PERSONALIDADES DO ESPORTE

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! "É bom saber que estou incomodando"!!!

Romário é 11: "É bom saber que estou incomodando"
- Baxinho dá entrevista exclusiva ao LANCENET! e encerra série no dia 11/11/11 mostrando nova faceta de 'carrapato'

Os grandes momentos da carreira do Baixinho (Arte: Anderson Sá)

Romário nunca foi de marcar. Como atacante genial que foi, tinha a grande área adversária como território preferido. Os mais de mil gols na carreira foram consequência. Agora aposentado dos gramados e engatinhando na carreira política, o Baixinho mudou. Virou carrapato. Que o digam o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Nesta entrevista exclusiva ao LANCENET!, que é o encerramento da série "Romário é 11", nosso personagem mostra que está gostando de fazer essa marcação firme nos cartolas, critica a tabela da Copa-2014 e fala sobre aventuras no futebol do exterior.

1- Como começou sua relação com a camisa 11?
- Não tem uma data, nem uma história específica com a 11. Comecei a usar o número no Olaria, mas variava. Usava também a 7, 9 e no Barcelona usei a 10. Foi o único clube que usei esse número. Mas o 11 ficou mais forte na minha vida com aqueles gols em 1993 pela Seleção, no Maracanã, pelas Eliminatórias. Não tenho o 11 como um número da sorte. Mas sempre gostei dele.

2 - A 11 da Seleção está nas costas de Neymar, está bem representada?
- Está em boas mãos. Neymar tem tudo para ser melhor do mundo. As qualidades que mais destaco: destemido e corajoso. Não se intimida com zagueiro.

3 - O que você achou dessa história de "Romarian Day"?
- O pessoal do Facebook veio com essa ideia aí e eu achei bacana. É fictício, mas são legais esse eventos aí.
(Nota da redação: internautas lançaram um evento para 11/11/11, com direito a workshop de língua presa e campeonato de futevôlei)

4 - Falando em Seleção, o que achou do fato de a tabela da Copa colocar o Brasil no Maracanã só em caso de final?
- Tirar a Seleção do Maracanã é uma imbecilidade. Por mais que o estádio não tenha mais aquela mística, já que ele tá todo quebrado. Mas isso não é novidade vir de quem veio. Já falei isso várias vezes: só querem vir aqui, pegar o lucro deles e ir embora. O secretário-geral Jérôme Valcke disse que “Romário não vai vencer a Fifa”. Eu não tenho nada a disputar com a Fifa. Mas ao citar meu nome ele mostra que estou incomodando. É bom saber que estou incomodando. Fico mais motivado. Quero brigar ainda mais.

5 - Foi boa a escolha de São Paulo para abertura?
- Falei lá atrás e não fui bem compreendido pelos paulistas. Falei que não era porque São Paulo não tinha nada. Agora vi algumas coisas, na visita de segunda-feira passada. No Powerpoint é fantástico e, pessoalmente, vi que é diferente da realidade. Governo e Prefeitura disseram que entregarão o estádio e tudo o que se refere à mobilidade urbana em tempo de receber a Copa. Se o que eles falaram for verdade, eu vou dizer que São Paulo tem condições de abrir a Copa.

6 - E sobre a vinda do jornalista Andrew Jennings ao Brasil?
- Espero que a repercussão aumente. São repercussões como essas que farão com que o povo saiba dos fatos que ocorrem. Brasileiros que vão para fora para fazer falcatruas em nome do futebol do país.

7 - Como é sua relação com o Aldo Rebelo, novo ministro do Esporte? Acha que foi uma boa escolha para a pasta?
- O Aldo Rebelo é um dos deputados mais conhecedores da política do Brasil. É muito respeitado. Relatou o código Florestal e o texto passou pela Câmara. É muito inteligente. Tem conhecimento amplo e não poderia ter sido melhor a escolha da presidente Dilma. Nosso esporte está em boas mãos.

8 - Você se arrepende de ter jogado em algum clube, no Valencia por exemplo, em que você chegou a ser reserva?
- Sempre fui para onde quis ir. Onde joguei, sempre vesti a camisa com honra. Valencia, Sadd e Adelaide não me saí muito bem, mas não me arrependo. No Valencia, tive problema com os técnicos Aragonés e Ranieri. Eles queriam que voltasse para marcar, correr para c... mas nunca fui de correr para trás. Só corria para frente. E eles queriam que eu treinasse todo dia de manhã, muito cedo. Era f... Não dava nem tempo de sair, aproveitar. Sempre gostei da noite. Por onde passei sempre fui conhecedor da noite. Ranieri me tirou do time depois que me perguntou se eu faria o que ele queria. Falei que não. Me tirou. Voltei para o Fla.

9 - Acha que jogadores como você, Edmundo e Túlio, que não tem um discurso politicamente correto fazem falta para o futebol brasileiro?
- Eu não me vejo numa comparação com o Túlio ou o Edmundo. Não estou dizendo que sou mais ou menos. Somos diferentes. A minha forma de colocar as coisas é com convicção e certeza. Eu não conheço eles a fundo para saber. Assumo o que eu falo mesmo que possa ter repercussão negativa. Em relação ao futebol de hoje, depois que eu parei não vejo um jogador de futebol com essa coragem de falar como eu sempre tive.

10 - Ronaldo revelou mais um caso polêmico seu recentemente, que vocês fugiram da concentração em uma Copa América. Como foi essa história?
- Isso não é polêmica. Realmente fugimos, só que a história não é exatamente a que ele contou. Um dia ele vai ter coragem de contar. Ele que começou, ele acaba. Mulher no meio é f...

11 - Teve alguma coisa que faltou na sua carreira?
- Na minha profissão, nunca se consegue conquistar tudo. Deixei de ir em duas Copas e duas Olimpíadas. Foram os pontos negativos. Perdi duas finais de clubes e uma de Copa do Brasil. Apesar de ter ganho muito mais, o ideal teria ter participado desses torneios que fiquei fora. Mas sou feliz por tudo o que consegui.

A série "ROMÁRIO É 11":
1> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
2> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
3> As grandes polêmicas de um Baixinho
4> Os parceiros marcantes de Romário
5> Língua afiada de um frasista renomado
6> As maiores vítimas de um artilheiro
7> Técnicos que marcaram a carreira
8> Títulos importantes do Baixinho
9> Nem só de conquistas vive o craque
10> A imagem do Baixinho por onde passou
11> "É bom saber que estou incomodando"

Érika Romão, Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 11/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! A imagem do Baixinho por onde passou!!!

Romário é 11: A imagem do Baixinho por onde passou
- Jornalistas relatam "efeito Romário" nos países em que ele atuou

Jornal australiano registra Romário jogando futvôlei, sob os olhares da esposa (Reprodução)

É fato que Romário é um ídolo indiscutível no Brasil. Vasco, Flamengo, Fluminense e a Seleção Brasileira foram as vitrines em que ele exibiu sua classe dentro de campo. Mas qual é a imagem que o Baixinho construiu nas experiências no futebol do exterior? Essa questão foi respondida por quatro jornalistas entrevistados pelo LANCENET! que relatam, neste décimo capítulo da série "Romário é 11", qual foi o legado que o atacante deixou na Holanda, Espanha, Estados Unidos e Austrália.

Thijs van Veghel, editor do site holandês "Voetbal International"
"Romário é muito famoso na Holanda e especialmente na região sul do país. Ele foi um dos grandes atacantes na História da liga holandesa. Não somente pelo número de gols, mas também pela forma com que os fazia. Quando as TVs aqui fazem uma matéria sobre ele, tem sempre um gol marcado contra o Steaua Bucareste, pela Copa dos Campeões da Europa. Foi o exemplo mais claro de brilhantismo demonstrado por Romário nos anos de PSV.


Sua forma de jogar era única, mas Romário também ficou famoso pelo que fazia fora dos gramados. Ele era frequentemente visto no centro de Eindhoven, onde aproveitou a vida, especialmente com seu antigo companheiro de time, Stan Valckx. Eles chegaram a se enfrentar nas quartas de final da Copa-94.

Romário foi uma mudança muito grande para o PSV. Nos anos 60 e 70, o PSV era bom, mas um pouco chato de se ver jogar. As estrelas da época jogavam no Ajax e Feyenoord. No meio dos anos 80, Rudd Gullit foi o primeiro astro a jogar pelo PSV. Depois dele, veio Romário. Um tipo diferente de estrela, mas era uma estrela. Infelizmente para o futebol holandês, aqueles dias acabaram".

Sergio Solé, repórter do catalão "El Mundo Deportivo"

Edição do "El Mundo Deportivo" em 1994, quando Romário voltou ao Brasil para ver o pai, liberto de um sequestro

Lembro que sua etapa no primeiro ano de Barcelona foi espetacular. Marcou gols fantásticos, prometeu que marcaria 30 gols na Liga e chegou ao alvo na última partida, quando o Barça acabou ganhando o título. Sempre teve uma relação boa com a imprensa.

Foi muito bem com a equipe no primeiro ano, sobretudo com Stoichkov e Bakero. Eles o ajudaram muito quando sequestraram seu pai no Brasil. Cruyff deixava ele sair à noite porque no campo correspondia com gols.

No segundo ano, as coisas mudaram porque chegou com atraso da Copa do Mundo dos Estados Unidos e a relação com Cruyff se enfraqueceu. Foi uma falta de compromisso que o técnico não aceitou. Ficou poucos meses a mais e foi embora em janeiro de 1995.

A lembrança da torcida é que Romário foi um dos melhores atacantes da história do Barça. Seus três gols no 5 a 0 contra o Real Madrid, em 8 de janeiro de 1994, são inesquecíveis".

Michelle Kaufman, repórter e colunista do americano "Miami Herald"
"Romário atuou em um time muito pequeno, o Miami, cujos donos eram brasileiros e jogava a Segunda Divisão. As partidas eram em um pequeno estádio, o Tropical Park, com média de 2 mil a 3 mil torcedores por jogo. Quando ele chegou, parecia que seria um grande negócio, a imprensa cobriu, fez entrevistas etc. Mas depois de alguns jogos, ele ficou bem discreto.

Baixinho foi capitão do Miami FC (Tony Lewis/Reuters)

Ele foi muito cordial com os torcedores, dava autógrafos, tirava fotos com eles etc. Fora do campo, ele era muito reservado. Nunca vi manchetes sobre ele nos clubes de South Beach ou qualquer coisa parecida com isso. É mais fácil para os jogadores de futebol terem vida particular aqui em Miami porque existem muitas estrelas de cinema, astros da NBA e NFL. Então um jogador consegue se esconder.

Creio que uma das razões que ele veio para cá é porque a filha dele tem síndrome de down e existem mais oportunidades para ela aqui no Sul da Flórida. Então ele quis tirar vantagem disso. Além disso, ele queria adicionar o máximo de gols possível para chegar ao gol mil. E provavelmente pensou que poderia marcar mais facilmente nesta liga e promover o time para os donos brasileiros que ele conhecia antes de vir para cá. Romário ficou aqui só por seis meses".

Romário nos tempos de Austrália, pelo Adelaide United (Foto: Tom Miletic/Reuters)

A presença de Romário no Adelaide foi de tirar o fôlego. Os torcedores do Adelaide e de todo o estado de South Australia ficaram loucos pela presença dele nos gramados e fora deles. Ele era muito acessível, vivia na praia de Glenelg e era um jogador muito respeitado pelos companheiros.

Tive a sorte de entrevistá-lo duas vezes – ele estava relutante em falar inglês nas entrevistas. Preferia o espanhol. Apesar de ele ter marcado apenas um gol nas quatro partidas que fez fora de casa, ele era adorado pelos fãs. Afinal, ele foi o primeiro campeão do mundo a jogar na Primeira Divisão da Australia.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro
> Técnicos que marcaram a carreira
> Títulos importantes do Baixinho
> Nem só de conquistas vive o craque

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 10/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Nem só de conquistas vive um craque!!!

Romário é 11: Nem só de conquistas vive um craque
- Episódios que não foram de acordo com os planos do Baixinho

Quem disse que craque não chora? (Foto: Gilvan de Souza)

Por mais genial que Romário tenha sido em campo, ele não esteve livre daqueles dias em que a bola não entrou, o sonho bateu na trave e a conquista foi adiada. A série "Romário é 11" relembra em seu nono capítulo algumas páginas da História que o Baixinho gostaria de esquecer. Mas não pode.

1 - Copa 1990
- “Pode anotar: foi a minha primeira e última Copa do Mundo”.
Foi com essa frase que Romário desembarcou no Brasil após a Copa-90. Felizmente o Baixinho não cumpriu a promessa, mas o desabafo serviu para mostrar o tamanho da frustração depois do Mundial. Na Itália, Romário se machucou, ficou na reserva e viu o Brasil de Sebastião Lazaroni ser eliminado para a Argentina nas oitavas de final.

2 - Copa 1998
- Uma das esperanças do Brasil na Copa da França, Romário
viu o sonho de jogar seu terceiro Mundial ir para o espaço junto com o músculo da panturrilha. O corte o fez chorar. E ainda criou um mal estar entre o Baixinho e a comissão técnica da Seleção – leia-se Zagallo e Zico. O sonho do penta foi adiado.

3 - Copa 2002
- Quatro anos após o trauma do corte
, o clamor popular pedia Romário na Seleção de Felipão para 2002. Na cabeça do povo, um time desacreditado precisava da referência do Baixinho no ataque do Brasil, ainda mais pela incerteza quanto o prazo de validade do joelho de Ronaldo, que ficara de molho por mais de um ano. Só que o relacionamento com Scolari não era dos melhores e Romário, mesmo com pedido de desculpas por episódios de indisciplina, ficou fora da “família” que se tornaria pentacampeã do mundo.

4 - Mundial de Clubes 2000
- Romário
vinha brilhando ao lado de Edmundo no ataque vascaíno, que fez vítimas como o poderoso Manchester United e os modestos Necaxa (MEX) e South Melbourne (AUS). Mas na decisão contra o Corinthians, Gilberto e Edmundo desperdiçaram as cobranças de pênalti e impediram que o Vasco de Romário pudesse comemorar o título.

5 - Copa do Brasil 1997
- O Flamengo
já tinha deixado para trás dois grandes clubes para chegar à decisão da Copa do Brasil-97: Internacional e Palmeiras. Mas o time capitaneado por Romário parou no Grêmio. A derrota teve um gosto ainda mais amargo porque o título foi perdido com dois empates (0 a 0 no Olímpico e 2 a 2 no Maracanã). Os gols sofridos em casa custaram a taça. Romário até marcou um gol, mas não foi suficiente.

6 - Carioca 1995
- O Rio de Janeiro estava cheio de reis autoproclamados
. Túlio Maravilha (Botafogo), Renato Gaúcho (Fluminense) e Romário (Flamengo). O Baixinho já tinha sido o protagonista na Taça Guanabara, mas o título do Carioca acabou nas mãos do Tricolor. Ou melhor, na barriga de Renato, que marcou o gol na final sobre o Fla.

R11 chora na apresentação no América ao lembrar-se do pai (Foto: Gilvan de Souza)

7 - Nunca ter jogado pelo América com Seu Edevair ainda vivo
- O Mequinha foi o amor da vida do pai de Romário
, Seu Edevair. O Baixinho prometeu que um dia jogaria no time do coração do pai. Infelizmente, o mentor de Romário morreu antes que o sonho se realizasse. O Baixinho, já como dirigente do time carioca, entrou em campo uma única vez com a camisa vermelha: foi em 2009, pela Série "B" do Rio. Pena que foi tarde demais para Seu Edevair.

8 - Doping
- Romário foi flagrado no final de 2007
, prestes a completar 42 anos, no exame antidoping. A substância encontrada no organismo do Baixinho foi a finasterida, que teve origem em um remédio para conter a queda de cabelo. A primeira punição do STJD (120 dias) deixou o Baixinho muito aflito e a continuidade na carreira se tornou uma incógnita. Só que passado o susto, absolvição veio em fevereiro e ele nem precisou cumprir a pena por inteiro. Apesar do final feliz, o Baixinho não gostaria de ter passado por isso.

9 - Carreira como técnico
- No início de 2008
, o então presidente do Vasco, Eurico Miranda, resolveu apostar no Baixinho como treinador da nau vascaína. Romário havia comandado o time em algumas partidas na Sul-Americana do ano anterior. O Baixinho foi “supervisionado” pelo auxiliar Alfredo Sampaio, pelo fato de não ter o registro de treinador. Mas a empreitada não funcionou por conta das discussões entre ele e Eurico. Romário queria Abuda, o mandatário Alan Kardec. Romário pediu demissão e deu fim à carreira de técnico.

10 - Prisão por não pagamento de pensão
- O Baixinho viveu momentos de instabilidade financeira
, com o fracasso de alguns negócios. Quem pagou o preço, ou melhor, não recebeu a pensão foram os filhos Moniquinha e Romário. A conta chegou rápido para o Baixinho, que foi preso. A estadia foi só por uma noite, mas suficiente para causar constrangimento.

11 – Longe das Olimpíadas
- Romário
conquistou a medalha de prata em Seul-88, perdendo a final para a União Soviética. Desde então, o Baixinho queria uma nova chance para dar ao Brasil o primeiro ouro olímpico na modalidade em que somos especialistas. Só que em duas edições que Romário tinha como certa sua ida aos Jogos, os treinadores das Seleções optaram por deixá-lo de lado. Primeiro foi em 1996, quando Zagallo usou a cota de três jogadores com mais de 23 anos com Aldair, Rivaldo e Bebeto. A Seleção voltou de Atlanta com o amargo bronze. Quatro anos depois, quando Romário estava em grande forma no Vasco, Vanderlei Luxemburgo radicalizou e nem usou a cota dos experientes. Seleção derrotada por Camarões nas quartas de final. Será que se Romário estivesse com o grupo o desfecho seria diferente? Nunca saberemos.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro
> Técnicos que marcaram a carreira
> Títulos importantes do Baixinho

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 09/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Alguns Títulos importantes do Baixinho!!!

Romário é 11: Alguns títulos importantes do Baixinho
- LNET! relembra conquistas marcantes da carreira do artilheiro

Romário comemora o título da Copa Mercosul pelo Vasco (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Foram 27 em toda a carreira e o LANCENET! selecionou 11 dos títulos mais marcantes da carreira de Romário para serem retratados no oitavo capítulo da série "Romário é 11". Tanto no Brasil, quanto no exterior, o Baixinho levantou várias taças e foi protagonista em praticamente todas elas.

Companheiro de Romário no Vasco de 1987, onde o Baixinho faturou o primeiro título como profissional, e na Copa América 1989 - primeiro título de R11 na Seleção - o ex-goleiro Acácio - atualmente treinador do Olaria - conta que o Baixinho tinha perfil de ator principal desde a juventude.

- Romário não se intimidava, nunca se intimidou. Sempre teve uma personalidade firme. E desde o começo da carreira ele sempre teve uma participação fundamental nos times que jogou. Desequilibrava. Se ele falava que faria dois gols no jogo, ele cumpria - comentou Acácio, que fez uma comparação interessante ao falar sobre o convívio com Romário:

- Ele é como uma colméia. Se não mexer, ele é muito agradável. Nunca tive problema com Romário. Mas tem uns que mexem, aí já viu.

1 - Copa do Mundo 1994
- Sem sombra de dúvidas
, o título mais importante na carreira do Baixinho. Foi a conquista que o colocou na galeria dos grandes jogadores da História do futebol. O efeito imediato foi a eleição de melhor jogador do mundo naquele ano. Até hoje, Romário dá palestras para falar dos bastidores daquele título, como forma de motivação, já que a Seleção de Parreira chegou desacreditada aos Estados Unidos. Alguns dizem que Romário ganhou aquela Copa sozinho. Sozinho talvez não, mas ele teve uma grande parcela de contribuição. Foram cinco gols. Mas uma das participações mais importantes naquela Copa foi quando nem tocou na bola. Ou melhor, fugiu dela: o terceiro gol brasileiro nas quartas de final contra a Holanda, marcado após uma pancada de falta de Branco. Romário foi a estrela maior.

Romário sendo marcado por Maldini na final da Copa de 1994 (Foto: Intercontinental Press)

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Jorginho / Ricardo Rocha / Ronaldão / Mauro Silva / Branco / Bebeto / Dunga / Zinho / Raí / Zetti / Aldair / Cafu / Márcio Santos / Leonardo / Mazinho / Paulo Sérgio / Müller / Ronaldo / Viola / Gilmar

2 - Mercosul 2000
- Esse título não teve a importância de 1994, mas o próprio Romário já admitiu que foi o mais emocionante da carreira. Depois de uma surra por 3 a 0 no primeiro tempo da final contra o Palmeiras, o Vasco conseguiu uma virada épica para 4 a 3. Destes quatro, três foram do Baixinho. O terceiro aos 48 do segundo tempo. Romário terminou como artilheiro da competição, 11 gols, e o grito de "Casaca" ecoou em pleno Parque Antártica.

- Campeões com Romário:
- Hélton / Jorginho / Odvan / Mauro Galvão / Nasa / Felipe / Paulo Miranda / Alex Oliveira / Viola / Pedrinho / Márcio / Júnior Baiano / Alexandre Torres / Henrique / Geder / Euller / Jorginho Paulista / Dias / Luisinho / Valkmar / Fabiano Eller / Juninho Paulista / Fábio / Siston / Luiz Cláudio / Souza / Léo / Clébson / Gilberto / Juninho Pernambucano

3 - Brasileiro 2000
- Romário
já era um veterano, 34 anos, quando conquistou seu primeiro e único título Brasileiro. A colcha de retalhos que foi a Copa João Havelange terminou nas mãos do Vasco, após superar o azarão São Caetano. Dois dos 20 gols marcados pelo Baixinho na competição foram nas duas finais contra o Azulão. Contando só com os times que disputaram o Módulo Azul (Primeira Divisão), Romário foi artilheiro daquela edição ao lado de Dill (Goiás) e Magno Alves (Fluminense). Na contagem geral, o goleador foi Adhemar (São Caetano), com 22.

- Campeões com Romário:
- Hélton / Jorginho / Odvan / Júnior Baiano / Paulo Miranda / Felipe / Pedrinho / Euller / Viola / Juninho Paulista / Márcio / André Silva / Valkmar / Henrique / Geder / Nasa / Zezinho / Luisinho / Mauro Galvão / Alex Oliveira / Fábio / Maricá / Luiz Cláudio / Jorginho Paulista / Alexandre Torres / Clébson / Gilberto / Juninho Pernambucano

4 - Carioca 1987
- Foi o primeiro ttítulo de Romário
como profissional. E, pelos companheiros que o jovem Baixinho tinha naquele time do Vasco, não foi tão difícil assim. Geovani, Tita, Dunga e, claro, Roberto Dinamite. Comandado por Joel Santana, depois Sebastião Lazaroni, o Romário foi o artilheiro da competição, com 16 gols, superando Dinamite em apenas um tento. Exemplo da força que tinha aquele Vasco.

- Campeões com Romário:
- Acácio / Paulo Roberto / Donato / Fernando / Moroni / Mazinho / Lira / Pedrinho / Dunga / Henrique / Geovani / Luís Carlos / Tita / Mauricinho Vivinho / Roberto Dinamite

5 - Campeonato Espanhol 1993/94
- Antes de Messi, o Baixinho
artilheiro que roubava a cena no Barcelona era Romário. O título espanhol daquele ano mostrou isso. O brasileiro marcou 30 gols em 33 jogos, foi o artilheiro da competição, que sagrou o Barcelona tetracampeão espanhol. A quantidade de gols que Romário marcou naquela temporada foi justamente o que ele prometera antes do campeonato começar.

- Campeões com Romário:
- Zubizarreta / Ferrer / Sergi / Nadal / Ronald Koeman / Bakero / Guardiola / Amor / Stoichkov / Laudrup / Busquets / Goikoetxea / Ivan Iglesias / Bergiristain / Eusebio / Angoy / Estebaranz / Juan Carlos / Julio Salinas / Òscar / Ekelund / Vucevic

6 - Carioca 1999
- Romário
participou do pontapé inicial do quarto tricampeonato do Flamengo. E a atuação foi como artilheiro da competição, com 16 gols. Rodrigo Mendes foi o heroi da decisão contra o Vasco, mas Romário foi um dos que levaram o Fla até ali.

- Campeões com Romário:
- Clemer / Pimentel / Fabão / Luiz Alberto / Jorginho / Athirson / Beto / Leandro Ávila / Leandro Machado / Iranildo / Célio Silva / Fábio Baiano / Maurinho / Caio / Marco Antonio / Rodrigo Mendes / Léo Inácio / Juan / Lê / Reinaldo / Júlio César / Alessandro / Eduardo / Fabiano / Bruno Quadros / Cleisson / Rocha / Bebeto

7 - Copa América 1989
- Se o título serviu para acabar com um jejum de 40 anos que a Seleção cultivava na competição, Romário pôde se deliciar com a primeira conquista pelo Brasil. O sabor foi ainda mais especial pelo fato de a competição ter acontecido em terras tupiniquins. Romário e Bebeto deram show. Era um prenúncio do que viria cinco anos depois. O Baixinho, inclusive, marcou o gol na última partida do quadrangular decisivo, contra o Uruguai: 1 a 0, no Maracanã, com mais de 130 mil espectadores. Inesquecível para Romário.

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Mazinho / Mauro Galvão / André Cruz / Branco / Ricardo Gomes / Bebeto / Geovani / Valdo / Tita / Acácio / Josimar / Aldair / Alemão / Cristóvão / Dunga / Renato Gaúcho / Baltazar / Silas / Charles / Zé Carlos

8 - Copa América 1997
- Foi o primeiro título da Seleção Brasileira na Copa América, jogando fora do Brasil. O time canarinho não conquistava o título desde 1989. Romário editou, pela primeira vez em uma competição importante, a dupla com Ronaldo. Mas o Baixinho acabou não jogando a final por conta de um eposódio polêmico na semifinal contra o Peru, quando o Brasil venceu por 7 a 0 (dois de Romário). Pouco tempo depois de Edmundo, então desafeto do R11, ser colocado em campo por Zagallo, o Baixinho alegou uma contusão e foi substituído. O treinador achou que ele simulou e nem o escalou na decisão. O título veio e tiveram que engolir o Velho Lobo.

- Campeões com Romário:
- Taffarel / Cafu / Aldair / Márcio Santos / Mauro Silva / Roberto Carlos / Giovanni / Dunga / Ronaldo / Leonardo / Carlos Germano / Djalminha / Zé Maria / Célio Silva / Gonçalves / Zé Roberto / César Sampaio / Flávio Conceição / Denílson / Edmundo / Paulo Nunes

9 - Copa das Confederações 1997
- Quem não se lembra do dia em que todos os jogadores da Seleção amanheceram carecas? Foi na decisão desta competição, contra a Austrália, que o time brasileiro ficou sem um fio sequer na cabeça, mas deixou os australianos de cabelo em pé: 6 a 0. Três de Ronaldo e três de Romário, que foi o artilheiro da competição com sete gols.

- Campeões com Romário:
- Dida / Cafu / Aldair / Júnior Baiano / Dunga / Roberto Carlos / Bebeto / Flávio Conceição / Ronaldo / Leonardo / Rogério Ceni / Zé Maria / Gonçalves / Zé Roberto / César Sampaio / Doriva / Denílson / Juninho Paulista / Rivaldo / Rodrigo / Russo

10 - Campeonato Holandês 1988/89

Romário
foi artilheiro do Holandês em 1988/89 (Foto: Divulgação/PSV)

Em um campeonato de praticamente dois times, o PSV de Romário levou a melhor sobre o Ajax, na primeira temporada do Baixinho na Holanda. Romário foi artilheiro da competição, com 19 gols, e ajudou a iniciar a série de três campeonatos seguidos do time dirigido por Guss Hiddink.

- Campeões com Romário:
- Hans van Breukelen / Carlo L’Ami / Patrick Lodewijks/ Berry van Aerle / Jozef Chovanec / Eric Gerets / Jan Heintze / Ronald Koeman / Adick Koot / Ivan Nielsen / Stan Valckx / John Veldman / Bert Verhagen / Anton Janssen / Hendrie Kruzen/ Søren Lerby / Edward Linskens / Gerald Vanenburg / Cemal Yilmaz / Frank Berghuis / Juul Ellerman / Hans Gilhaus / Wim Kieft

11 - Mercosul 1999
- Romário
ficou fora dos dois jogos da final contra o Palmeiras por conta de lesão, mas o Baixinho foi o grande nome do Flamengo na competição, sendo inclusive o artilheiro com oito gols.

Campeões com Romário:
- Clemer / Pimentel / Fabão / Luiz Alberto / Jorginho / Athirson / Beto / Leandro Ávila / Leandro Machado / Iranildo / Róbson / Célio Silva / Fábio Baiano / Maurinho / Caio / Marco Antonio / Rodrigo Mendes / Léo Inácio / Juan / Ronaldo / Lê / Marcelo Rosa / Reinaldo / Júlio César / Alessandro / Rocha

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Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 08/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Os Técnicos que marcaram o Baixinho!!!

Romário é 11: Os técnicos que marcaram o Baixinho
- O artilheiro dos 1002 gols colecionou adoradores e desafetos no futebol. E com os seus treinadores não foi diferente...

Joel Santana e Romário, no Vasco de 2001 (Foto: Ralff Gebara)

Romário sempre deixou claro o que gostava e o que não lhe agradava fazer dentro de campo. Por isso, o Baixinho colecionou adoradores e desafetos no futebol. E com os seus treinadores não foi diferente, como foi o caso de Alexandre Gama, que o colocou no banco no Fluminense. O Baixinho quase o expulsou do "ônibus" tricolor. O sétimo capítulo da Série "Romário é 11" trata de outros 11 técnicos marcantes da carreira do artilheiro dos 1002 gols e de um gênio às vezes indomável.

Os técnicos mais marcantes da carreira de Romário

1- Edu Coimbra
- Edu Antunes Coimbra, o maior ídolo da História do América, e irmão de Zico
, maior jogador da História do Flamengo, foi quem teve a "responsabilidade" de proporcionar ao Baixinho a sua primeira oportunidade entre os profissionais do Vasco, no Campeonato Brasileiro de 1985. No segundo tempo do confronto diante do Coritiba, que viria a ser o campeão daquele ano, em São Januário, Romário entrava em campo substituindo Mário Tilico. O Vasco venceu por 3 a 0, com dois gols de Roberto Dinamite e um de Vítor.

2-Carlos Alberto Silva
- Romário
já era tido como a grande revelação do futebol brasileiro e faria a sua primeira participação relevante com a Seleção em 1985, no Mundial sub-20. No entanto, o Baixinho foi cortado da competição pelo técnico Gilson Nunes, sob a acusação de indisciplina. Com isso, foi Carlos Alberto Silva, técnico que conduziu o Guarani ao seu primeiro e único título do Campeonato Brasileiro (1978), que apostou no Baixinho pela primeira vez.

Romário foi convocado para defender a Seleção principal em 1987. Após estrear com dois gols contra a Finlândia, o Baixinho é chamado para a Copa América daquele ano, mas assiste a derrocada da Seleção no banco de reservas. No ano seguinte, nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, Romário é titular e leva o Brasil à final do torneio. A Seleção é superada pela União Soviética e fica com a prata. Romário, artilheiro do torneio com seis gols, é contratado pelo PSV, da Holanda.

3-Sebastião Lazaroni
- Se Romário pouco pôde fazer na Copa América de 1987
, o Baixinho seria o grande personagem da edição seguinte, a de 1989, disputada no Brasil. Foi o camisa 11 que conduziu o Brasil, então comandado por Sebastião Lazaroni, ao título da competição, quebrando um jejum que durava 40 anos.

Romário foi decisivo na Copa América de 89, mas o mesmo não pode se dizer na Copa de 1990, na Itália. Às vésperas do Mundial, o Baixinho sofreu uma lesão, mas se recuperou a tempo de jogar o Mundial. No entanto, Lazaroni, que foi técnico de Romário no Vasco, escalou o atacante como titular apenas na última partida da primeira fase, contra a Escócia. A Seleção seria eliminada na fase seguinte, para a Argentina de Maradona.

4-Guss Hiddink
- O holandês, que hoje comanda a seleção da Turquia
, foi o primeiro treinador de Romário no PSV. O ex-atacante considera Hiddink um dos grandes responsáveis pelo seu sucesso no futebol holandês. Com Hiddink, Romário conquistou o Campeonato Holandês de 1988-1989 e a Copa da Holanda em 1988-1989 e 1989-1990.

5-Johan Cruyff
- Cruyff, o maior jogador holandês de todos os tempos, foi o treinador de Romário em sua passagem pelo Barcelona, em 1993 e 1994
. Foi ele que proferiu a mais do que célebre frase sobre o Baixinho: "Ele é o gênio da grande área". Com Cruyff no comando, 0 levou o Campeonato Espanhol de 1993-1994, a Supercopa da Espanha de 1994 e o Tereza Herrera de 1993.

6-Carlos Alberto Parreira
- Em grande fase no PSV e depois no Barcelona, Romário não gozava de tanto prestígio com Carlos Alberto Parreira
, então técnico da Seleção Brasileira. No entanto, com o Brasil tendo de vencer o Uruguai, no Maracanã, para não ficar de fora da Copa de 1994, Parreira se rendeu ao clamor público e convocou o Baixinho. O camisa 11 teve uma atuação de gala, marcou os dois gols da vitória brasileira e garantiu a Seleção no Mundial dos Estados Unidos. Já na Copa, Romário chamou a responsabilidade para si, apagou a sua frustração da Copa anterior e "ganhou sozinho" o Mundial de 1994.

7-Zagallo

Romário e Zagallo, nos tempos de calmaria
(Foto: Divulgação)

- Zagallo também comandou Romário na Copa de 1994, quando era auxiliar técnico de Parreira. Já em 1997, como técnico, foi com o Velho Lobo que o Baixinho conquistou o seus dois últimos títulos pela Seleção: a Copa América de 1997 e a Copa das Confederações do mesmo ano. A relação dos dois ficaria estremecida em 1998. Após ser cortado do Mundial da França, o Baixinho resolveu "homenagear" Zagallo e Zico (coordenador técnico da Seleção) com a caricatura de ambos na porta de um dos banheiros da sua boate, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A travessura rendeu a Romário um processo na Justiça e a condenação de R$ 380 mil de multa ao Velho Lobo.

8-Antonio Lopes
- Romário nunca escondeu a sua predileção por Antonio Lopes
, o seu segundo técnico como jogador profissional. Lopes, que atualmente dirige o Atlético Paranaense, comandou o Baixinho em 89 oportunidades, sempre no Vasco. O Delegado foi um dos grandes responsáveis pelo futebol que o Baixinho viria a apresentar. Para Romário, Lopes foi um dos melhores técnicos que teve na carreira.

9-Joel Santana
- Papai Joel comandou Romário no Vasco, Flamengo e Fluminense
. Foram 153 jogos tendo o Baixinho como jogador. E essa parceira rendeu muitos frutos: os títulos do Campeonato Carioca e da Copa Ouro de 1996 pelo Flamengo, da Copa Mercosul e da Copa João Havelange de 2000 pelo Vasco.

O sempre sincero Joel garantiu que jamais teve qualquer tipo de problema com Romário.
- Romário
sempre foi a minha bandeira dentro de campo. Nunca tive qualquer problema com ele, que sempre foi muito comprometido. Tanto que comandei ele em três clubes. E fiz isso com o maior prazer. Romário sempre foi um amigo e não escondia nada. Queria ter mais jogadores como ele... Quando tenho a oportunidade, sempre procuro me encontrar com o Baixinho - disse Joel, atualmente no Bahia, ao LANCENET!.

10- Luiz Felipe Scolari
- Felipão comandou Romário em apenas um jogo
: contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2002. A relação de ambos ficou estremecida com a não presença do atacante naquele Mundial, que acabou sendo vencido pelo Brasil. O clamor popular pela convocação de Romário era grande, assim como havia acontecido em 1994. Para o Baixinho, Felipão confiou nas pessoas erradas ao não convocá-lo para a Copa.

11- Vanderlei Luxemburgo
- O ano era o de 1995. O Flamengo
, em seu centenário, contratara Romário, então melhor jogador do mundo e campeão da Copa de 1994, para formar o "Melhor ataque do mundo" com Sávio e Edmundo. Vanderlei Luxemburgo, que vinha de cinco títulos em dois anos pelo Palmeiras, era o técnico da equipe carioca. Mas Luxemburgo e Romário não se entenderam, o que contribuiu para o fracasso do Flamengo naquele ano.

A série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado
> As maiores vítimas de um artilheiro


Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 07/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

domingo, 6 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! As maiores vítimas do Baixinho!!!

Romário é 11: Bota e Olaria foram as maiores vítimas
- Sexto capítulo da série do LANCENET! mostra as equipes que mais sofreram com o apetite insaciável do Baixinho

Botafogo e Olaria foram as vítimas preferidas de Romário atuando por Flamengo, Fluminense e Vasco (Fotos: Hipolito Pereira/Arquivo do jornal O Globo e Ari Ferreira/Lancepress)

Romário marcou 1002 gols em sua longa carreira. E o Baixinho tinha as suas "vítimas preferidas". Quando o camisa 11 enfrentava determinadas equipes, a certeza de que ele deixaria a sua marca era grande. O sexto capítulo da Série "Romário é 11" trata dos clubes que mais sofreram nas mãos, ou melhor nos pés de Romário.

1 - Botafogo - 34 gols
- O único clube grande do Rio de Janeiro em que Romário não atuou, foi justamente aquele em que ele mais marcou gols
. Com as camisas de Vasco, Flamengo e Fluminense, o Baixinho marcou 34 vezes diante do Alvinegro. O torcedor botafoguense não gosta nem de lembrar do Baixinho. No Campeonato Carioca de 2001, o camisa 11 marcou dois dos sete gols vascaínos na impiedosa goleada por 7 a 0. Já em 2003, pelo Fluminense, Romário fez três na goleada por 5 a 0. O jogo marcou a "despedida" do Baixinho, que assinara um contrato com o Al-Saad, da Arábia Saudita. E que despedida!

2 - Olaria - 34 gols
- O Olaria foi o clube em que o Baixinho deu os seus primeiros passos
, antes de se transferir para o Vasco. Como amador, Romário fez sete gols em seis jogos com a camisa do clube da Rua Bariri. Mas depois que se tornou profissional, o Baixinho não teve pena do Olaria: Foram 34 gols. Em 1996, pelo Flamengo, Romário fez cinco dos seis gols da goleada do Rubro-Negro por 6 a 2, no dia 31 de março.

3 - América - 31 gols
- O time pelo qual torcia Seu Edevair, o pai de Romário
, também sofreu com a sempre insaciável fome de gols do ex-atacante, que marcou 31 vezes contra o Mecão. E foi justamente contra o América, em 1979, quando ainda estava no infantil do Olaria, que Romário começou a sua trajetória de gols. Em 25 de novembro daquele ano, o Baixinho fez três dos cinco gols da vitória por 5 a 1. Mas esses gols não entram na vasta conta do Baixinho.

4 - Madureira - 24 gols
- O clube de Conselheiro Galvão foi outro que sofreu com Romário, que marcou 24 vezes contra o Madureira
. Em 2007, na corrida pelo milésimo gol, o ex-atacante fez três na goleada do Vasco por 4 a 1, no Campeonato Carioca. Depois daquela partida, o Baixinho ficou a cinco tentos de conquistar o seu grande objetivo.

5 - Fluminense - 23 gols
- Romário tardou a marcar o seu primeiro gol diante do Fluminense - isso aconteceu apenas em 1995
-, mas depois ele não parou mais. O Tricolor carioca, com 23 gols, é a quinta maior vítima do atacante. Na Copa João Havelange de 2000, vencida pelo Vasco, Romário marcou dois gols na emocionante vitória vascaína, por 4 a 3.

6 - Palmeiras - 22 gols
- Ah... o Palmeiras! A equipe paulista era uma das vítimas preferidas de Romário, que marcou 22 vezes
contra a equipe do Parque Antártica. Como esquecer da final da Copa Mercosul de 2000, quando o Vasco de Romário era derrotado por 3 a 0 e o Baixinho fez três dos quatro gols vascaínos?

7 - Volta Redonda - 20 gols
- O Volta Redonda foi um dos adversários preferidos do Baixinho no Campeonato Carioca. Romário fez 20 gols
diante do Voltaço. Em 2007, ele ficou a dez de alcançar o seu milésimo gol após fazer três dos seis gols da goleada do Vasco, por 6 a 1.

8 - Corinthians - 19 gols
- Romário não teve a oportunidade de atuar lá pelas bandas de São Paulo
, mas se destacava e muito quando enfrentava equipe paulistas. Além do Palmeiras, o Corinthians também sofreu contra o Baixinho. Foram 19 gols contra a equipe do Parque São Jorge. Na goleada do Flamengo por 3 a 0, no Rio São Paulo de 1999, Romário marcou um dos gols mais bonitos da sua carreira, após aplicar um elástico em Amaral... do Corinthians!

9 - Bangu - 18 gols
- O tradicional Bangu também sofreu com Romário, que fez 18 gols
contra a equipe carioca. Em 2002, pelo Rio-São Paulo, o camisa 11 marcou dois na goleada do Vasco, por 5 a 1. Após o seu segundo tento, o Baixinho fez gestos obscenos para parte da torcida vascaína.

10 - Americano - 18 gols
- O clube de Campos dos Goytacazes era um dos "preferidos" de Romário
. Com as camisas de Vasco, Flamengo e Botafogo, o Baixinho marcou 18 gols diante do Americano. Em 2000, pelo Vasco, Romário fez quatro de uma só vez na goleada por 6 a 0 do Vasco, no dia 25 de março.

11 - Flamengo - 18 gols
- Romário marcou 204 gols em 240 partidas
defendendo a camisa do Flamengo. Uma média de 0,85 gol/jogo. Mas o Baixinho também gostava de ter o Rubro-Negro como adversário. Foram 18 bolas nas redes do Flamengo com as camisas de Vasco e Fluminense. Em 2001, pelo Vasco, na final da Taça Guanabara, Romário fez três na goleada por 5 a 1.

A Série "ROMÁRIO É 11":
> Artilheiro dos mais de mil gols na carreira
> As onze camisas de Romário em mais de duas décadas
> As grandes polêmicas de um Baixinho
> Os parceiros marcantes de Romário
> Língua afiada de um frasista renomado

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 06/11/2011 às 11:11
Rio de Janeiro (RJ)

sábado, 5 de novembro de 2011

ROMÁRIO É 11! Língua afiada de um frasista renomado!!!

Baixinho sempre foi famoso pelas tiradas polêmicas e originais

Se a língua de Romário é presa para pronunciar algumas palavras, ela é bem solta para ser instrumento de ataque do Baixinho, autor de frases que acabaram se tornando até folclóricas no meio do futebol.

Quem teria coragem de criticar Pelé, o Rei do Futebol?
- Romário.
Quem seria capaz de falar abertamente sobre sua preferência pela vida noturna?
- Romário.
Quem poderia dizer que era o cara e mostrar que realmente o era dentro de campo.
- A resposta se repete.

No quinto capítulo da série “Romário 11”, o LANCENET! relembra 11 das inúmeras frases inesquecíveis e irreverentes, que marcaram a vida de Romário.

"Agora a corte está toda feliz: o rei, o príncipe e o bobo"
- Rebatendo a declaração de Edmundo, que havia dito que Romário era o príncipe no reinado de Eurico Miranda, em 2000. Naquele dia, o Baixinho marcara dois gols na vitória sobe o Olaria e assumia a artilharia do Carioca.

"Quando eu nasci, papai do céu apontou o dedo e disse: esse é o cara"
- Frase dita após marcar o gol da vitória sobre o Corinthians, no Brasileiro-2003.

"O Pelé calado é um poeta. Ele só fala m... Ele tinha que colocar um sapato na boca"
- Esta foi em respota ao Rei do Futebol, em 2005, que tinha dito que Romário deveria parar de jogar.

"Zico perdeu as três Copas dele como jogador e uma como coordenador. É um perdedor nato"
- Frase dita em 2000, quando ainda era desafeto de Zico. Os craques fizeram as pazes em 2009.

"Ele entrou no ônibus agora e já quer sentar na janela"
- Romário disparou para o então inexperiente técnico do Flu, Alexandre Gama, que o havia barrado, em 2003.

"Eu não fumo, não bebo, não cheiro, não "dou" e não roubo; minha parada é mulher, todo mundo sabe disso"
- Comentando a predileção pelas noitadas.

"Se o Pelé fez gol pelo exército e até de terno e gravata quando demoliram estádio, por que os meus gols em amistosos não valem?"
- Justificando, em 2006, a contagem de alguns gols como amador na lista para chegar ao milésimo.

"Quem?"
- Após ser indagado sobre a declaração do atacante Afonso Alves, recém descoberto por Dunga para a Seleção, de que era um jogador preguiçoso.

"Túlio deveria cuidar da mulher porque tem ladrão lá na casa dele"
- Respondendo uma provocação de Túlio Maravilha, em 1996

"Messi primeiro tem que ser um Maradona e depois chegar a um Romário, depois a um Pelé"
- Em 2011, ao ser perguntado se o craque argentino tem condições de chegar a ser o melhor da História.

"Ninguém aqui tem razão para ficar triste. Todo mundo ganha bem e tem mulher bonita"
- Deixando de lado o ressentimento pela demissão de Vanderlei Luxemburgo da Seleção, em 2000.

Igor Siqueira e Luiz Signor
Publicada em 05/11/2011
Rio de Janeiro (RJ)