho pelo companheiro de ataque. O clima azedou de vez. Sobrou para Edmundo, que deixou o clube no ano seguinte.

Os "Bad Boys"

O reencontro foi no Vasco, em 2000, dirigidos por Abel Bra
ga. A torcida vascaína ia ao delírio ao ver os dois comemorando juntos o sucesso do time no Mundial. Mas a briga pela braçadeira de capitão começou a esquentar o clima. Edmundo errou o pênalti decisivo na final e também mandou para longe a chance de reconciliação plena.

O ápice da discórdia pegou fogo quando Edmundo quis bater um pênalti contra o Bangu, em São Januário, pelo Carioca, mas Romário não deixou e bateu na trave. Edmundo, na saída da partida, diz que o então presidente Eurico Miranda era o rei e Romário, o príncipe. No jogo contra o Olaria, quando fez um gol e assumiu a artilharia do Carioca, Romário deu o troco:

- A corte toda agora está feliz. O rei, o príncipe e o bobo.

Atualmente,
a relação dos dois é bem cordial. Quando o Animal foi preso, em junho, Romário deu força ao ex-companheiro pelo Twitter.

2 - Pelé

Romário sempre reverenciou o que Pelé
fez dentro de campo. Mas fora dele, o Baixinho nunca escondeu que não tem muita simpatia pelo Rei. O ápice da crise foi em 2005, quando Pelé disse que Romário já deveria se aposentar. A resposta foi com a famosa declaração: “Pelé calado é um poeta”.

A busca pelo milésimo gol também tem sido motivo de troca de rusgas entre os dois até hoje. Pouco antes de chegar à marca, o Baixinho disse que Pelé contou gol até contra time do exército. Neste mês, com Romário em Guadalajara para cobrir o Pan, o Rei do futebol devolveu:

- Até no futevôlei ele conta gol, nunca vi!

3 - Mulheres e as noitadas

Romário nunca escondeu a preferência pela vida noturna
. Apesar disso, ele jura de pés juntos que não bebe nem fuma. Com relação às mulheres, o Baixinho dá o braço a torcer. Ele admite que é o ponto fraco (ou forte, né?). De fuga das concentrações, inclusive pela Seleção, a sexo no vestiário do Maracanã.

Uma delas desencadeou uma briga com o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, e sacramentou a dispensa do jogador do Flamengo, em 1999. A “Festa da Uva” aconteceu quando ele resolveu aproveitar a noite de Caxias do Sul, após o Fla perder para o Juventude no Brasileirão. Se o Baixinho tem mil gols, ele já deve ter muito mais de 1001 noites de diversão pelo mundo.

4 - Zico e Zagallo no banheiro

Romário e Zico fazem as pazes, após 11 anos de rusgas (Foto: Gilvan de Souza)

Ressentido pelo corte às vésperas da Copa-98, Romário resolveu "homenagear" o então técnico da Seleção, Zagallo, e o coordenador técnico Zico. O Baixinho mandou pintar caricaturas da dupla na porta do banheiro de sua boate, na Barra da Tiuca, Zona Oeste do Rio. Só que a travessura rendeu a Romário um processo na Justiça e a condenação de R$ 380 mil de multa ao Velho Lobo.

Mas o tempo curou as mágoas. Com relação ao Galinho, a paz foi selada em um jogo beneficente no final de 2009.

5 - Brigas em campo

Romário nunca levou desaforo para o vestiário
. A baixa estatura não foi fator inibidor para que ele entrasse em briga. No Barcelona, deu um soco no argentino Simeone, foi expulso e pegou cinco jogos de suspensão.

Duas marcaram na época de Flamengo. A primeira delas foi em 1995, contra o Vélez, pela Supercopa dos Campeões. Romário foi defender o amigo Edmundo, que havia sido agredido pelo zagueiro Zandona, e deu uma voadora que ficou para a História. A segunda, em 1997, foi na Gávea, em um amistoso contra o Madureira. O Fla já vencia por 7 a 0, mas o Baixinho se engalfinhou com o lateral Cafezinho. Segundo o próprio Romário, "a briga foi boa porque os dois eram do mesmo tamanho".

A tarde de 15 de setembro de 2002 não seria uma qualquer para Romário, Fluminense e para o zagueiro Andrei. O time então dirigido pelo “peixe” Renato Gaúcho levou um sacode do São Paulo no Morumbi: 6 a 0 (com eco!).

Mas o placar ainda estava 0 a 0 quando o lance que marcaria a partida aconteceu. Andrei falhou na marcação e Romário foi tirar satisfação com ele. Não teve nem conversa. O camisa 11 deu um tapa no zagueirão, que ficou sem reação. A partir daí a porteira abriu para o desfile de gols são-paulinos. Andrei perdoou o Baixinho, mas o STJD não. Romário foi punido com um jogo de gancho.

6 - Brigas com torcedores
Um dos maiores escândalos da carreira de Romário teve as Laranjeiras como palco. Em 2003, o Baixinho
se indignou com os xingamentos de um torcedor, que chegou a jogar uma galinha no gramado, e partiu para o pega pra capá. O torcedor levou a pior e a polícia chegou a ser chamada para conter a confusão. O dono da galinha registrou boletim de ocorrência, mas ficou por isso mesmo. Ou melhor, Romário se inspirou e no dia seguinte marcou o gol da vitória do Flu sobre o Corinthians.

Romário não chegou a sair no tapa com os torcedores vascaínos, mas chegou a fazer gestos obscenos ao comemorar um gol, na vitória por 2 a 1 sobre o Universidad Católica (CHI), pela Mercosul-2001. Ele repetiria a dose em 2002, na goleada por 5 a 1 sobre o Bangu, pelo Rio-São Paulo.

7 – Cortes

Todo mundo se lembra do corte da Copa de 1998, na França, quando Romário
sofreu uma lesão na panturrilha quando defendia o Flamengo contra o Friburguense e ficou fora do Mundial. Muito contrariado, por sinal. Mas o primeiro corte da Seleção Brasileira foi muito antes, ainda nos tempos de juniores (sub-20).

O ano era 1985 e um Romário com 19 anos já aprontava. O técnico Gilson Nunes resolveu não leva-lo para o Mundial da categoria naquele ano porque o Baixinho, acompanhado de Denílson e Müller, estava mexendo com as donzelas que passavam pela calçada em frente à concentração brasileira. Acabou que Romário foi cortado sozinho.

Em 2002, o corte não foi oficial, já que Romário nem chegou a ser chamado por Felipão à medida que a Copa se aproximava. O Baixinho chorou, convocou coletiva, pediu desculpas, mas não teve jeito. A “Família Scolari” não teve espaço para Romário. O Brasil foi penta sem ele. Fato que o Baixinho lamenta até hoje. O Baixinho teria feito sexo com a aeromoça antes da partida contra o Uruguai, em Montevidéu, e isso teria deixado Felipão irado. Romário nega até hoje.

8 - Romário x treinos

Treinar: a grande discórdia entre Romário
e os treinadores pelos clubes por onde passou. O Baixinho sem foi adepto do lema: “Treinar para que?”. Foi assim que ele arrumou confusão no Valencia, da Espanha e acabou perdendo espaço.

O freio de mão puxado nos treinamentos começou pra valer depois que foi melhor do mundo, em 1994. Cruyff foi a primeira vítima das tentativas de barganha do Baixinho, que prometia – e cumpria – um caminhão de gols nos jogos em troca de folguinhas extras.

No Flamengo, as regalias trouxeram problemas com Vanderlei Luxemburgo, que “já pensava que era o melhor técnico do mundo”, como disse o próprio Romário. Luxa perdeu a queda de braço e foi demitido. A briga com os treinadores para pegar leve no treino só acabou quando ele mesmo foi seu treinador, do fim de 2007 ao início de 2008, no Vasco. Se pudesse, Romário assinaria a Lei Áurea dos treinos.

9 - Doping

Romário chora ao ser absolvido pelo STJD no caso de doping (Reprodução)

A idade chegou e os cabelos começaram a cair. Romário, já com mil gols, apostou nos remédios para conter a calvície, mas ele não contava que os produtos pudessem conter substâncias proibidas. A finasterida fez com que o Baixinho fosse condenado por 120 dias de suspensão. Flagrado no final de 2007, Romário, no entanto, acabou sendo inocentado por unanimidade pelo Pleno do STJD, que o liberou em fevereiro de 2008.

10 – Prisão

Em julho de 2009, Romário passou uma noite na prisão por não ter pagado a pensão alimentícia dos filhos, Moniquinha e Romarinho, ambos tidos com Monica Santoro. Romário
admitiu que o episódio prejudicou sua relação com os filhos, na época com 19 e 15 anos, respectivamente.

11 - Ricardo Teixeira

Romário foi parceiro do presidente da CBF
na campanha para trazer a Copa-2014 para Brasil. Mas o tempo passou, o Baixinho se elegeu deputado e virou uma das figuras que mais cobra de Teixeira as explicações por conta das denúncias de corrupção. Romário foi deixado de lado da organização da Copa. Nem no sorteio dos grupos compareceu.

O Baixinho virou amigo do jornalista Andrew Jennings, que revelou o esquema de recebimento de propina em que Teixeira está supostamente envolvido, através da Sanud. A Fifa também passou a ser alvo do parlamentar.

Romário ainda diz que foi traído por Teixeira, de quem teria recebido garantia de que jogaria a Copa-2002. Pelo visto, o rancor não é de hoje...

Igor Siqueira
Luiz Signor
Publicada em 03/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As 11 Camisas do Baixinho!!!

Romário é 11: As 11 camisas do Baixinho na carreira
- Relembre a trajetória de Romário em mais de duas décadas

Romário viveu intensamente o amor por cada camisa que vestiu. Foi eterno enquanto durou. A indiferença não fez parte da realidade do Baixinho no futebol. O cara da camisa 11 vestiu 11 camisas, incluindo uma certa amarelinha, nos 23 anos de carreira profissional (24, se contarmos 2009, quando fez um jogo pelo América-RJ). É sobre elas que o segundo capítulo da série "Romário 11" vai falar.

- Só joguei onde eu quis. Não fui pra nenhum lugar obrigado - contou o Baixinho, ao LANCENET!.

Nascido na comunidade do Jacarezinho – ou melhor, como o próprio gosta de dizer, favela -, o menino Romário deu os primeiros chutes no Estrelinha, clube da Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, onde morou desde os 3 anos (deve ter sido ali que ele cavou seu primeiro pênalti também). Seu Edevair, pai do jogador e fundador do Estrelinha, foi o grande incentivador do menino, em uma época de dificuldades.

- Às vezes não tinha dinheiro para ir treinar com meu irmão. Como eu jogava mais, meu pai me dava a passagem e meu irmão ficava em casa - conta Romário, com um sorriso no rosto ao lembrar do esforço que a família fez para que ele continuasse nos treinos.

1 - VASCO – Primeiro Amor

Romário teve muitas alegrias jogando pelo Vasco (Foto: Ralff Geabra)

Quando Romário foi para o infantil Olaria, em 1979, a relação com o futebol passou a ficar mais séria. A genialidade já se destacava no garoto, que logo foi parar no Vasco, em 1981. Foram quatro anos até o técnico Edu Coimbra, irmão de um certo craque que brilhava no rival, relacionar Romário para enfrentar o Coritiba pelo Brasileirão de 1985. O Baixinho entrou no segundo tempo e logo de cara teve a chance de compor o ataque vascaíno com ninguém menos que Roberto Dinamite.

FICHA TÉCNICA DA ESTREIA DE ROMÁRIO
Local: Estádio São Januário, Rio De Janeiro (RJ)
Data: 6/2/1985

VASCO 3 X 0 CORITIBA
Gols:
"Roberto Dinamite 6’/1ºT (1-0), 40’/1ºT (2-0) e Vítor, 44’/2ºT (3-0)"

Árbitro: Carlos Sérgio Rosa Martins
Auxiliares: Paulo Sérgio Pinto e Ricardo Muller
Renda: Cr$ 33.895.000,00 / Público : 6.137
Cartões vermelhos: Ivan (VAS) e Lela (CTB);

VASCO: Acácio, Edevaldo, Nenê, Ivan, Aírton, Vítor, Geovani, Cláudio Adão, Mário Tilico (Romário), Roberto Dinamite e Rômulo (Donato).
- Técnico: Edu Antunes Coimbra.

CORITIBA: Rafael, André, Vavá, Gardel, Dida, Marildo, Tobi (Heraldo), Paulinho (Eliseu), Lela, Índio e Édson.
- Técnico: Dino Sani
.

O primeiro gol só viria em 18 agosto, contra o Nova Venécia (ES), mas não demorou a deslanchar, já que foi vice-artilheiro do Carioca daquele ano. A relação com o Time da Colina, pelo qual marcou o milésimo gol, é a mais próxima que Romário tem. Depois da passagem inicial da carreira, de 1985 a 1988, o Baixinho retornaria ao mais três vezes (2000-02, 2005-06 e 2007-08), além de iniciar a carreira de técnico, que futuramente seria trocada pela de deputado.

2 - PSV – Avassalador

Romário em ação pelo PSV contra o Steaua Bucareste (Foto:Site Oficial/PSV)

Romário já não era mais uma aposta no Vasco e teve participação importante na conquista do bi nos Cariocas de 1987 e 1988, além de ter sido chamado para a Seleção Brasileira medalha de prata na Olimpíada de Seul-88. Tudo isso teve um preço: a cobiça dos holandeses do PSV, na época detentores da Copa dos Campeões da Europa, que o contrataram em julho de 1988, por US$ 5 milhões, maior valor para que um jogador deixasse o Brasil até então. O investimento funcionou. Desde o craque Johann Cruyff que os holandeses não viam tamanha genialidade. Romário foi o melhor jogador da Eredivisie, o campeonato nacional, nas três primeiras temporadas. Sucesso.

Nem tudo foram flores, já que em 1993, ano de despedida de Romário do PSV, o time não ganhou nada. Mas isso não apagou o que ele fizera anteriormente. Tanto que o respeito que os holandeses têm pelo Baixinho rendeu duas salas em homenagem ao brasileiro no estádio do clube, o Phillips Stadium. Uma coisa natural, se não fosse pelo fato de o clube não ter um museu, mas ter reservado um local de reverência ao camisa 11.

PSV DE ROMÁRIO (1988/89): Lodewijks, Gerets, Valckx, R. Koeman e Veldman; Van Aerle, Lerby e Vanenburg; Romario, Gillhaus, Janssen. Técnico: Guss Hiddink.

3 - BARCELONA – “Matador de Porteros”

Que esquadrão! Um timaço! Não era a 11, mas a camisa do Barça combinou muito bem com Romário
. Com tanto craque junto, até no banco, não seria difícil. Pobre Real Madrid, que sofreu nas mãos, ou melhor, nos pés dessa turma campeã do Espanhol na temporada 1993-1994.

Romário fez gols de tudo quanto foi jeito nesse time do futebol total de Cruyff. Lá, virou o “Matador de Porteros” (matador de goleiros). As atuações impediram que Parreira o deixasse de lado na Seleção que iria aos Estados Unidos na Copa de 1994. Todo mundo já sabe o que essa história rendeu.

BARCELONA DE ROMÁRIO: Zubizarreta, Ferrer, Koeman e Goykoetchea; Guardiola, Amor, Nadal e Sergi; Laudrup, Stoitchkov e Romário.
- Técnico: Johan Cruyff


4 - FLAMENGO - Popstar

Romário chegou ao Flamengo em 1995, para o "melhor ataque do mundo" (Foto: Hipólito Pereira/O Globo)

Melhor ataque do mundo: Sávio, Romário Edmundo. A rima é boa, mas o futebol não emplacou. Na primeira passagem de Romário – na época o melhor jogador do mundo, segundo a Fifa – pela Gávea, muita badalação e pouco futebol.

A relação com o Flamengo e sua torcida se consolidou com o passar dos anos. A ida ao Maracanã com Romário no time era certeza de gols, ainda que o Fla não saísse de campo com a vitória. Ah, o Maracanã. Pelo Rubro-Negro, Romário fez do estádio o seu palco preferido. Conhecia cada centímetro das grandes áreas e sabia o caminho do gol mesmo se estivesse de olho fechado (ou de bandana!).

Entre idas e vindas à Espanha, foram cinco anos de Flamengo. A despedida, em 1999 – mesmo com os títulos Carioca e da Mercosul -, foi turbulenta, ao término do Brasileiro. Mas a torcida do Fla jamais se esquecerá dos momentos de alegria que Romário proporcionou, graças à enxurrada de gols do Baixinho.

5 - VALENCIA – Intrigas

Romário não teve muita sorte com a camisa do Valencia, para onde foi por empréstimo em 1996 e em 1997
. A relação que teve com os técnicos nas duas passagens que teve na Espanha: Luís Aragonés e Claudio Ranieri. Estava infeliz com o ritmo de treinos, virou reserva. Aí voltou ao Flamengo.

6 - FLUMINENSE – Altos e baixos

Baixinho teve muitas polêmicas no Fluminense (Foto: Ari Ferreira)

Com a camisa do Tricolor das Laranjeiras, a passagem de Romário foi um tanto quanto instável. Se o Flu protagonizou atuações inesquecíveis em 2002, como o 5 a 1 sobre o Cruzeiro na estreia do Baixinho, o time teve apagões que custaram caro, como no 6 a 0 sofrido diante do São Paulo. Partida em que Romário agrediu o zagueiro Andrei, companheiro de time. Os títulos não vieram.

Ao mesmo tempo em que Romário foi lembrado pela agressão ao torcedor na arquibancada das Laranjeiras, ele conseguiu no Flu seu único gol de bicicleta. Foi uma relação de extremos. Ficou no clube de 2002 a 2004, com um hiato para ir ganhar dinheiro no Qatar. Deixou o Flu no ano em que o clube contratou medalhões, como Edmundo, Felipe e Petkovic.

FLUMINENSE DE ROMÁRIO (2002): Murilo, Flávio, César, Zé Carlos e Marquinhos; Marcão, Beto, Fabinho e Fernando Diniz; Romário e Magno Alves.
- Técnico: Robertinho.


7 - AL-SADD – Petrodólares

Romário foi jogar no Qatar
por um contrato milionário. O Baixinho ganhou US$ 1,7 milhão para atuar por 100 dias no Al Sadd. Ele jogou apenas um jogo, não fez nenhum gol e teve de esperar os 100 dias para voltar ao Brasil. A experiência com a camisa do petrodólar não foi das melhores... e ele voltou ao Flu.

8 - MIAMI FC – Aventureiro

Sem clima com a torcida do Vasco
e com companheiros que não aceitavam algumas regalias, Romário descobriu a América em 2006, 504 anos depois de Cristóvão Colombo. Em uma “Segunda Divisão” dos Estados Unidos, marcou 19 gols, mas não classificou o time para a fase final da competição. Chegou a ser treinado pelo companheiro de tetra, Zinho.

Romário se apresentou no Tupi, mas não jogou (Foto: Paulo Wrencher)

9 - ADELAIDE UNITED – Alternativa

Ainda em 2006, diante da tentativa frustrada de jogar no Tupi
, onde foi apresentado, mas não pôde jogar porque a transferência se deu fora da época permitida pela CBF, a solução foi desbravar o futebol australiano.

10 - AMÉRICA-RJ - Homenagem

O sonho do pai de Romário, Seu Edevair
, era ver o filho atuando pelo América, seu time do coração. O Baixinho sempre disse que cumpriria a promessa feita ao pai. Mas, para a tristeza do camisa 11, o projeto só se concretizou após a morte do pai. Foi apenas um jogo. Mas foi com muita emoção que Romário homenageou seu mentor, a quem amava.

11 - SELEÇÃO BRASILEIRA – Paixão maior

O choro na despedida da Seleção Brasileira (Foto: Ari Ferreira)

A camisa preferida de Romário. Pela Seleção, ele alcançou a glória máxima na carreira, que foi a Copa de 1994. A relação começou cedo, com ele sendo convocado para o time sub-20, em 85, mas acabaria sendo cortado do Mundial (cenas dos próximos capítulos). A Copa de 90 foi um ponto baixo, sendo reserva de Müller. Mas as glórias dos anos seguintes o elevaram ao status de um dos maiores da História.

BRASIL NA FINAL DA COPA-1994: Taffarel, Jorginho (Cafu), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Viola); Bebeto e Romário.
- Técnico: Carlos Alberto Parreira


O problema para Romário foi que, a não ser em 1994, não teve sorte nas épocas de Copa. Foi cortado às vésperas da competição em 1998, contundido. Deixou a França chorando. Quatro anos depois, não teve apelo que fizesse Felipão se convencer a convocá-lo e o Brasil foi penta sem ele. Fez sua despedida contra a Guatemala, em 2005, no Pacaembu. Marcou um dos gols na vitória por 3 a 0. Chorando, deu adeus à camisa que mais amou na carreira.

BRASIL NA DESPEDIDA DE ROMÁRIO: Marcos (Rogério Ceni); Cicinho (Gabriel), Fabiano Eller (Gláuber), Ânderson e Léo; Mineiro, Magrão (Marcinho), Ricardinho e Carlos Alberto; Romário (Grafite) e Robinho (Fred).
- Técnico: Carlos Alberto Parreira


Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 02/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! O Artilheiro dos Mil Gols!!!

Romário é 11: Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
- o primeiro capítulo da série, LNET! destaca o que o Baixinho mais sabia fazer dentro de campo: balançar as redes

"Ele é o gênio da grande área" A frase é de Johan Cruyff, o maior jogador holandes de todos os tempos e técnico de Romário no Barcelona. E Cruyff tinha razão. O Baixinho, de 1,69m, se agigantava na grande área. Foram 1002 em uma vitoriosa carreira e gols após arrancadas, dribles desconcertantes, finalizações de primeira, de bico, de cabeça e até de bicicleta. O primeiro capítulo da série "Romário é 11" é dedicada aos gols de Romário, a sua grande especialidade.

De 1985, ano em que iniciou a carreira, até 2008, Romário conquistou diversas artilharias. Foram nada menos do que 26 em 23 anos como jogador profissional: três do Campeonato Brasileiro (2000, 2001 e 2005), sete do Campeonato Carioca (1986, 1987, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000) duas da Liga dos Campeões da Europa (1988/89 e 1992/93), três do Campeonato Holandês (1989, 1990 e 1991), uma do Campeonato Espanhol (1994), uma da Copa das Confederações (1997), entre outras.

Testemunha do milésimo gol, dentro de campo, o também baixinho Carlinhos Bala fazia parte do Sport derrotado pelo Vasco de Romário na noite de 20 de maio de 2007, data do gol mil.

- Nós encarávamos aquele jogo como outro qualquer, mas não queríamos levar gol. Acabou que o milésimo caiu naquele dia, só que não deixamos de ficar felizes pelo que o Romário conseguiu fazer. Ninguém nem se atreveu a falar qualquer coisa com o Magrão (goleiro do Sport). Como baixinho, sempre tive Romário como uma referência, principalmente pelos gols marcados contra Holanda (1994) e Corinthians (1999) - comentou o atacante.

Confira onze dos mais belos e importantes do Baixinho

Brasil 2 x 0 Uruguai - 19/9/1993 - Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994

O Brasil precisava vencer o Uruguai para se garantir na Copa das Estados Unidos. Calos Alberto Parreira, então técnico da Seleção, atendeu aos pedidos da torcida e convocou Romário. O Baixinho teve, naquele 19 de setembro de 1993, uma de suas maiores atuações. Dribles, jogadas magníficas e dois gols. O segundo após receber de Mauro Silva, driblar o goleiro uruguaio e levar o Maracanã ao delírio.

PSV 5 x 1 Steaua Bucarest - 1/11/1989 - Liga dos Campeões da Europa de 1988/1989
Romário marcou incríveis 165 em 163 jogos com a camisa do PSV. Um dos seus três gols diante da equipe romena sintetizou o que o Baixinho tinha de melhor: velocidade e habilidade. Romário deixou um zagueiro para trás, o goleiro do Steaua e outro defensor no chão antes de marcar.

Barcelona 5 x 0 Real Madri - 8/1/1994 - Campeonato Espanhol de 1993/1994
Um goleada histórica diante de um rival histórico. No ano em que conquistaria a Copa de 1994, Romário teve uma atuação inesquecível no Camp Nou, que viu um verdadeiro show do Baixinho, que marcou três vezes. A sua obra prima abriu o placar. Guardiola lançou o então camisa 10, que girou sobre Alkorta e tocou na saída de Buyo. Um golaço.

Brasil 3 x 2 Holanda - 9/7/1994 - Quartas de final da Copa do Mundo de 1994
Um dos melhores jogos do Mundial dos Estados Unidos. E Romário foi decisivo. Após cruzamento de Bebeto, o Baixinho pegou de primeira. De Goej nada pôde fazer e o Brasil abria o placar no Cotton Bowl. Bebeto e Branco, com a famosa "desviada" de Romário, marcaram os outros gols brasileiros.

Brasil 1 x 0 Suécia - 13/7/1994 - Semifinal da Copa do Mundo de 1994
Brasil e Suécia faziam um duelo equilibrado. Após oitenta minutos de tensão no Rose Bowl, eis que o gigante Romário aproveitou cruzamento preciso de Jorginho, subiu mais que a zaga adversária e, de cabeça, venceu o goleiro Ravelli. Era o gol que levava o Brasil à final da Copa.

Brasil 6 x 0 Austrália - 22/12/1997 - Final da Copa das Confederações de 1997
Atuando ao lado de Ronaldo, Romário conduziu o Brasil ao título da Copa das Confederações de 1997, a sua última conquista com a camisa da Seleção. Artilheiro do torneio, com sete gols, o Baixinho marcou três vezes na final diante da Austrália, assim como Ronaldo. O primeiro gol do camisa 11 veio após cruzamento de Cafu. Ele dominou no peito e finalizou sem chances para o goleiro australiano.

Corinthians 0 x 3 Flamengo - 7/2/1999 - Torneio Rio-São Paulo de 1999
O Flamengo não ofereceu qualquer chance ao Corinthians em partida válida pelo extinto Rio-São Paulo de 1999. E o segundo gol da vitória carioca teve a assinatura do craque Romário. O Baixinho recebeu pela esquerda e viu a marcação de Amaral. O camisa 5 corintiano não poderia imaginar o que lhe esperava. Romário, com um elástico, passou por Amaral e marcou um golaço no Pacaembu.

Palmeiras 3 x 4 Vasco - 20/12/2000 - Copa Mercosul de 2000
O dia 20 de dezembro de 2000 não sairá tão cedo da memória do torcedor vascaíno. No terceiro e decisivo jogo da final da Copa Mercosul, o Vasco era derrotado por 3 a 0 pelo Palmeiras e via o título da competição ir embora. Eis que, em uma reação espetacular, o Vasco, comandado pelo Baixinho, fez o que poucos julgavam como impossível: conseguiu a virada. Romário, como sempre, foi decisivo. O camisa 11 marcou nada mais do que três dos quatro gols vascaínos. O último veio aos 48 do segundo tempo. Juninho Paulista finalizou, a bola bateu na marcação palmeirense e sobrou para ele: Romário. Gol e título para o Vasco.

Fluminense 5 x 2 Guarani - Campeonato Brasileiro de 2003
Romário não poderia dizer que jamais tinha feito um gol de bicicleta em sua carreira. E foi no Fluminense, no Brasileirão de 2003, que o Baixinho colocou mais um gol em sua vasta coleção. Após cruzamento de Jadílson e sobra da zaga, ele não titubeou: pedalada e terceiro gol do Tricolor carioca no Maracanã.

Brasil 3 x 0 Guatemala - 27/4/2005 - Despedida de Romário da Seleção Brasileira
O dia 27 de abril de 2007 marcou a despedida de Romário com a camisa que lhe consagrou: a da Seleção Brasileira. O jogo, disputado no Pacaembu, diante da Guatemala, contou com a presença de jogadores que atuavam no futebol brasileiro. Romário, aproveitando cruzamento de Ricardinho, marcou o segundo gol brasileiro.

Vasco 3 x 1 Sport - 20/5/2007 - Campeonato Brasileiro - 2007 - Milésimo
Romário marcou neste dia o seu milésimo gol na carreira. O jogo, válido pela segunda rodada do Brasileirão, diante do Sport, em São Januário, tornou-se um dos mais importantes da História do futebol brasileiro. E o milésimo veio de pênalti, aos dois minutos da etapa final. O Baixinho cumpria o seu grande objetivo antes de deixar o futebol. Magrão ficará para sempre lembrado como o goleiro do gol de número mil do camisa 11.

Confira todos os gols de Romário, o atacante dos 1002 gols
* Jogos - Gols - Média

BASE

- Olaria (Base): 6 - 7 - 1,16
- Vasco (Base): 110 - 59 - 0,59
- Seleção (Base): 11 - 11 - 1
PROFISSIONAL
- Vasco: 414 - 326 - 0,78
- Flamengo: 240 - 204 - 0,85
- PSV: 163 - 165 - 1,01
- Seleção Brasileira: 85 - 71 - 0,83
- Barcelona: 84 - 53 - 0,63
- Fluminense: 77 - 48 - 0,62
- Miami (EUA): 29 - 22 - 0,75
- Valencia: 21 - 14 - 0,66
- Jogos festivos: 11 - 19 - 1,72
- Adelaide (AUS): 4 - 1 - 0,25
- Al-Saad (QAT): 3 - 0
- América-RJ: 1 - 0

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 01/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

domingo, 23 de outubro de 2011

PELÉ COMPLETA 71 ANOS DE IDADE!!!

Pelé completa 71 anos de idade

Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, completou 71 anos de idade neste domingo (23).

O futebol brasileiro está em festa. O maiorjogador de futebol de todos os tempos, o Rei Pelé, completa 71 anos de vida neste domingo
. Natural de Três Corações, em Minas Gerais, Pelé é dono de números expressivos e que dificilmente serão batidos, como os 1.247 gols marcados durante a sua carreira, além da incrível marca de 60 títulos conquistados.

Filho de Dona Celeste e Seu Dondinho – já falecido -, Edson Arantes do Nascimento chegou a Vila Belmiro aos 16 anos de idade, trazido por Waldemar de Brito, ex-jogador de São Paulo e Palmeiras.

No Peixe, o primeiro apelido do Rei foi Gasolina – na sua infância, em Bauru, Pelé era chamado de Dico.

No Alvinegro Praiano, depois de quase abandonar o clube após um pênalti perdido em um campeonato juvenil, a carreira de Pelé deslanchou em um time que já contava com craques como Zito e Pepe.

Sempre com a camisa 10 santista, Pelé assombrava as defesas adversárias no futebol paulista, ganhando destaque e sendo convocado para a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Peça importante na reta final da competição, o Rei ajudou o Brasil a ganhar o seu primeiro título mundial.

Na Seleção, Pelé ainda seria campeão mundial em 1962, no Chile, apesar de ter jogado pouco em virtude de uma contusão, e em 1970, no México, quando liderou aquela que foi uma das maiores equipes brasileiras de todos os tempos.

Porém, o Rei se imortalizou mesmo com a camisa do Santos e o número 10 nas costas. No Peixe, as conquistas de dez títulos paulistas, cinco da Taça Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa (ambos equivalentes ao Campeonato Brasileiro da época, segundo reconhecimento da CBF), além de duas Copas Libertadores da América e dois Mundiais Interclubes, em 1962 e 1963.

Depois de pendurar as chuteiras pela primeira vez em 1974, pelo Alvinegro Praiano, Pelé ainda voltaria a jogar até 1977, defendendo o New York Cosmos e ajudando a divulgação do futebol como esporte nos Estados Unidos.

Após pendurar as chuteiras, Pelé gravou participações no cinema, foi ministro dos Esportes (1995 até 1998), além de viajar o mundo divulgando o futebol.

No entanto, as polêmicas com o ídolo argentino, o ex-jogador Diego Maradona, sobre quem foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos, também fazem parte da biografia do Rei.

Vale lembrar ainda que o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, tentou convencer Pelé a integrar a delegação do Peixe que irá disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. O Rei jogaria poucos minutos de uma das duas partidas da equipe no Mundial, como ação de marketing, ideia que foi rejeitada pelo próprio Pelé.

Com tudo isso em sua trajetória, Pelé deve comemorar seu aniversário como sempre faz: longe dos holofotes, junto a seus familiares. Discreto, o Rei apenas tem como objetivo mais uma marca, conforme ele próprio já revelou: chegar aos 100 anos de idade e, quem sabe, participar de um jogo de futebol no Maracanã, palco do seu milésimo gol.
Pelé, na Copa de 1958, era apenas um garoto quando mostrou que tinha todo o potencial que hoje conhecemos. Nesse lance, ele foi parar dentro do gol do País de Gales, nas quartas de final, ao comemorar um gol com Mazzola e Zagallo. GOOOL! DE PELÉ NA COPA DE 1958.
CAMPEÃO MUNDIAL EM 1958 - Suécia.
BI CAMPEÃO MUNDIAL EM 1962 - Chile.TRI CAMPEÃO MUNDIAL EM 1970 - México.
Em 1970, episódio interessante e controverso: Pelé e Tostão se encontraram com o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, para pegar a chave do Fusca que eles ganharam como presente pela Copa de 70.
Em 1969, foi campeão paulista pelo Santos ao bater o São Paulo na final..
Pelé virou um tipo de embaixador do esporte brasileiro. Contribuiu (e está contribuindo, ainda) com os esforços do país para sediar a Copa-2014.

"MURICY DO NORDESTE" - ZÉ TEODORO: "Sou mais estilo do Telê Santana"!!!

"Muricy do Nordeste", Zé Teodoro diz: "Sou mais ou menos o estilo do Telê"
- Feliz com o acesso do Santa Cruz para a Série C em 2012, treinador comenta resgate da autoestima da equipe e almeja conquistas maiores

Com Zé Teodoro, Santa Cruz começa a sair das trevas do futebol nacional (Foto: Bruno Marinho)

Dez meses. Este foi o tempo que o técnico Zé Teodoro precisou para marcar o seu nome na história do Santa Cruz. Como principal maestro do Tricolor pernambucano, sua segunda casa desde dezembro do ano passado, ele recolocou o clube na rota das decisões, das classificações e das conquistas. Apesar de já ter conquistado o Estadual deste ano e o acesso à Série "C", o treinador quer mais. A próxima meta não é está muito longe. Em quatro jogos, Zé Teodoro pode fazer o Mais Querido levantar o seu primeiro troféu nacional: o da Série "D" do Campeonato Brasileiro de 2011.

- Nós não vamos nos contentar com pouca coisa, não. Vamos brigar pelo título da Série "D" e continuar buscando os resultados. Vamos chegar mais longe ainda e, daqui para a frente, será só alegria. O Santa Cruz vai brigar pelo título da Série D, pelo título do Pernambucano 2012, pelo acesso para a Série "B" e vai subir. Esta torcida merece um time de primeira divisão, por isso vamos melhorar cada vez mais – afirma Zé Teodoro.

O título da Quarta Divisão seria o sexto da carreira de Zé Teodoro como treinador. Além dos Pernambucanos deste ano e de 2004 (pelo Náutico), constam no currículo do técnico dois Campeonatos Cearenses (em 2006 pelo Ceará e em 2010 pelo Fortaleza) e uma taça da Copa Centro-Oeste (em 2009, pelo Gama). Como jogador, Zé Teodoro também tem várias conquistas para se orgulhar. Pelo São Paulo, o lateral-direito foi bicampeão brasileiro (em 1986 e em 1991). Vestindo a camisa do Goiás, conquistou o Estadual três vezes (1981, 1982 e 1985). Além disso, esteve presente no grupo da Seleção Brasileira que levantou o troféu da Copa América de 1989.

Em uma entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, Zé Teodoro relembrou fatos marcantes da sua carreira como jogador e treinador e explicou por que recusou 11 propostas para deixar o Santa Cruz neste ano.

GLOBOESPORTE.COM: Como mostrar a um time em crise o caminho das vitórias e conquistas novamente? Qual é o segredo de Zé Teodoro?

ZÉ TEODORO:
O segredo é transparência, seriedade, honestidade, trabalho e montar um grupo e valorizar o pessoal da casa, resgatando as condições desses meninos que queriam vencer. Recuperei também muitos jogadores que vinham de cirurgia, que estavam parados ou na reserva, mas eu os conhecia e sabia que eles podiam chegar para ajudar o clube. E lógico, exigir melhorias no clube. Tudo isso foi uma aposta, e acreditaram nesse projeto. Isso fez com que a gente abraçasse a causa. Encontramos muitas dificuldades para contratar porque ninguém queria vir para a Série "D". Ninguém quer sair da B para a D, quer sim é sair da D para a B. Então a gente trabalhou muito, foi um trabalho coletivo da diretoria e da comissão técnica e dos jogadores, que acreditaram na nossa proposta. Foi assim que as coisas começaram a dar resultado.

O que lhe chamou a atenção no projeto do Santa Cruz para aceitar o desafio de treinar uma equipe que, desde 2009, disputava a Série "D"?
- Primeiro foi o convite que eu tive do Sandro (Barbosa, atual assistente técnico do Santa Cruz). Vim por indicação dele, que brigou com Deus e o mundo, com o colegiado e as facções políticas do clube, para poder me trazer. E me trazer numa situação em que o clube não tinha dinheiro. Eu estava acostumado a trabalhar na Série B, onde recebia luvas e salário adiantado do último mês. Mas nós viemos para tirar o time lá de baixo, da lama, para ressurgir das cinzas, mesmo sem recursos, sem dinheiro, sem jogador, sem nada. Então, apostamos e, através dos resultados, as coisas foram se encaminhando e conseguimos o sucesso. Hoje melhorou o clube em todos os aspectos, funcionários e jogadores recebem em dia.

Zé Teodoro em ação no comando do Santa Cruz rumo à Segunda Divisão (Foto: Aldo Carneiro)

Quantas propostas você recebeu, durante esta temporada, para deixar o Santa Cruz? E por que decidiu recusá-las?
- Eu tive propostas para sair, mas já tinha aberto um compromisso, um vínculo com os jogadores, com o Sandro e a comissão. Na realidade, eu fiquei mais pelo torcedor. Eu não conseguia ver mais o torcedor como nas imagens que eu vi da desclassificação do time na Série D nos outros anos. O time estava com a autoestima baixa, sem respeito, por baixo. O Salgueiro estava com mais moral que o Santa Cruz. Então a gente resgatou esse respeito e isso que me fez enfrentar essa missão. Eu disse: eu vou lá para ser campeão, para subir o time. Tive onze propostas, da Série B, da Série C e do futebol goiano, mas queria mostrar para os torcedores que nós tínhamos condições de mudar essa história de traumas.

De todos os clubes que você já treinou, a torcida que mais o impressiona é a do Santa Cruz? Como você lida com o carinho dos torcedores corais que o chamam até de Zé "Teadoro"?
- A torcida pesou muito na minha permanência no clube. Eu não consigo me ver trabalhando no Duque de Caxias ou no São Caetano, que não têm torcida. Gosto de cobrança e de pressão, de domingo lotado. É uma coisa que é natural da minha característica, do meu jeito. Gostaria de trabalhar nesses clubes todos, mas eu prefiro trabalhar com cobrança, com pressão, com esse tipo de comportamento do que trabalhar com um clube que não tem torcida.

Torcida coral: determinante para a permanência de Zé Teodoro no Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro)

Como a conquista do Estadual contribuiu para o grupo do Santa Cruz acreditar no acesso e conquistá-lo?
- O trauma, a desilusão, a dificuldade, aquela situação do clube de ficar cinco anos só na descendência, diante disso a gente marcou história. Eu, o grupo, a comissão técnica, a diretoria, todo mundo. A gente usava o trampolim da Copa do Brasil e do Pernambucano para a Série "D". Sabíamos que corríamos por fora, tínhamos um time inferior em investimentos e sabíamos das nossas limitações, mas nunca deixamos de acreditar que podíamos surpreender. Nós surpreendemos a tudo e a todos, com a folha mais baixa que o Sport e Náutico, mas com jogadores comprometidos e baratos, que queriam o seu espaço. Para fazer o trabalho na Série "D" e nos próximos anos, teríamos que fazer uma base, por isso mesclamos jogadores da casa com os de fora. Foram jogadores bons, bonitos e baratos que nos trouxeram esse resultado e hoje o clube encontra uma repercussão no Brasil inteiro e no mundo.

Você conquistou o Estadual pelo Náutico em 2004 e pelo Santa Cruz neste ano, além de conquistar o acesso à Série "C" pelo Tricolor. Pode-se dizer, então, que Pernambuco tem uma importância especial na sua carreira?
- Sem dúvida, foi o começo de tudo. No Náutico, eu comecei do zero, montamos um time, fomos campeões, fomos para a Série "B" e nos classificamos com oito rodadas de antecedência. Depois fui para o Sport, mas peguei um grupo montado por outros treinadores e não deu certo. Mas eu tive uma boa passagem pelo Ceará, por três anos trabalhei em Fortaleza e fui campeão cearense. Então, o Nordeste realmente tem sido importante para mim. Tem gente que fala que eu estou me tornando o Rei do Nordeste e até me chamam de “Muricy do Nordeste”. É uma região que está me dando sorte e estou podendo realizar um bom trabalho.

A festa pelo título do Pernanbucano 2011 (Foto: Antônio Costa / Gazeta Press)

Para ficar marcado na história dos três grandes clubes de Pernambuco, falta ainda um título estadual pelo Sport...
- Quem sabe, né? Na vida, tudo pode acontecer. Mas hoje o que eu posso falar é que eu tenho uma passagem positiva pelo Náutico e pelo Santa Cruz. A do Sport, eu não posso falar, mas tudo é questão de oportunidade. Um dia, posso ter a chance de realizar um bom trabalho lá.

Além das três maiores equipes de Pernambuco, você já comandou times do futebol goiano, cearense, paulista, entre outros. As dificuldades são as mesmas ou mudam de uma região para outra?
- Mudam, sim. Você precisa conhecer o leque de jogadores de todos os mercados. Para você fazer um bom trabalho, você tem que conhecer o clube, qual é a estrutura, a equipe. Então tudo isso é uma dificuldade e o treinador precisa de tempo. Quando se tem tempo de escolher, de montar o grupo, tudo isso é mais viável para o treinador.

Você jogou no Goiás de 1981 a 1985 e conquistou três títulos estaduais. O que você recorda dessa sua passagem pelo futebol goiano?
- Fui formado no Goiás, onde fiquei de 72 a 84. Eu conquistei três Campeonatos Goianos como jogador e fiquei por lá até os 20 anos. É a casa onde fui formado. Fui criado lá dentro e lá cheguei à Seleção Brasileira juvenil, depois fui tricampeão na França pela seleção de novos e disputei o Campeonato Brasileiro pelo Goiás, o começo de tudo. Mas realmente como jogador fiquei mais conhecido foi no São Paulo, para onde fui em 85 e conquistei dois Brasileiros e três Campeonatos Paulistas.

Zé Teodoro nos tempos de São Paulo: lembranças de um time que marcou época (Foto: Ag. Estado)

Por falar no São Paulo, foi jogando com a camisa tricolor que você se tornou bicampeão brasileiro. O que você se lembra do grupo que conquistou esses títulos?
- Era chamado do time dos Menudos porque eram todos jovens. As contratações foram escolhidas a dedo, foi mantida a base dos jogadores mais experientes, mas foi mesclada com jogadores formados. E aí revelou jogadores como Silas, Müller, eu, Gilmar. Foi uma época de ouro, em que ganhávamos tudo. Depois chegaram o Falcão, Careca, Pita, Oscar e Darío Pereyra.

E a sensação de fazer parte da Seleção que conquistou a Copa América de 1989?
- Eu fui para a Copa América, mas não joguei. Estava machucado. Era para ser titular e, posteriormente, ir para a Copa do Mundo. Mas o Mazinho, que foi lançado, foi para a lateral, deu certo e eu perdi a oportunidade. Mas o grupo nosso era Romário, Careca, Bebeto, Dunga, então nós tivemos muita gente boa naquela época, o próprio Mazinho e o Taffarel. Montamos um grupo bom e todos eles, a maioria, disputou a Copa do Mundo de 1990.

Queria mostrar para os torcedores que nós tínhamos condições de mudar essa história de traumas"Zé TeodoroQuais os momentos mais marcantes, de felicidade e de tristeza, enquanto era jogador? E na sua carreira como técnico?
- Fico feliz de ter jogado num clube igual ao São Paulo. Foi onde eu conquistei tudo e ganhei tudo na minha carreira. Tudo hoje devo ao futebol e ao São Paulo, também ao Goiás, porém mais ao São Paulo. E ainda teve a Seleção Brasileira. Depois passei para a carreira de treinador, que é uma cachaça que está no sangue. Eu gosto de comandar, do trabalho de campo, de desafios, de missão impossível e de trabalhar por objetivo. Sou um treinador que, apesar de ter 48 anos, já tenho vários títulos e estou subindo gradativamente para chegar para ficar num clube grande. Ainda não consegui trabalhar num time de ponta, mas quero chegar lá preparado, este é meu pensamento.

Você teria feito algo diferente na sua carreira ou se arrepende de algo?
- Não me arrependo de nada. Sempre gosto de tentar novamente, de buscar, de ser audacioso. A tônica da minha vida, como jogador e treinador, é alcançar, buscar, é a conquista.

Esta pergunta agora é direto do Baú do Esporte. É conhecida uma história de que, durante um jogo entre São Paulo e Santos, no começo dos anos 90, você teve de usar da velocidade para não ser alcançado por Serginho Chulapa, do Peixe, que queria tirar satisfação pelas faltas duras que você cometeu em Sérgio Manoel durante a partida. O que você recorda dessa partida?
- Foi num jogo no Pacaembu, numa confusão que teve. O Serginho Chulapa tomou as dores de Sérgio Manoel e partiu para cima, pois queria me pegar de qualquer jogo. Então eu corri para dentro do vestiário. Na época, ele era um negrão daquela altura, com 1,90m, e já com histórico, imprevisível e tudo. Então eu corri, fui para o vestiário e ninguém me segurou, não. Foi uma coisa que, na época, marcou porque ele já tinha feito com o Leão, com o Mauro. Fora do campo, ele era uma mãe; mas, dentro do campo, ele se transformava.

Treinador ou jogador: qual carreira no futebol é mais complicada?
- A mais difícil é a de treinador. A de jogador é muito mais fácil. O treinador tem muita responsabilidade, tem que cuidar de vários setores, são 40 cabeças mais assessoria de imprensa, departamento médico, os dirigentes. É campo, é vestiário, é fisioterapia, é muita coisa e participo de tudo. Eu sou assim de olhar o campo e, se está estragado, eu quero mandar arrumar. Eu sou mais ou menos no estilo do Telê, ele era enjoado com tudo e eu gosto de estar atento a todos os detalhes.

Como é o Zé Teodoro no dia a dia, fora do futebol?
- Sou muito família, gosto de ficar dentro de casa e saio, às vezes, para ir para o cinema, para andar, caminhar. E, quando estou em Goiânia, gosto de curtir a minha fazenda, de andar a pé e a cavalo. Gosto da minha música sertaneja, da pelada com os amigos. Sou uma pessoa que se relaciona bem com todo mundo, gosto de estar entendendo todo mundo. Em todo lugar que eu vou, desde a cozinheira até o presidente, eu trato todo mundo bem. Minha vida é esta, é a maneira simples de ser deste goiano criado na Bahia.

Por Bruno Marinho
Recife

sábado, 15 de outubro de 2011

ETERNO ÍDOLO "GILDO" NA CALÇADA DA FAMA DO PV!!!

Eterno ídolo, Gildo, no Memofut


Hoje, às 9 hs da manhã, o depoimento de Gildo Fernandes de Oliveira ao Memofut, que preserva a memória do futebol.

Gildo, eterno ídolo do Ceará, será entrevistado no CPQT (Rua Padre Francisco Pinto, 114), perto do PV. No instante em que Gildo deixou a marca seus pés na calçada da fama no PV, ele foi fotografado ao lado da prefeita Luizianne Linz.


TOM BARROS
Diário do Nordeste