PERSONALIDADES DO ESPORTE

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PELÉ COMPLETA 73 ANOS!!!

Pelé completa 73 anos e comemora com “festa surpresa” no México
No México, onde está há alguns dias, Pelé acabou recepcionado com um bolo e uma pequena comemoração em sua homenagem Foto: Twitter
No México, onde está há alguns dias, Pelé acabou recepcionado com um bolo e uma pequena comemoração em sua homenagem
Foto: Twitter
Nesta quarta-feira, dia 23 de outubro, Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, completa 73 anos de idade. Para comemorar a data, o maior jogador da história do futebol foi pego de surpresa. No México, onde está há alguns dias, acabou recepcionado com um bolo e uma pequena comemoração em sua homenagem.

Adepto das redes sócias, ele tratou de compartilhar o momento com seus seguidores do Twitter e Facebook e postou a foto da "festa" que ganhou durante sua ida a um canal de TV local. "Foi grande surpresa para mim, não esperava passar o aniversário no México. Mas foi um prazer. Agora vou comemorar com a família. Agradeço a Deus pela saúde e por me dar mais um ano de vida!", escreveu.
Beatles foram proibidos de fazer show privado para Pelé
 
O Santos, clube pelo qual o Rei do Futebol brilhou, também se lembrou de Pelé nesta quarta-feira e prepara uma série de ações promocionais com seus sócios torcedores. A cidade natal do ex-jogador, Três Corações, também está em festa. As comemorações começaram na última sexta-feira e vão até o final desta semana, com a inauguração de um museu em homenagem à Dona Celeste, mãe do ex-atacante.
Pelé dispensa modelos para tirar foto com "tiazinha da cozinha"
 
Nascido na cidade do sul de Minas Gerais, Pelé se consolidou como maior jogador da história do futebol no Santos e na Seleção Brasileira. Pelo clube alvinegro, conquistou 10 títulos paulistas, seis Campeonatos Brasileiros, duas Copas Libertadores e dois Mundiais Interclubes. Já pela Seleção, venceu três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1970) e se tornou o maior artilheiro da história da equipe verde e amarela. Encerrou a sua carreira em 1977, no New York Cosmos, dos Estados Unidos, e, em 1366 partidas por quase 20 anos, anotou 1283 gols. Em 1981, foi eleito o maior atleta do século XX.
Terra
23 de Outubro de 2013 atualizado às 12h41

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ENTREVISTA COM SEBASTIÃO BELMINO: "EU MORRIA DE MEDO DE CÂMARE"!!!

Entrevista com Sebastião Belmino: "Eu morria de medo de câmera"


 A Entrevista desta semana é com um dos apresentadores mais carismáticos e queridos da mídia cearense. Sebastião Belmino é o típico cearense, principalmente no seu jeito de se comunicar.

Com quase 50 anos de carreira, foi goleiro e disse que era dos bons. Garante que morria de medo de câmera, teve em seu programa, na antiga TV Educativa, o ex-governador Ciro Gomes como comentarista, já torceu por Fortaleza, Ceará, Bangu e Ferroviário, e diz que já está perto de encerrar a carreira.

O bate-papo foi realizado na última sexta-feira (04/10), quando revelou em primeira mão que se filiou ao PEN e, se acordar de bom humor, deve sair candidato a deputado. Belmino revelou ainda que é católico, tem pressão alta, mas está controlada e afirma que tem muito político ator.
Você foi goleiro mesmo ou é só brincadeira sua na bancada do “A Grande Jogada”?
É verdade. E era bom. Comecei jogando futebol de salão no infanto-juvenil. Joguei na equipe de um pernambucano que veio embora para cá, Seu Edson, dono de uma loja chamada Nações Unidas. Ele criou uma quadra na casa dele e um time chamado RAC, Recinto Atlético Clube, foi onde passei minha primeira juventude. Lá tinha um slogan “Mais Esporte Menos Vício”. Foi graças a ele e a esse projeto que eu nunca entrei em negócio de droga ou me envolvi com droga. Ele nos mantinha praticamente a semana toda ocupados treinando e jogando. Mas o seu Edson teve de voltar pra Recife e o time infelizmente acabou. De lá, fui para o CEM, Centro Esportivo Moradanovense, ainda joguei na AABB. Quando estava passando para adulto, eu comecei a trabalhar na TV Ceará Canal 2. Aí fiquei com medo. Quando fui convocado para defender a Seleção Cearense, por volta de 65,66, fui disputar o Campeonato Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP). Mas na volta, meu emprego na TV tava meio perigando. Aí tive de desistir do Futebol de Salão, porque eu trabalhava à noite, e os jogos e os treinos eram no mesmo horário. Aí tive de abdicar. Então, fiquei só jogando nos finais de semana em times de futebol de subúrbio. O famoso suburbão. O legal é que hoje eu vejo o pessoal indo pros jogos de ônibus e tudo. No meu tempo, era em cima de um caminhão com uma corda no meio pra gente ficar se segurando. Mas joguei ainda um bocado. Ainda fui reserva no time do América, acho que em 66. Mas com o trabalho na TV também não deu para conciliar.
 
Seu estilo consegue agradar os mais jovens e também os mais velhos. Quando você adotou esse estilo? Você se inspirou em alguém?
Quando fui diretor da TV Educativa, que hoje é a TVC, eu quis fazer uma equipe de esportes. E o superintendente na época era o Teobaldo Landim e disse que eu poderia contratar quem eu quisesse. E naquele tempo, década de 1970, o pau que troava aqui, era Celso Martinelli e Paulino Rocha. Eu levei o Martinelli para ser comentarista na TV. Com ele, eu levei também o Ney Botto Guimarães, ambos da Rádio Dragão do Mar, e criei um Programa de TV, “Na Boca do Túnel”. Os dois apresentavam. Só que o Celso era meio doidão e deixou a emissora, e o Ney ficou. Por um motivo que até hoje eu não sei. Depois, o Ney saiu e me deixou uma carta, que até hoje eu tenho guardada, dizendo que ia embora e fez um pedido. Que eu não deixasse outra pessoa fazer o programa. Que eu apresentasse o programa no meu estilo. Como eu era no dia a dia. Com meu jeito brincalhão. Só que eu morria de medo de câmera. Eu me escondia quando via uma câmera perto de mim. O Ney foi embora de domingo para segunda. E na segunda a carta tava lá na TV. E alguém tinha que fazer a apresentação do programa. Não tinha ninguém. Fui falar com o meu diretor e saudoso amigo um dos grandes professores que eu tive, Guilherme Dantas. Expliquei a ele. Mas ele disse pra eu ir apresentar e me deu uma dica. “Antes de começar o programa vai ao bar aqui perto e toma duas doses de cachaça”. O Programa era dez da noite. Aí eu pensei, se eu tomar essa cachaça, eu só vou conseguir apresentar se for desse jeito. Então, eu decidi ir no seco mesmo. E fui apresentar a mesa. Do qual participavam o Alan Neto, o Wilton Bezerra, Ximenes Filho e o Paulo Karam. Só que aquele meu jeito de brincar com os câmeras, era uma auto defesa, era um medo. Só que a coisa foi pegando, foi dando certo e até hoje tem gente que gosta desse meu jeito, dessas minhas doidices.
 
Deve ter sido difícil no começo mostrar esse jeito?
Eu recebi muitas críticas. Porque aquilo que eu fazia não existia para os padrões da época. Televisão era coisa séria, ainda mais para um apresentador. Eu sempre gostei de desmistificar a televisão. Eu quando trabalhei como “cameraman” e assistente de estúdio em novelas, eu achava que as pessoas queriam ver o outro lado. Ver os bastidores. Quando eu subi para a mesa de corte do canal 2, um dia no programa chamado TV Juventude, eu botei no ar e mostrei a iluminação, mostrei as câmeras, os microfones... O Doutor Rômulo Siqueira, que era diretor comercial da TV Ceará, na mesma hora disse que eu não fizesse mais isso. Não deixasse mais eu cortar programa ao vivo, porque aquilo não existia em televisão. Eu fiquei na minha. 20 dias depois, chega a fita com o Programa do Chacrinha, que mostrava tudo. Aí, o Doutor Rômulo me chamou para a sala dele, junto com o Dr. Manelito Eduardo, diretor da emissora, me pediu desculpa. Ele disse que infelizmente não tinha alcançado o futuro da televisão e a partir daí eu comecei a desmistificar a TV e tô até hoje.
 
Hoje você está na Rádio Clube. Qual foi o motivo da sua saída da Rádio Verdes Mares?
Na realidade, eu fiz o inverso da turma que está por aí na TV, né? Eu sai da TV e só depois que fui para o rádio. Eu fiz o contrário. O problema da Verdinha foi exclusivamente porque o programa era feito aos domingos. E eu tinha um horário entre 12 e duas da tarde. A programação era do Gomes Farias. E houve uma mudança a pedido do Farias para que ficasse de 11 a uma da tarde. Eu adorava fazer o programa. Mas aí tinha um problema. Eu perdia meu final de semana. Eu não podia viajar, eu não podia ir para uma beira duma praia passar o domingo, eu não podia sair pra canto nenhum, porque eu tinha de preparar o programa, fazer a produção, saber o que ia acontecer, as músicas, essas coisas. O Farias ficou de me arrumar um horário. Não me ligou, eu também não fui atrás. E eu fiquei sem prefixo. Fui convidado por outras emissoras, mas eram tudo para o final de semana, e eu não queria. Aí, quando foi agora, o Henrique Gondim, diretor comercial da Ceará Rádio Clube, me convidou para fazer um programa num horário compatível durante a semana. E tá mais ou menos dando certo. É claro que a gente não tá jogando no Flamengo, mas de vez em quando o Olaria pode ganhar, né?
 
Você já era bastante conhecido pelas passagens na TVC e na extinta Manchete, mas creio que com a TV Diário houve um crescimento da fama ainda maior...
É verdade. O pulo foi grande. Mas eu já vinha de um pinote bom, quando saí da TV Educativa e fui para a TV Manchete, graças ao Guto Benevides que me levou para lá. Eu passei sete anos na Manchete e a popularidade foi muito grande, mas a TV era pequena e não tinha todo esse potencial técnico e de reportagem que a TV Diário tem. Quando cheguei na TV Diário, o mundo se ampliou. A TV Diário é cearense e dá oportunidade às pessoas cearenses. Graças a Deus, eu tive a chance de fazer um programa totalmente da terra e com linguajar cearense. Então, pra mim a TV Diário foi e é sem dúvida alguma o meu maior pico profissional.
 
Aliás, a saída da TV Diário da antena parabólica foi um baque muito pesado para a emissora. Como foi que você analisou todo aquele episódio?
Foi um baque muito grande, sim. Até porque a TV Diário foi uma coqueluche muito grande não só no interior do Ceará, mas em todo o Brasil. Principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde há muito nordestino e cearense. Eu cansei de viajar de carro pelo interior e via casas que não tinham nem como se segurar, mas no terreno havia uma parabólica. Lugares assim bem distantes mesmo. Eu passava e alguém gritava: olha o Belmino da televisão. Tem uma história engraçada. Eu vinha de Juazeiro com minha mulher de carro. Depois de Iguatu, ela pediu para eu parar o carro porque tava com muita sede, mas não havia nada, foi quando depois avistamos uma casinha bem humilde escrito: vende-se água. Eu desci, tinha um garotinho, eu perguntei se tinha, ele me atendeu, ficou olhando pra mim e perguntou: “Você é aquele cara que eu tô pensando?” Eu disse: “acho que sou”. Ele gritou: “Mãe, venha ver aquele homem gordo e doido que a senhora gosta”. Aí, apareceu uma senhora bem humilde, já de idade, bonita, e ficou pegando em mim. Eu tirei um escapulário que eu usava e dei para ela. Mas ela queria porque queria que eu esperasse ela matar uma galinha pra eu comer na casa dela. O que eu pude fazer para ela, foi esperar o menino ir de moto chamar os familiares, vizinhos, pessoal que morava lá perto para eles verem que era eu que tinha ido na casa dela. Segundo ela, porque se eu tirasse uma foto, todo mundo ia achar que era montagem ou mentira dela. Então, a parabólica provocou tudo isso. Fiquei muito triste. A negrada gostava desse meu jeito, das minhas brincadeiras, de ser matuto como eles. E com sinceridade, até hoje eu não sei o motivo do sinal da TV Diário ter saído das parabólicas.
 
 
Como é o seu dia a dia profissional. Você chega que horas para trabalhar e sai que horas?
Eu chego na TV Diário por volta das oito e trinta, nove horas da manhã. Eu não faço mais a produção do programa. Graças a Deus. Eu não tenho mais idade para isso. Você sabe que dá muito trabalho. A produção é toda do Haroldo (Pedreira) e do George (Facundo), com a supervisão do Roberto Moreira. Fazer produção é muita preocupação, às vezes, você nem dorme. Eu só apresento. Então, eu fico lá até meio-dia. Pego o carro na carreira e vou para a Ceará Rádio Clube. Gravo antes a abertura, que são cerca de 5 minutos e faço meu programa até uma hora da tarde. Mas eu gosto dessa correria, porque fazer o que você gosta não tem coisa melhor na sua vida profissional.
 
Há um debate de que o jornalismo esportivo está caindo mais para o entretenimento. Com matérias pitorescas e humorísticas. Qual a sua opinião sobre esse assunto?
Eu acho bom. Porque só tem desgraça na televisão. Acho legal esse novo estilo. Apesar de que hoje é o pior momento da televisão brasileira. Desde quando comecei até agora, a TV brasileira passa por uma situação lamentável, caiu. Caiu muito. O padrão da TV Globo, que tá até repetindo novela, está diminuindo. Acho que tá faltando criatividade para fazer coisas melhores. Então, eu acho legal esse lado do humor, porque é desgraça demais. As maiores audiências hoje são sobre desgraça, são os programas policiais. Até o Jornal Nacional é só desgraça. Mas é uma realidade brasileira. Então, um pouco de humor nesse jornalismo faz bem.
 
Vamos mudar um pouco de assunto.  Como você avalia o Governo Cid Gomes?
Eu gosto do Cid Gomes. Primeiro como figura humana. Eu acho ele uma criatura muito boa. Eu o encontrei pela primeira vez, quando ele era prefeito de Sobral, numa festa em Flecheiras. Eu conhecia bem o irmão dele, o Ciro, que inclusive foi comentarista no meu programa Boca do Túnel. Eu perguntei ao Cid o que ele iria fazer depois que terminasse o mandato de Prefeito. Ele me disse que ia estudar e depois iria ser governador. E foi. Olha, se não fosse tanta polêmica em cima desse rapaz... Eu acho o governo dele muito bom. Eu gosto dele. É uma pessoa simples, dirige o próprio carro, chega num restaurante, desce e vem falar com as pessoas. Eu acho o governo dele bem feito. As pessoas podem pensar que quando a gente elogia um governo, a gente tem alguma coisa envolvida, mas eu não tenho nada. Eu não preciso de governador Cid, mas eu sou a favor do Governo dele. De um a dez, eu daria um oito.
 
E o da Presidenta Dilma?
Aí é que a porca torce o rabo. Eu não acredito muito que a Dilma governe este nosso País sem o Lula. O Lula não entregaria esse governo a alguém se ele não pudesse mandar. De todos os companheiros que ele tinha no PT, ele ter escolhido ela, tinha alguma coisa. Porque falando assim bem popular, eu não acho que a Dilma vá no banheiro e não pergunte ao Lula. Ninguém entregaria uma coisa muito boa, no caso a presidência da república, um presente, a qualquer pessoa. Mas ela tem boas propostas nesse plano popular do PT. Nada contra ela. Pelo contrário. Eu respeito minha presidenta. Agora, não acredito que ela governe sem o pitaco do Lula. Opinião minha. Claro que muitos podem discordar.
 
Daqui a dez anos como você se enxerga?
Se eu tiver vivo, eu quero já ter parado. Tem muita gente nova surgindo. Pessoas boas. Um exemplo disso é o Kaio Cezar, que agora foi para a TV Verdes Mares. Um ótimo narrador, ótimo profissional, grande figura. Eu até brinco com os meninos no programa que lá só tem dinossauro, eu, o Tom Barros e o Wilton Bezerra. Mas daqui a dez anos, se vivo for, eu quero estar numa boa, quieto numa beira de praia, brincando com meus netos. Batendo papo. Vou sentir saudade. Mas já tá na hora de dar a vaga a esse povo jovem.
 
Você usa as redes sociais (Facebook), é raro hoje em dia alguém da sua idade nesse mundo. Ajuda no seu trabalho e contato com os fãs? Como você analisa essas novas mídias?
Eu vou ser sincero. Eu não sei mexer em quase nada ali. Eu só uso por causa dos meus filhos. Eu não mexo bulhufas daquilo ali. Mas eu gosto de ler e dar um pitaco. É o futuro. Essas redes sociais é o futuro da mídia. Mas eu sou um metido no Facebook. Eu não sei colocar uma foto. É como se eu fosse uma caravela e passasse um Boeing. Mas acho paidegua. Eu me divirto.
 
Longe das câmeras, como é o Sebastião Belmino?
Eu acho que sou do mesmo jeito. Quer dizer, algumas pessoas perguntam a gente mais próxima se eu sou daquele jeito mesmo da televisão e respondem que eu sou pior, mais fuleiro. Eu sou do jeito que sou. Eu sou um péssimo ator. Não tem jeito. Eu sou desse jeito mesmo.
 
Você acredita em Deus? Tem alguma religião?
Eu sou católico. Acredito muito em Deus. Se um dia você for em minha casa, você vai ver que tem um santuário lá. Algumas pessoas chegam a dizer, “mas Belmino isso não é o culto da imagem”. Não. Não é. A imagem é uma representação do que você acredita ser. Então, eu passo em frente a uma igreja e faço o sinal da cruz. O pessoal pergunta o motivo. Eu sempre respondo que quando um militar passa em frente a uma bandeira do país ele num bate continência, eu também faço a minha. Acredito muito em Jesus Cristo. Não só como homem na terra, mas como ser supremo. Agora, eu tenho contrato com a Nossa Senhora de Fátima. Uma das minhas protetoras. Dia 13, eu não vou à missa. Eu digo pra ela que é porque tem muita gente, mas dia 12 ou 14 eu vou à igreja sozinho, assisto à missa, faço minhas orações e depois meto o pé na carreira.
 
Você já foi convidado para ser filiado a algum partido ou ser candidato a algum cargo público?
Já. Inclusive hoje eu me filiei a um partido (a entrevista foi feita dia 04/10, penúltimo dia para mudanças de partido àqueles que quiseram se candidatar nas eleições do próximo ano). Me filiei ao PEN (Partido Ecológico Nacional) do Samuel Braga. Eu era filiado ao Partido do (Deputado) Ely Aguiar (PSDC). Na eleição passada, eu me “empiriquitei” me embanderei todo para ser candidato a vereador. Mandei fazer faixa para levar lá para inaugurar o comitê central da campanha. Era um domingo. Só que eu acordei de ressaca. E decidi. Não vou. Não quero mais. Vai ser um enchimento de saco. Eu não tenho paciência para isso mais não. Mandei queimar as faixas. Alguns amigos ficaram até com raiva, porque consegui dinheiro para comprar uma Kombi com sistema de som para ficar passando pelas ruas. Mas agora, o Samuel me convidou e eu me filiei para ser candidato a deputado federal ou estadual. Só não sei se até lá vou até o fim. Porque para isso eu sou muito preguiçoso.
 
Como está a saúde? Você está se cuidando?
Está tudo sobre controle. Eu tenho pressão alta. Ultimamente estou com a glicose alta, mas eu tô tomando remédio e tá controlado. Eu sou um cara que passa a semana toda em casa. Não saio. Só fumo dia de sexta-feira. Que é o dia que tomo meu whiskyzinho, minha caninha. Mas eu faço caminhada de manhã e de tarde e tá tudo bem, graças a Deus. Deus tem sido muito bom comigo.
 
 
Você torce mesmo ferroviário ou é pra não dizer que torce Ceará ou Fortaleza?
Essa pergunta... Só vindo de você, Kempes. Na realidade, eu nunca fui torcedor mesmo. Vou lhe explicar. Primeiro jogo que fui na minha vida foi do Fortaleza contra o Nacional de Manaus. Inclusive, eu tenho a súmula dessa partida lá em casa. O Alfredo Sampaio me deu de presente uma cópia. Foi 9 a 2 para o Fortaleza. Eu fui pra esse jogo com meu pai, que era Fortaleza. Mas sem ir a Estádio, porque meu pai era juiz de direito e vivia nos interiores, só depois que veio para a Capital. Fiquei por um tempo gostando do Fortaleza. Só que, veja como é besteira de criança, uma vez o Bangu veio jogar aqui e eu achei lindo os meões do Bangu e aquilo me encantou por um bom período. Pra você ver. Aí, passou o tempo, e eu me apaixonei pelo Ceará Sporting Club. Ah, o Ceará do meu goleiro Aluisio Linhares. Só que quando chegou o América de 1966 com aquele timão. Eu mudei para o América. Era torcedor do América. Mas sem grande entusiasmo. Voltou o Maguary. Fui torcer para o Maguary. De verdade, eu sempre gostei do futebol cearense. Ninguém gosta mais de ser cearense como eu. Eu dou valor, ó. E o Ferroviário veio eu já praticamente com barba na cara. Conheci uma corriola espetacular que dirigia o clube. Ruy Ceará, Caetano Paiva, o Jumbo e vários outros. Aí, comecei acompanhar e torcer pelo Ferroviário. Hoje eu torço, mas não sou entusiasmado. Com sinceridade, gosto do futebol cearense, que merecia estar num lugar melhor. Adoro o futebol daqui, acho paidegua.
 
Você fica no ar até quando?
Eu não quero dia marcado. Eu quero chegar um dia, acordar e dizer: é hoje. Mas eu não tenho planos. Mas de uma coisa é certa. Tá chegando a hora. Tem de dar a vaga pros mais jovens. O Gomes Farias é que diz né? Quando tá narrando: O tempo passou! Pois é, acho que tá na hora de ir cuidar das galinhas pé duro.
 
Mas continua no Rádio?
Eu gosto do Rádio. Adoro aquele imediatismo do Rádio. Você tá apresentando um programa e recebe um telefonema, a pessoa fala com você, diz o que tá acontecendo. Se eu parar na TV, eu acho que continuo no Rádio. Acho muito paidegua.
Pra fechar: um “bate-pronto’ pra você dizer suas preferências:
 
Carro? Maverick
Jogador de futebol? Zé Eduardo, mas meu ídolo foi o goleiro Aloísio Linhares.
Político? Juscelino Kubitschek
Ator? São tantos bons atores no Brasil. Inclusive tem muito político ator. Mas eu fico com Chico Anysio.
Atriz? Todo mundo diz Fernanda Montenegro. Mas aqui no Ceará tem tantas: Dora Barros, Carla Peixoto... Mas ator e atriz maior é o povo brasileiro que tem que viver com esse salário.
Bebida? Cachaça ou Wisky
Comida? Galinha cabidela ou carne de bode
Filme? É antigo. Filme lindíssimo. “O Hino de uma Consciência”. Nunca encontrei em fita de vídeo. E no lado do cowboy eu fico com o “Duelo de Titãs” com Kirk Douglas e Antony Quinn.
Livro? O Advogado do Diabo e Róbson Crusoé
Novela? Roque Santeiro.
Apresentador (a) de TV? A dupla Cid Moreira e Sérgio Chapelin pra mim é inigualável.
Repórter? Francisco José e Nelson Faheina

Lugar inesquecível? Fernando de Noronha
Lugar pra conhecer? O céu
segunda-feira, 7 de outubro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ENTREVISTA COM "JÚLIO SALLES" (Rádio Assunçao AM 620)!!!

Entrevista com Júlio Salles

Julio na cabine do Estádio Presidente Vargas
(Foto: Toni Mota)
A entrevista desta semana é com um dos ícones da imprensa esportiva do Norte-Nordeste. Júlio Salles, narrador da Rádio Assunção AM 620. Com 72 anos, “O de todos os esportes”, como é chamado, começou no rádio aos 13 anos de idade por curiosidade. Diz que vai narrar até quando Deus quiser e garante que ainda faz amor com a esposa. Júlio é pai de oito filhos, 15 netos e cinco bisnetos. Deixou seu querido Pará em 1962 para se tornar um dos mais conceituados narradores da história do rádio cearense.

Recentemente você foi convidado para trabalhar na Rádio Verdes Mares. Por que não aceitou?
Foi um convite do Roberto Moreira (Diretor de jornalismo da Rádio). Eu fui lá e nós conversamos. Mas eu estou muito bem na Rádio Assunção. Onde eu sou cabeça da cobra. Talvez, em outro lugar, eu seria o meio ou o rabo da cobra.

Você tem uma amizade muito forte com o dono da Rádio Assunção, o ex-deputado e hoje prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola. Como surgiu essa amizade?
Desde que ele era menino. E olhe que ele já tá com a cabeça branquinha igual a minha. É uma amizade de mais de 35 anos. É uma amizade sólida. Pra eu deixar o Moésio, não seria por dinheiro. Só se fosse para o meu funeral.

Você vai narrar até quando?
Até quando Deus quiser. Até quando ele me der forças pra eu trabalhar, condições de eu enxergar, capacidade de eu discernir e saber separar a minha vontade que o Fortaleza sempre vença, do meu trabalho, eu continuarei trabalhando.

Como foi que começou essa paixão pelo rádio?
Por acaso. Estava passando de ônibus em Belém e parei em frente à Rádio Marajoara. Eu nem ouvia a Rádio Marajoara. Eu só ouvia a Rádio Clube do Pará. Aí, desci, naquela curiosidade de jovem, entrei e vi o Ronaldo Passarinho, que era meu vizinho e sobrinho do ex-governador e senador do Pará e ex-ministro do Governo Federal, o Coronel Jarbas Passarinho, participando. Eu nem sabia que o nome daquilo era microfone. Aí, eu pedi a ele uma carona, naquele tempo não era carona, eu pedi pra ele me levar até em casa. Ele disse tudo bem. No caminho, eu criei coragem e pedi a ele: “Ronaldo deixa eu falar naquele negócio”, o negócio era o microfone. No outro domingo, ele me levou, eu participei e de lá pra cá já são quase 60 anos de rádio.

Por que a identificação com o Fortaleza?
Porque eu nasci tricolor. A bandeira do meu Estado é vermelha com uma faixa branca e uma estrela azul. A bandeira do Pará. Eu já nasci mais tricolor, do que muitos tricolores cearenses.

O rádio abre as portas para muita coisa na vida. Uma delas é a política. Você já se candidatou alguma vez? 
Eu fui uma vez chamado pelo governador Gonzaga Mota pra ajudar o PTB. Só para botar meu nome como candidato. Mas eu não pude trabalhar. A rádio Uirapuru não autorizou. Eu apenas registrei minha candidatura. Depois tentei cancelar pra continuar trabalhando. Mas não consegui. Mas não fui atrás de voto. E mesmo assim tive 222 votos, sem pedir nenhum.

Como você analisa o governo Cid Gomes?
Maravilhoso. Ele pode até ser ruim com os funcionários públicos, como todos os governadores foram, porque sempre nos pagaram muito mal. No funcionalismo público do Estado do Ceará, do qual eu sou um aposentado, nós sempre ganhamos muito mal. Nem Tasso, nem Ciro, nem Cid, nem Gonzaga Mota, nem Virgílio Távora, nunca ninguém se preocupou em pagar melhor o funcionalismo público. Tirando isso, eu acho um espetáculo o governador Cid Gomes.

E o governo da Presidenta Dilma?
Olha... Pela condição de mulher, pelas pressões naturalmente que ela viria a sofrer por ser mulher, ela está fazendo um belo governo.

Com tanto tempo de carreira, quais as mudanças que mais impactaram no rádio esportivo?
Nós, tecnicamente, tivemos um avanço, uma subida fantástica, maravilhosa. Porém, em termos de material humano houve um decréscimo enorme.

Hoje tem o tubão e até o ouvidão, né?
O ouvidão é um crime, é uma palhaçada. O tubão é apenas uma acomodação das emissoras que ficam sem ter muita rentabilidade e fogem para esse tipo. Eu particularmente não gosto. Eu gosto é do estádio, junto com o torcedor. Sofrendo com o torcedor. Vendo aquilo que o torcedor vê. E não pela televisão que você só vê um pedacinho do campo.

Como você analisa o mercado de rádio esportivo hoje em Fortaleza?
A porta é ampla. O mercado é maravilhoso. Mas o problema é na hora de conquistar patrocinadores. Enquanto uma emissora oferece anúncios a 15 mil reais, outra aparece e oferece a 300 reais. Aí, fica muito difícil.

Diferentemente de outros centros como Rio de Janeiro, São Paulo e até Recife, o rádio esportivo na FM ainda não conseguiu emplacar aqui em Fortaleza. Por qual razão?
Porque aqui a cultura do nosso povo é diferente. Aqui, FM é só pra ouvir música. Era. Porque agora aqueles bichinhos que você bota no som do carro, ninguém quer mais ouvir FM. Você já leva toda sua discoteca ambulante.

Vamos falar um pouco de futebol. Ceará, Fortaleza e Icasa. Você acredita no acesso deles três?
Olha... Ceará, não. Icasa, não. Fortaleza, talvez.

E a Seleção Brasileira. Você acredita que dá pra ganhar a Copa?
Com Felipão, sim. Sem o Felipão, não.

Aliás, a Copa do Mundo aqui no Brasil vai trazer algum benefício...
Já está trazendo. Fortaleza está passando por uma metamorfose com várias avenidas sendo abertas, viadutos que a gente nem pensava, passagens subterrâneas que a gente nem imaginava, vários benefícios. Nós estamos sendo sacrificados, mas daqui a dois anos vamos dar graças a Deus pela Copa.

Você acha que a Voz do Brasil deveria acabar?
Não. A Voz do Brasil é noticiário oficial. Não devia era ter aquela obrigatoriedade de você perder uma hora, às 7 horas da noite, horário nobre. Poderia haver flexibilidade da emissora que tivesse interesse em bem informar os seus ouvintes. Porque ali, sai os documentos oficiais do governo. É algo importante. Só que essa obrigatoriedade eu não concordo. Como o horário eleitoral gratuito. Gratuito uma ova, porque alguém ganha com isso.

Qual sua opinião sobre maioridade penal. Deve ser reduzida?
Devia ser reduzida para 10 anos de idade.

Você concorda com o voto obrigatório?
Nada obrigado é bom. Mas o brasileiro é irresponsável. Se ele não tem obrigatoriedade de votar, meu amigo, as eleições iam ser apenas dois ou três por cento de votantes. O brasileiro é muito irresponsável. Só passa a ser responsável, quando mexe no bolso.

Quais seus seu momentos de alegria?
Quando o Fortaleza ganha. Quando tem dinheiro no bolso. Quando eu tô com minha saúde em plena forma. Quanto eu estou em plena paz com minha consciência e de bem com a vida.

O que você faz para manter a voz em perfeito estado?
Nada. Eu tomo água gelada, eu tomo guaraná gelado. Tudo que não é pra fazer (para cuidar bem da voz) eu faço. Deus me protege. Tudo que eu faço de errado pra minha garganta, Deus passa a mão e limpa.

Você é chamado de “o de todos os esportes”. Quais outros esportes você narrou?
Excetuando Rugby e o futebol americano, eu já narrei tudo. Natação, vôlei, basquete, futsal... Aliás, se você não sabe, eu sou tricampeão cearense como treinador de futebol de salão, campeão do norte-nordeste e vice-campeão da Copa Paulo Sarasate pelo glorioso Sumov Atlético Clube.

Como é chegar aos 72 anos, trabalhando todos os dias e com uma legião de fãs?
É coisa de Deus. Você pensa que eu me cuido? Eu vou caminhar na Beira-Mar, mais pela saúde da minha mulher, do que pela minha. Eu por mim ficava em casa dormindo. Eu acordo, depois tomo banho e tô bonzinho. Não bebo, não fumo. Mas ainda faço amor. E a mulher não se queixa, parece que ainda faço bem.

Pra fechar: um “bate-pronto’ pra você dizer suas preferências:

Carro?  O meu, Gol.
Jogador de futebol? O que sabe jogar.
Político?  Vários. Tasso Jereissati. O Ciro do passado. O Cid do presente.
Ator?  São tantos bons que seu eu disser um estarei sendo injusto. Sou fã de todos os atores e atrizes brasileiros. Acho os fantásticos.
Bebida?  Água
Comida?  Como todo bom brasileiro, aquela feijoadinha.
Filme?  Eu não vou muito ao cinema. Mas “E o Vento Levou” eu me lembro bem.
Livro?   Eu li todos os de Jorge Amado e todos os de Aluisio de Azevedo.
Novela? Roque santeiro
Narrador Esportivo? São vários. Mas fico com Edyr Proença (já falecido) da Rádio Clube do Pará
Apresentador (a) de TV?  Fernando Vannucci
Repórter Esportivo?  Todos com quem trabalho aqui na Rádio Assunção.
Lugar inesquecível?  Não posso dizer. Guardo só comigo essa lembrança.
Lugar pra conhecer?  O Japão
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

BIOGRAFIA DO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO CEARENSE DE FUTEBOL, DR. MAURO CARMÉLIO!!!

Mauro Carmélio - Presidente da FCF 
Mauro Carmélio - Presidente da FCF

Biografia: Nasceu em Fortaleza, no dia 18 de fevereiro, filho do médico Mauro Costa e Teresa Natércia, primeiro de quatro filhos (Marcos Augusto, Mário Henrique e Marcio César). Desde a infância conviveu com o futebol, desde brincadeiras com os irmãos, com amigos de infância e com atletas e dirigentes, influencia do pai e do tio Fares Lopes, dirigentes do Fortaleza Esporte Clube. Foi gandula de futebol e jogou nas categorias de base do São Gerardo, clube ainda filiado a FCF. Fez o 1º grau no Colégio Marista Cearense em Fortaleza e o 2º grau no Colégio Andreas Versalius em Teresina-PI, onde seu pai foi transferido. Serviu o Exercito Brasileiro, onde recebeu o diploma honra ao mérito por seu serviço relevante a pátria. Cursou Direito na UNIFOR e montou seu Escritório de Advocacia Mauro Carmélio Advogados Associados SC em 1987, onde até hoje presta serviços, atuando predominantemente nas áreas bancárias e securitárias. Casou-se em 1991 com Alessandra Costa e tem três filhos (Mauro Neto, Joao Victor e Alice Costa). Entrou na FCF como procurador do TJD em 1989, foi Auditor e Presidente da 1ª Comissão Disciplinar. Em 1994 assumiu o cargo de Diretor Jurídico da FCF. Em 2005 foi eleito Vice-presidente da FCF, em 2009 Presidente e reeleito em 2013 com unanimidade de votos. Notabilizou sua gestão pela modernização da FCF. Criou diversos campeonatos, recebendo dois não-profissionais e atualmente realizando 5. Foi o idealizador da Copa Fares Lopes, torneio que implantou e cresce a cada ano. Movimentando os clubes durante todo ano. Melhorou a receita dos clubes e profissionalizou o futebol cearense. Elevou o número de representantes cearenses no cenário nacional. Em sua gestão possui o Guarany de Sobral foi campeão brasileiro serie D e o Icasa conquistou o Vice campeonato da Serie C.Biografia: Nasceu em Fortaleza, no dia 18 de fevereiro, filho do médico Mauro Costa e Teresa Natércia, primeiro de quatro filhos (Marcos Augusto, Mário Henrique e Marcio César).
 
Desde a infância conviveu com o futebol, desde brincadeiras com os irmãos, com amigos de infância e com atletas e dirigentes, influencia do pai e do tio Fares Lopes, dirigentes do Fortaleza Esporte Clube.
 
Foi gandula de futebol e jogou nas categorias de base do São Gerardo, clube ainda filiado a FCF. Fez o 1º grau no Colégio Marista Cearense em Fortaleza e o 2º grau no Colégio Andreas Versalius em Teresina-PI, onde seu pai foi transferido. Serviu o Exercito Brasileiro, onde recebeu o diploma honra ao mérito por seu serviço relevante a pátria.
 
Cursou Direito na UNIFOR e montou seu Escritório de Advocacia Mauro Carmélio Advogados Associados SC em 1987, onde até hoje presta serviços, atuando predominantemente nas áreas bancárias e securitárias.
 
Casou-se em 1991 com Alessandra Costa e tem três filhos (Mauro Neto, Joao Victor e Alice Costa). Entrou na FCF como procurador do TJD em 1989, foi Auditor e Presidente da 1ª Comissão Disciplinar.
 
Em 1994 assumiu o cargo de Diretor Jurídico da FCF. Em 2005 foi eleito Vice-presidente da FCF, em 2009 Presidente e reeleito em 2013 com unanimidade de votos. Notabilizou sua gestão pela modernização da FCF. Criou diversos campeonatos, recebendo dois não profissionais e atualmente realizando 5. Foi o idealizador da Copa Fares Lopes, torneio que implantou e cresce a cada ano. Movimentando os clubes durante todo ano. Melhorou a receita dos clubes e profissionalizou o futebol cearense. Elevou o número de representantes cearenses no cenário nacional. Em sua gestão possui o Guarany de Sobral foi campeão brasileiro serie D e o Icasa conquistou o Vice campeonato da Serie C.
 
FCF
19/09/2013
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

GYLMAR DOS SANTOS NEVES É ENTERRADO SOB SALVA DE PALMAS!!!

Gylmar dos Santos Neves é enterrado sob salva de palmas

Goleiro nas conquistas do bicampeonato mundial da Seleção (1958 e 1962) e do Santos (62/63) faleceu aos 83 de idade, dias após sofrer infarto

Enterro Gylmar dos Santos Neves (Foto: David Abramvezt)
  Gylmar dos Santos Neves é enterrado em São Paulo nesta segunda-feira (Foto: David Abramvezt)
 Debaixo de uma sonora e emocionante salva de palmas, e com a presença de campeões mundiais pela Seleção Brasileira e pelo Santos, o ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves foi enterrado, às 15h, desta segunda-feira, no Cemitério do Morumbi,  na Zona Sul de São Paulo. Bicampeão do mundo nas Copas de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile, Gylmar, que faleceu no último domingo seis dias depois de sofrer um infarto, entrou para a história como um dos melhores arqueiros de todos os tempos.
 
Companheiros de glórias tanto na Seleção como no Peixe, o ex-volante Zito e o ex-atacante Pepe foram dos mais emocionados no enterro do amigo.
 
– O Santos atacava muito e ficava muito exposto, assim o Gylmar pôde aparecer e mostrar a sua enorme qualidade. Ele era um goleiro fantástico, quase infalível e um ótimo amigo. É uma grande perda para o futebol brasileiro e mundial. Vai deixar saudades. Foi uma honra ter jogado com ele – afirmou Pepe.
 
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, também foi ao cemitério prestar as suas homenagens em nome da entidade. Outros que estiveram no local foram ex-jogadores como Jair da Costa (campeão com o Brasil, em 62) e Dorval (bicampeão do mundo com o Santos, em 62 e 63), além de atletas que não atuaram com Gylmar, mas usufruíram de seu legado com a camisa canarinho, como Zé Maria, lateral-direito reserva na conquista do tri, em 1970, Cafu, ex-lateral e capitão brasileiro na conquista do penta, em 2002, além de Zetti, arqueiro reserva no tetra em 1994.
 
Saiba mais
Por David Abramvezt São Paulo
26/08/2013 15h14 - Atualizado em 26/08/2013 15h59

sábado, 29 de junho de 2013

JUIZ FEDERAL, SÍLVIO MOTA, ENFRENTA POLICIAMENTE EM MANISFESTAÇÃO EM FORTALEZA!!!

Depoimento de Silvio Mota sobre a manifestação na última quinta-feira
"Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa", disse Silvio em depoimento no Facebook.

“Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!”

Era isso que eu ia cantando quando avancei contra a PM do Sr. Cid Gomes.

Por que avancei?
Em primeiro lugar, porque a polícia não se manteve nas barreiras e avançou para acabar com a manifestação. Uma manifestação pacífica, de cara limpa, em que tremulavam bandeiras dos movimentos sociais e até de partidos políticos.
 
Não é verdade que os manifestantes provocaram o enfrentamento.
A PM do Ceará mentiu, e a Rede Globo também.
A maior manipulação da Globo foi a de não seguir a linha do tempo, e apresentar imagens do final do conflito sem nada dizer das horas de bombardeio que sofremos.
 
Tenho 68 anos e limitações de locomoção, e estava sentado quando eu e minha esposa, também com 68 anos, fomos atingidos por artefatos de gás lacrimogênio. Estávamos longe da barreira, com vários trabalhadores, professores universitários, profissionais da saúde, e até militantes das
 
Pastorais da Igreja Católica.
Minha esposa foi levada por jovens manifestantes para longe, a fim de ser tratada dos efeitos do gás. Eu fiquei, inclusive porque peso mais de 100 quilos. Estava aplicando uma esponjinha molhada de vinagre para poder respirar, mas vi uma jovem tão apavorada que passei minha esponja para ela.
 
Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa, com a camisa contra a PEC 37. Os PMs ficaram confusos, mas logo avançou um oficial superprotegido por escudos e asseclas que mal podia falar.
 
Foi logo dizendo que eu não podia fazer aquilo, mas respondi que estava no meu direito de manifestar-me sem armas. Ele alegou que eu podia ser atingido por pedras, mas nenhuma foi arremessada contra mim. As poucas que havia no chão eram pequenas, e nenhum risco causavam a seus escudos e coletes. Disse-lhe que dispensava sua proteção, pois quem tinha me agredido era ele, e não pedras.
Ele voltou para sua linha de escudos.
Os jornalistas presentes logo me perguntaram se eu era promotor, e lhes disse que era juiz aposentado e meu nome. Até defendi o plebiscito proposto pela Presidenta Dilma.
 
O garboso oficial com seus escudos laterais saiu da linha de novo e disse que iria prender-me.
Disse-lhe que não podia fazer isso porque eu era um magistrado vitalício e não estava cometendo nenhum crime. Exibi-lhe minha carteira funcional, e ele disse que não ia me prender, mas que ia prender a um senhor militante do MST que tinha avançado para meu lado para proteger-me e estava usando a camisa do movimento.
 
Disse-lhe então que iria com ele, e na confusão o camponês correu e o garboso oficial não teve coragem de abandonar a linha para persegui-lo.
 
DESTAQUE NO THE NEW YORK TIME

Dei-lhe as costas e voltei para a meninada, que já estava mais calma, mas então ele teve coragem de mandar disparar pelos menos cinco artefatos de gás nas minhas costas. Os meninos apagaram quatro deles em baldes de água, e um quinto me atingiu no meio das costas. Caiu no chão e chutei para o lado. É bom saber: nunca dê as costas para uma hiena.
 
Depois de voltar para a manifestação encontrei minha mulher, ficamos ainda algum tempo aguentando gás lançado contra nós sem motivo, em trajetórias de longo alcance e ainda deu tempo para sair com nosso carro e almoçarmos em um restaurante (o que tinha que fazer com urgência, pois já eram duas da tarde e sou diabético).
Só então tivemos notícias dos confrontos mostrados nas imagens da Globo, por celular."

Sílvio Mota
Magistrado Federal
FACEBOOK 28/06/2013 - 11h01


sábado, 2 de março de 2013

RAIMUNDO FAGNER DE VOLTA A 1978!!!

Fagner de volta a 1978

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Documentário perdido durante anos sobre o cantor foi restaurado e está em exibição gratuita na internet
Além dos discos, pouco se tem sobre a consagrada investida de músicos cearenses – Fagner, Belchior, Ednardo, Amelinha, Rodger e Téti – pelo sudeste nos anos 1970, salvo muitas histórias e poucas fotografias. Em exibição gratuita na internet, o curta-metragem documental “Raimundo Fagner” faz um raro e fascinante resgate de parte desta história, vivida pelo cantor cearense no final da década de 1970.
Cena do curta-metragem “Raimundo Fagner” (1978), dirigido por Sérgio Santos


O cenário da gravação fica entre o Rio de Janeiro e São Paulo. O contexto é o ano de lançamento do disco “Orós”, o quarto de sua carreira, em 1978.
O documentário vem a público repleto de curiosidades que só reforçam o seu valor histórico: quando lançado, foi um dos mais exibidos nas salas de cinema comercial do País. Acabou perdendo-se em meio ao acervo da extinta Embrafilme, sendo reencontrado somente em 2005 pelo diretor da produção, Sérgio Santos, que restaurou e digitalizou o material. Rodado originalmente em película 35mm colorida, o filme é destaque este mês no canal online Porta Curtas. A versão recuperada, no entanto, vem em preto e branco. Quem explica toda a trama, desde sua produção até a atual versão, é o próprio diretor.

“O Fagner morava no mesmo edifício que eu. Estava começando a carreira. Tínhamos nossa turma do bairro, que jogava bola”, lembra. “Raimundo Fagner” acabou sendo o primeiro trabalho de sua produtora, a Cinefor, contando com apoio da gravadora de Fagner na época, a CBS, e de amigos como o cineasta José Joffily, que assina a câmera e fotografia. “É um curta produzido com os melhores equipamentos, mas de baixo custo. Foi uma filmagem super tranquila. A gente levava uma vida boa, jogando bola, indo a praia. E isso refletiu um pouco no filme. Foi feito sem correria, no nosso ritmo”, ilustra Sérgio.
Sucesso
Valendo-se de uma lei federal que, na época, obrigava a exibição de um curta-metragem nacional antes de todos os filmes exibidos nas salas comerciais, “Raimundo Fagner” contou ainda com uma pitada de sorte: estreou antecedendo as sessões de “Os Embalos de Sábado a Noite”, clássico com músicas dos Bee Gees, estrelando John Travolta, que levou mais de seis milhões de expectadores aos cinemas.

“Foi o maior sucesso. O filme passou muito no Brasil inteiro. Isso ajudou até na projeção da imagem do Fagner”, lembra o cineasta. Segundo ele, esta foi uma das raras produções dos jovens produtores da época que deu lucro.

“Os curtas-metragens sempre recebiam uns 5% da bilheteria do filme que antecedia. Este curta foi juntando esse dinheirinho e acabou se pagando e dando lucro, que usei para fazer outros filmes”, comemora Sérgio.
Cenas
O curta-metragem traz gravações no apartamento de Fagner, no Rio de Janeiro, incluindo depoimentos do artista sobre sua arte, suas referências musicais; uma pelada de futebol com os Novos Baianos, às margens do Rio Tietê, em São Paulo; passeios pelas ruas cariocas e trechos de um show gravado no Teatro Municipal de São Paulo. No repertório, estão músicas como “Mucuripe”, “Último Pau de Arara”, “Sinal Fechado” e “Riacho do Navio”.

“Naquela época, havia uma discussão na MPB sobre a eletrificação. O Fagner uniu a música nordestina com guitarras. Isso era forte. E o filme mostra bem isso”,
ilustra.
Reencontro
Perdido nos arquivos da Embrafilme após o fechamento da Estatal, apenas em 2005 Sérgio Santos conseguiu reaver a obra. No restauro e digitalização, o filme teve que ser alterado, transformado em preto e branco. A opção, explica Sérgio, foi para que se recuperasse a qualidade e profundidade na imagem, que havia sido danificada pelo tempo. “Virou meio cult, ainda mais agora preto e branco”, brinca.
Mais informações:
O documentário “Raimundo Fagner”, de Sérgio Santos, está disponível para exibição gratuita no
site Porta Curtas
Fábio MarquesRepórter