PERSONALIDADES DO ESPORTE

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ENTREVISTA COM "JÚLIO SALLES" (Rádio Assunçao AM 620)!!!

Entrevista com Júlio Salles

Julio na cabine do Estádio Presidente Vargas
(Foto: Toni Mota)
A entrevista desta semana é com um dos ícones da imprensa esportiva do Norte-Nordeste. Júlio Salles, narrador da Rádio Assunção AM 620. Com 72 anos, “O de todos os esportes”, como é chamado, começou no rádio aos 13 anos de idade por curiosidade. Diz que vai narrar até quando Deus quiser e garante que ainda faz amor com a esposa. Júlio é pai de oito filhos, 15 netos e cinco bisnetos. Deixou seu querido Pará em 1962 para se tornar um dos mais conceituados narradores da história do rádio cearense.

Recentemente você foi convidado para trabalhar na Rádio Verdes Mares. Por que não aceitou?
Foi um convite do Roberto Moreira (Diretor de jornalismo da Rádio). Eu fui lá e nós conversamos. Mas eu estou muito bem na Rádio Assunção. Onde eu sou cabeça da cobra. Talvez, em outro lugar, eu seria o meio ou o rabo da cobra.

Você tem uma amizade muito forte com o dono da Rádio Assunção, o ex-deputado e hoje prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola. Como surgiu essa amizade?
Desde que ele era menino. E olhe que ele já tá com a cabeça branquinha igual a minha. É uma amizade de mais de 35 anos. É uma amizade sólida. Pra eu deixar o Moésio, não seria por dinheiro. Só se fosse para o meu funeral.

Você vai narrar até quando?
Até quando Deus quiser. Até quando ele me der forças pra eu trabalhar, condições de eu enxergar, capacidade de eu discernir e saber separar a minha vontade que o Fortaleza sempre vença, do meu trabalho, eu continuarei trabalhando.

Como foi que começou essa paixão pelo rádio?
Por acaso. Estava passando de ônibus em Belém e parei em frente à Rádio Marajoara. Eu nem ouvia a Rádio Marajoara. Eu só ouvia a Rádio Clube do Pará. Aí, desci, naquela curiosidade de jovem, entrei e vi o Ronaldo Passarinho, que era meu vizinho e sobrinho do ex-governador e senador do Pará e ex-ministro do Governo Federal, o Coronel Jarbas Passarinho, participando. Eu nem sabia que o nome daquilo era microfone. Aí, eu pedi a ele uma carona, naquele tempo não era carona, eu pedi pra ele me levar até em casa. Ele disse tudo bem. No caminho, eu criei coragem e pedi a ele: “Ronaldo deixa eu falar naquele negócio”, o negócio era o microfone. No outro domingo, ele me levou, eu participei e de lá pra cá já são quase 60 anos de rádio.

Por que a identificação com o Fortaleza?
Porque eu nasci tricolor. A bandeira do meu Estado é vermelha com uma faixa branca e uma estrela azul. A bandeira do Pará. Eu já nasci mais tricolor, do que muitos tricolores cearenses.

O rádio abre as portas para muita coisa na vida. Uma delas é a política. Você já se candidatou alguma vez? 
Eu fui uma vez chamado pelo governador Gonzaga Mota pra ajudar o PTB. Só para botar meu nome como candidato. Mas eu não pude trabalhar. A rádio Uirapuru não autorizou. Eu apenas registrei minha candidatura. Depois tentei cancelar pra continuar trabalhando. Mas não consegui. Mas não fui atrás de voto. E mesmo assim tive 222 votos, sem pedir nenhum.

Como você analisa o governo Cid Gomes?
Maravilhoso. Ele pode até ser ruim com os funcionários públicos, como todos os governadores foram, porque sempre nos pagaram muito mal. No funcionalismo público do Estado do Ceará, do qual eu sou um aposentado, nós sempre ganhamos muito mal. Nem Tasso, nem Ciro, nem Cid, nem Gonzaga Mota, nem Virgílio Távora, nunca ninguém se preocupou em pagar melhor o funcionalismo público. Tirando isso, eu acho um espetáculo o governador Cid Gomes.

E o governo da Presidenta Dilma?
Olha... Pela condição de mulher, pelas pressões naturalmente que ela viria a sofrer por ser mulher, ela está fazendo um belo governo.

Com tanto tempo de carreira, quais as mudanças que mais impactaram no rádio esportivo?
Nós, tecnicamente, tivemos um avanço, uma subida fantástica, maravilhosa. Porém, em termos de material humano houve um decréscimo enorme.

Hoje tem o tubão e até o ouvidão, né?
O ouvidão é um crime, é uma palhaçada. O tubão é apenas uma acomodação das emissoras que ficam sem ter muita rentabilidade e fogem para esse tipo. Eu particularmente não gosto. Eu gosto é do estádio, junto com o torcedor. Sofrendo com o torcedor. Vendo aquilo que o torcedor vê. E não pela televisão que você só vê um pedacinho do campo.

Como você analisa o mercado de rádio esportivo hoje em Fortaleza?
A porta é ampla. O mercado é maravilhoso. Mas o problema é na hora de conquistar patrocinadores. Enquanto uma emissora oferece anúncios a 15 mil reais, outra aparece e oferece a 300 reais. Aí, fica muito difícil.

Diferentemente de outros centros como Rio de Janeiro, São Paulo e até Recife, o rádio esportivo na FM ainda não conseguiu emplacar aqui em Fortaleza. Por qual razão?
Porque aqui a cultura do nosso povo é diferente. Aqui, FM é só pra ouvir música. Era. Porque agora aqueles bichinhos que você bota no som do carro, ninguém quer mais ouvir FM. Você já leva toda sua discoteca ambulante.

Vamos falar um pouco de futebol. Ceará, Fortaleza e Icasa. Você acredita no acesso deles três?
Olha... Ceará, não. Icasa, não. Fortaleza, talvez.

E a Seleção Brasileira. Você acredita que dá pra ganhar a Copa?
Com Felipão, sim. Sem o Felipão, não.

Aliás, a Copa do Mundo aqui no Brasil vai trazer algum benefício...
Já está trazendo. Fortaleza está passando por uma metamorfose com várias avenidas sendo abertas, viadutos que a gente nem pensava, passagens subterrâneas que a gente nem imaginava, vários benefícios. Nós estamos sendo sacrificados, mas daqui a dois anos vamos dar graças a Deus pela Copa.

Você acha que a Voz do Brasil deveria acabar?
Não. A Voz do Brasil é noticiário oficial. Não devia era ter aquela obrigatoriedade de você perder uma hora, às 7 horas da noite, horário nobre. Poderia haver flexibilidade da emissora que tivesse interesse em bem informar os seus ouvintes. Porque ali, sai os documentos oficiais do governo. É algo importante. Só que essa obrigatoriedade eu não concordo. Como o horário eleitoral gratuito. Gratuito uma ova, porque alguém ganha com isso.

Qual sua opinião sobre maioridade penal. Deve ser reduzida?
Devia ser reduzida para 10 anos de idade.

Você concorda com o voto obrigatório?
Nada obrigado é bom. Mas o brasileiro é irresponsável. Se ele não tem obrigatoriedade de votar, meu amigo, as eleições iam ser apenas dois ou três por cento de votantes. O brasileiro é muito irresponsável. Só passa a ser responsável, quando mexe no bolso.

Quais seus seu momentos de alegria?
Quando o Fortaleza ganha. Quando tem dinheiro no bolso. Quando eu tô com minha saúde em plena forma. Quanto eu estou em plena paz com minha consciência e de bem com a vida.

O que você faz para manter a voz em perfeito estado?
Nada. Eu tomo água gelada, eu tomo guaraná gelado. Tudo que não é pra fazer (para cuidar bem da voz) eu faço. Deus me protege. Tudo que eu faço de errado pra minha garganta, Deus passa a mão e limpa.

Você é chamado de “o de todos os esportes”. Quais outros esportes você narrou?
Excetuando Rugby e o futebol americano, eu já narrei tudo. Natação, vôlei, basquete, futsal... Aliás, se você não sabe, eu sou tricampeão cearense como treinador de futebol de salão, campeão do norte-nordeste e vice-campeão da Copa Paulo Sarasate pelo glorioso Sumov Atlético Clube.

Como é chegar aos 72 anos, trabalhando todos os dias e com uma legião de fãs?
É coisa de Deus. Você pensa que eu me cuido? Eu vou caminhar na Beira-Mar, mais pela saúde da minha mulher, do que pela minha. Eu por mim ficava em casa dormindo. Eu acordo, depois tomo banho e tô bonzinho. Não bebo, não fumo. Mas ainda faço amor. E a mulher não se queixa, parece que ainda faço bem.

Pra fechar: um “bate-pronto’ pra você dizer suas preferências:

Carro?  O meu, Gol.
Jogador de futebol? O que sabe jogar.
Político?  Vários. Tasso Jereissati. O Ciro do passado. O Cid do presente.
Ator?  São tantos bons que seu eu disser um estarei sendo injusto. Sou fã de todos os atores e atrizes brasileiros. Acho os fantásticos.
Bebida?  Água
Comida?  Como todo bom brasileiro, aquela feijoadinha.
Filme?  Eu não vou muito ao cinema. Mas “E o Vento Levou” eu me lembro bem.
Livro?   Eu li todos os de Jorge Amado e todos os de Aluisio de Azevedo.
Novela? Roque santeiro
Narrador Esportivo? São vários. Mas fico com Edyr Proença (já falecido) da Rádio Clube do Pará
Apresentador (a) de TV?  Fernando Vannucci
Repórter Esportivo?  Todos com quem trabalho aqui na Rádio Assunção.
Lugar inesquecível?  Não posso dizer. Guardo só comigo essa lembrança.
Lugar pra conhecer?  O Japão
BLOGS DO KEMPES
segunda-feira, 30 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

BIOGRAFIA DO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO CEARENSE DE FUTEBOL, DR. MAURO CARMÉLIO!!!

Mauro Carmélio - Presidente da FCF 
Mauro Carmélio - Presidente da FCF

Biografia: Nasceu em Fortaleza, no dia 18 de fevereiro, filho do médico Mauro Costa e Teresa Natércia, primeiro de quatro filhos (Marcos Augusto, Mário Henrique e Marcio César). Desde a infância conviveu com o futebol, desde brincadeiras com os irmãos, com amigos de infância e com atletas e dirigentes, influencia do pai e do tio Fares Lopes, dirigentes do Fortaleza Esporte Clube. Foi gandula de futebol e jogou nas categorias de base do São Gerardo, clube ainda filiado a FCF. Fez o 1º grau no Colégio Marista Cearense em Fortaleza e o 2º grau no Colégio Andreas Versalius em Teresina-PI, onde seu pai foi transferido. Serviu o Exercito Brasileiro, onde recebeu o diploma honra ao mérito por seu serviço relevante a pátria. Cursou Direito na UNIFOR e montou seu Escritório de Advocacia Mauro Carmélio Advogados Associados SC em 1987, onde até hoje presta serviços, atuando predominantemente nas áreas bancárias e securitárias. Casou-se em 1991 com Alessandra Costa e tem três filhos (Mauro Neto, Joao Victor e Alice Costa). Entrou na FCF como procurador do TJD em 1989, foi Auditor e Presidente da 1ª Comissão Disciplinar. Em 1994 assumiu o cargo de Diretor Jurídico da FCF. Em 2005 foi eleito Vice-presidente da FCF, em 2009 Presidente e reeleito em 2013 com unanimidade de votos. Notabilizou sua gestão pela modernização da FCF. Criou diversos campeonatos, recebendo dois não-profissionais e atualmente realizando 5. Foi o idealizador da Copa Fares Lopes, torneio que implantou e cresce a cada ano. Movimentando os clubes durante todo ano. Melhorou a receita dos clubes e profissionalizou o futebol cearense. Elevou o número de representantes cearenses no cenário nacional. Em sua gestão possui o Guarany de Sobral foi campeão brasileiro serie D e o Icasa conquistou o Vice campeonato da Serie C.Biografia: Nasceu em Fortaleza, no dia 18 de fevereiro, filho do médico Mauro Costa e Teresa Natércia, primeiro de quatro filhos (Marcos Augusto, Mário Henrique e Marcio César).
 
Desde a infância conviveu com o futebol, desde brincadeiras com os irmãos, com amigos de infância e com atletas e dirigentes, influencia do pai e do tio Fares Lopes, dirigentes do Fortaleza Esporte Clube.
 
Foi gandula de futebol e jogou nas categorias de base do São Gerardo, clube ainda filiado a FCF. Fez o 1º grau no Colégio Marista Cearense em Fortaleza e o 2º grau no Colégio Andreas Versalius em Teresina-PI, onde seu pai foi transferido. Serviu o Exercito Brasileiro, onde recebeu o diploma honra ao mérito por seu serviço relevante a pátria.
 
Cursou Direito na UNIFOR e montou seu Escritório de Advocacia Mauro Carmélio Advogados Associados SC em 1987, onde até hoje presta serviços, atuando predominantemente nas áreas bancárias e securitárias.
 
Casou-se em 1991 com Alessandra Costa e tem três filhos (Mauro Neto, Joao Victor e Alice Costa). Entrou na FCF como procurador do TJD em 1989, foi Auditor e Presidente da 1ª Comissão Disciplinar.
 
Em 1994 assumiu o cargo de Diretor Jurídico da FCF. Em 2005 foi eleito Vice-presidente da FCF, em 2009 Presidente e reeleito em 2013 com unanimidade de votos. Notabilizou sua gestão pela modernização da FCF. Criou diversos campeonatos, recebendo dois não profissionais e atualmente realizando 5. Foi o idealizador da Copa Fares Lopes, torneio que implantou e cresce a cada ano. Movimentando os clubes durante todo ano. Melhorou a receita dos clubes e profissionalizou o futebol cearense. Elevou o número de representantes cearenses no cenário nacional. Em sua gestão possui o Guarany de Sobral foi campeão brasileiro serie D e o Icasa conquistou o Vice campeonato da Serie C.
 
FCF
19/09/2013
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

GYLMAR DOS SANTOS NEVES É ENTERRADO SOB SALVA DE PALMAS!!!

Gylmar dos Santos Neves é enterrado sob salva de palmas

Goleiro nas conquistas do bicampeonato mundial da Seleção (1958 e 1962) e do Santos (62/63) faleceu aos 83 de idade, dias após sofrer infarto

Enterro Gylmar dos Santos Neves (Foto: David Abramvezt)
  Gylmar dos Santos Neves é enterrado em São Paulo nesta segunda-feira (Foto: David Abramvezt)
 Debaixo de uma sonora e emocionante salva de palmas, e com a presença de campeões mundiais pela Seleção Brasileira e pelo Santos, o ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves foi enterrado, às 15h, desta segunda-feira, no Cemitério do Morumbi,  na Zona Sul de São Paulo. Bicampeão do mundo nas Copas de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile, Gylmar, que faleceu no último domingo seis dias depois de sofrer um infarto, entrou para a história como um dos melhores arqueiros de todos os tempos.
 
Companheiros de glórias tanto na Seleção como no Peixe, o ex-volante Zito e o ex-atacante Pepe foram dos mais emocionados no enterro do amigo.
 
– O Santos atacava muito e ficava muito exposto, assim o Gylmar pôde aparecer e mostrar a sua enorme qualidade. Ele era um goleiro fantástico, quase infalível e um ótimo amigo. É uma grande perda para o futebol brasileiro e mundial. Vai deixar saudades. Foi uma honra ter jogado com ele – afirmou Pepe.
 
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, também foi ao cemitério prestar as suas homenagens em nome da entidade. Outros que estiveram no local foram ex-jogadores como Jair da Costa (campeão com o Brasil, em 62) e Dorval (bicampeão do mundo com o Santos, em 62 e 63), além de atletas que não atuaram com Gylmar, mas usufruíram de seu legado com a camisa canarinho, como Zé Maria, lateral-direito reserva na conquista do tri, em 1970, Cafu, ex-lateral e capitão brasileiro na conquista do penta, em 2002, além de Zetti, arqueiro reserva no tetra em 1994.
 
Saiba mais
Por David Abramvezt São Paulo
26/08/2013 15h14 - Atualizado em 26/08/2013 15h59

sábado, 29 de junho de 2013

JUIZ FEDERAL, SÍLVIO MOTA, ENFRENTA POLICIAMENTE EM MANISFESTAÇÃO EM FORTALEZA!!!

Depoimento de Silvio Mota sobre a manifestação na última quinta-feira
"Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa", disse Silvio em depoimento no Facebook.

“Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!”

Era isso que eu ia cantando quando avancei contra a PM do Sr. Cid Gomes.

Por que avancei?
Em primeiro lugar, porque a polícia não se manteve nas barreiras e avançou para acabar com a manifestação. Uma manifestação pacífica, de cara limpa, em que tremulavam bandeiras dos movimentos sociais e até de partidos políticos.
 
Não é verdade que os manifestantes provocaram o enfrentamento.
A PM do Ceará mentiu, e a Rede Globo também.
A maior manipulação da Globo foi a de não seguir a linha do tempo, e apresentar imagens do final do conflito sem nada dizer das horas de bombardeio que sofremos.
 
Tenho 68 anos e limitações de locomoção, e estava sentado quando eu e minha esposa, também com 68 anos, fomos atingidos por artefatos de gás lacrimogênio. Estávamos longe da barreira, com vários trabalhadores, professores universitários, profissionais da saúde, e até militantes das
 
Pastorais da Igreja Católica.
Minha esposa foi levada por jovens manifestantes para longe, a fim de ser tratada dos efeitos do gás. Eu fiquei, inclusive porque peso mais de 100 quilos. Estava aplicando uma esponjinha molhada de vinagre para poder respirar, mas vi uma jovem tão apavorada que passei minha esponja para ela.
 
Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa, com a camisa contra a PEC 37. Os PMs ficaram confusos, mas logo avançou um oficial superprotegido por escudos e asseclas que mal podia falar.
 
Foi logo dizendo que eu não podia fazer aquilo, mas respondi que estava no meu direito de manifestar-me sem armas. Ele alegou que eu podia ser atingido por pedras, mas nenhuma foi arremessada contra mim. As poucas que havia no chão eram pequenas, e nenhum risco causavam a seus escudos e coletes. Disse-lhe que dispensava sua proteção, pois quem tinha me agredido era ele, e não pedras.
Ele voltou para sua linha de escudos.
Os jornalistas presentes logo me perguntaram se eu era promotor, e lhes disse que era juiz aposentado e meu nome. Até defendi o plebiscito proposto pela Presidenta Dilma.
 
O garboso oficial com seus escudos laterais saiu da linha de novo e disse que iria prender-me.
Disse-lhe que não podia fazer isso porque eu era um magistrado vitalício e não estava cometendo nenhum crime. Exibi-lhe minha carteira funcional, e ele disse que não ia me prender, mas que ia prender a um senhor militante do MST que tinha avançado para meu lado para proteger-me e estava usando a camisa do movimento.
 
Disse-lhe então que iria com ele, e na confusão o camponês correu e o garboso oficial não teve coragem de abandonar a linha para persegui-lo.
 
DESTAQUE NO THE NEW YORK TIME

Dei-lhe as costas e voltei para a meninada, que já estava mais calma, mas então ele teve coragem de mandar disparar pelos menos cinco artefatos de gás nas minhas costas. Os meninos apagaram quatro deles em baldes de água, e um quinto me atingiu no meio das costas. Caiu no chão e chutei para o lado. É bom saber: nunca dê as costas para uma hiena.
 
Depois de voltar para a manifestação encontrei minha mulher, ficamos ainda algum tempo aguentando gás lançado contra nós sem motivo, em trajetórias de longo alcance e ainda deu tempo para sair com nosso carro e almoçarmos em um restaurante (o que tinha que fazer com urgência, pois já eram duas da tarde e sou diabético).
Só então tivemos notícias dos confrontos mostrados nas imagens da Globo, por celular."

Sílvio Mota
Magistrado Federal
FACEBOOK 28/06/2013 - 11h01


sábado, 2 de março de 2013

RAIMUNDO FAGNER DE VOLTA A 1978!!!

Fagner de volta a 1978

Indique essa matéria



Documentário perdido durante anos sobre o cantor foi restaurado e está em exibição gratuita na internet
Além dos discos, pouco se tem sobre a consagrada investida de músicos cearenses – Fagner, Belchior, Ednardo, Amelinha, Rodger e Téti – pelo sudeste nos anos 1970, salvo muitas histórias e poucas fotografias. Em exibição gratuita na internet, o curta-metragem documental “Raimundo Fagner” faz um raro e fascinante resgate de parte desta história, vivida pelo cantor cearense no final da década de 1970.
Cena do curta-metragem “Raimundo Fagner” (1978), dirigido por Sérgio Santos


O cenário da gravação fica entre o Rio de Janeiro e São Paulo. O contexto é o ano de lançamento do disco “Orós”, o quarto de sua carreira, em 1978.
O documentário vem a público repleto de curiosidades que só reforçam o seu valor histórico: quando lançado, foi um dos mais exibidos nas salas de cinema comercial do País. Acabou perdendo-se em meio ao acervo da extinta Embrafilme, sendo reencontrado somente em 2005 pelo diretor da produção, Sérgio Santos, que restaurou e digitalizou o material. Rodado originalmente em película 35mm colorida, o filme é destaque este mês no canal online Porta Curtas. A versão recuperada, no entanto, vem em preto e branco. Quem explica toda a trama, desde sua produção até a atual versão, é o próprio diretor.

“O Fagner morava no mesmo edifício que eu. Estava começando a carreira. Tínhamos nossa turma do bairro, que jogava bola”, lembra. “Raimundo Fagner” acabou sendo o primeiro trabalho de sua produtora, a Cinefor, contando com apoio da gravadora de Fagner na época, a CBS, e de amigos como o cineasta José Joffily, que assina a câmera e fotografia. “É um curta produzido com os melhores equipamentos, mas de baixo custo. Foi uma filmagem super tranquila. A gente levava uma vida boa, jogando bola, indo a praia. E isso refletiu um pouco no filme. Foi feito sem correria, no nosso ritmo”, ilustra Sérgio.
Sucesso
Valendo-se de uma lei federal que, na época, obrigava a exibição de um curta-metragem nacional antes de todos os filmes exibidos nas salas comerciais, “Raimundo Fagner” contou ainda com uma pitada de sorte: estreou antecedendo as sessões de “Os Embalos de Sábado a Noite”, clássico com músicas dos Bee Gees, estrelando John Travolta, que levou mais de seis milhões de expectadores aos cinemas.

“Foi o maior sucesso. O filme passou muito no Brasil inteiro. Isso ajudou até na projeção da imagem do Fagner”, lembra o cineasta. Segundo ele, esta foi uma das raras produções dos jovens produtores da época que deu lucro.

“Os curtas-metragens sempre recebiam uns 5% da bilheteria do filme que antecedia. Este curta foi juntando esse dinheirinho e acabou se pagando e dando lucro, que usei para fazer outros filmes”, comemora Sérgio.
Cenas
O curta-metragem traz gravações no apartamento de Fagner, no Rio de Janeiro, incluindo depoimentos do artista sobre sua arte, suas referências musicais; uma pelada de futebol com os Novos Baianos, às margens do Rio Tietê, em São Paulo; passeios pelas ruas cariocas e trechos de um show gravado no Teatro Municipal de São Paulo. No repertório, estão músicas como “Mucuripe”, “Último Pau de Arara”, “Sinal Fechado” e “Riacho do Navio”.

“Naquela época, havia uma discussão na MPB sobre a eletrificação. O Fagner uniu a música nordestina com guitarras. Isso era forte. E o filme mostra bem isso”,
ilustra.
Reencontro
Perdido nos arquivos da Embrafilme após o fechamento da Estatal, apenas em 2005 Sérgio Santos conseguiu reaver a obra. No restauro e digitalização, o filme teve que ser alterado, transformado em preto e branco. A opção, explica Sérgio, foi para que se recuperasse a qualidade e profundidade na imagem, que havia sido danificada pelo tempo. “Virou meio cult, ainda mais agora preto e branco”, brinca.
Mais informações:
O documentário “Raimundo Fagner”, de Sérgio Santos, está disponível para exibição gratuita no
site Porta Curtas
Fábio MarquesRepórter

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

BIOGRAFIA DE MOZART GOMES - ÍCONE DO FUTEBOL CEARENSE!!!

Biografia de Mozart Gomes, ícone do futebol cearense, será lançada nesta quinta-feira
Mozart foi um dos grandes craques do futebol cearense (Foto: Arquivo O POVO )
Mozart foi um dos grandes craques do futebol cearense (Foto: Arquivo O POVO )
Uma vida intensa, em dois tempos de um jogo único - o do próprio viver. O primeiro tempo se deu nos campos de praças, nos asfaltos das ruas, nos gramados de Norte a Sudeste. O segundo, em bares da Gentilândia à Copacabana, em cabarés do Curral à Lapa, em paixões desregradas por fulanas e no amor definitivo por Baiana.

Os dois tempos, intensamente vividos pelo craque Mozart Araújo Gomes, o Mozarzinho (1939-2009), se enredam e se imortalizam na biografia Mozart - uma Trajetória Inquieta no Futebol. Escrita por Saraiva Júnior, cronista e amigo, a biografia - capítulos de encontros, desencontros e reencontros - será lançada na noite desta quinta-feira.

A trajetória por jogos e noites foi refeita pelo próprio Mozart, em entrevistas realizadas durante caminhadas na praça Argentina Castello Branco (Fátima), 25 anos depois da amizade iniciada no bairro Benfica. “Eu jogava bola na rua do Mozart (rua Adolfo Herbster). Por volta de 68, 69, participei de uma ‘peneirada’ do Fortaleza (clube do craque). E, na juventude, cheguei a tomar umas e outras com o Mozart”, assinala Saraiva.

O glorioso jogador cearense, dono de singulares “habilidade, arrancada e chute potente”, sempre habitou o imaginário dos loucos por futebol. “Quando tinha jogo do Ceará e do Fortaleza, o pessoal vinha de Fusca, de Senador Pompeu (sertão do escritor) para cá, assistir... Tem uma jogada do Mozart que está na cabeça de toda criança: as bicicletas. Ele tinha uma facilidade incrível para dar bicicletas”, sublinha o cronista.

Fama e funcionalismo público

Mozarzinho, irmão do meio-campista Moésio Gomes (1934-1992) e sobrinho do técnico França, já vestia a camisa 11 do Fortaleza aos 16 anos. Entre as décadas de 1950 e 1960, o “canhoto que driblava pelo lado direito” ganhou fama no País do futebol. “Não é exagero compará-lo a Garrincha, o maior ponta direita de todos os tempos , no que diz respeito às jogadas-padrão de ambos”, compara Saraiva Júnior.

O ápice - e a solidão - foi alcançar o Fluminense de Telê, Castilho e Pinheiro, em 1958. Mas o cearense não teve espaço no time. “Não havia amizade verdadeira entre os jogadores. Fiz apenas um amigo, o Altair (lateral-esquerdo)”, contou.

Entre um jogo e o próximo, e entre uma desilusão e outra, Mozart “procurava refúgio na bebida” e nos prostíbulos, contrapõe Saraiva Júnior. De volta a Fortaleza, equilibrou-se em um emprego nos Correios e sossegou no amor de Eugênia Maria (Baiana), da família Nepomuceno, com quem se casou em 1965. Em seu saldo de gols, viveu como escolheu (por pensar que morreria cedo). Intensamente. (Ana Mary C. Cavalcante)

SERVIÇO

Mozartuma Trajetória Inquieta no Futebol
O quê: biografia do craque cearense, escrita por Saraiva Júnior
Quando: lançamento hoje, a partir das 19 horas
Onde: restaurante Parque Recreio (av. Rui Barbosa, 2727 - Dionísio Torres).
Preço: R$ 25

SAIBA MAIS
Livros que narram o futebol cearense

- PV: biografia de uma paixão. Corpo, Alma e Coração do Estádio Presidente Vargas. (2011), de Ciro Câmara e Cláudio Ribeiro

- Futebol Cearense: a História (2011), de Alberto Damasceno

- Presepadas no Mundo da Bola (2003), de Alberto Damasceno

- Futebol Cearense: Retalhos Históricos ( 2007), de Alfredo Sampaio

- Ceará Sporting Clube: um Retrato em Preto e Branco (2004), de Lúcio Chaves Holanda

- Ceará x Fortaleza: Grandes Clássicos-Rei da História (2006), de Airton de Farias e Vagner de Farias

28.02.2013| 08:07

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MOZART UMA TRAJETÓRIA INQUIETA NO FUTEBOL!!!

Biografia conta a trajetória do ex-atacante Mozarzinho
Mozarzinho faleceu em 2009 vítima de câncer (Foto: Saraiva Júnior / Arquivo pessoal)

Mozarzinho faleceu em 2009 vítima de câncer (Foto: Saraiva Júnior / Arquivo Pessoal)
A história de um maiores ídolos do Fortaleza, Mozart Gomes, ou Mozarzinho, como era carinhosamente chamado, virou livro. Na próxima quinta feira (28), às 19 horas, no Parque Recreio, o escritor Saraiva Júnior lança a biografia de um dos mais importantes atletas que passaram pelo futebol cearense na década de 60.

“Mozart: uma trajetória inquieta no futebol” é o título da obra, que Saraiva levou cinco anos para escrever. Com 286 páginas, o livro traz passagens importantes da vida do polêmico, mas extremamente talentoso atacante, que desfilou seu futebol com maestria na década de 1960, deixando saudades aos que tiveram o privilégio de acompanhá-lo naquela época.
Mozarzinho faleceu em 2009 vítima de câncer.
No site oficial do Fortaleza, o clube convida a torcida do Tricolor para comparecer ao evento e garantir o livro.
Serviço:
Evento: Lançamento do livro “Mozart: Uma trajetória inquieta no futebol”, de autoria de Saraiva Júnior.
Data: 28.02.2013 – Hora: 19h
Local: Churrascaria Parque Recreio (Avenida Rui Barbosa, 2727)
Preço do livro: R$ 25,00.
Por Alan Barros às 9:22 de 26/02/2013
Atualizada às 9:22