
Os motivos alegados por ele, foram a saudade da família, que ficou em Natal, as divergências com empresários de futebol e a distância dos seus empreendimentos na capital potiguar.
Com 12 títulos de campeão potiguar, dois no campeonato cearense, além de acessos por ABC, América e Fortaleza, para as séries "A"e "B" do Brasileiro, Teixeira é um dos técnicos mais vitoriosos do futebol nordestino. O sua despedida acontece amanhã, na partida contra o América, pela segunda rodada da série "C" do Brasileiro.
Ferdinando afirma: - Sei que tinha uma parte dos dirigentes que não me queriam aqui
O senhor deixa apenas o Fortaleza ou está realmente se aposentando?
- Então, estou mesmo saindo do futebol. Tinha o pensamento de trabalhar até os 65 anos e já passei dessa idade. O organismo já não reage da mesma forma, aos stresses e eu sou um cara muito sério dentro das minhas coisas. Agradeço a torcida, aos dirigentes, aos jogadores, aos funcionários do clube. Sei que tinham algumas pessoas que não queriam que eu ficasse aqui, já que não sou muito simpático. Mas, faz parte. A gente sente que há cisões dentro do clube. Não há união por completo. Tem vaidades que precisam ser administradas, ciúmes e isso tudo precisa ser administrado para poder se ter tranquilidade para trabalhar.
A distância da família pesou para essa sua decisão?
- Eles não podem mais me acompanhar e isso tem me feito muita falta. Estava decidido em acelerar o processo de aposentadoria. Nunca tinha tido problema de saúde e tive logo após a derrota para o CRB, na estreia da série "C". Foi um aviso do organismo. Agora vou me cuidar, buscar qualidade de vida junto a minha família.
Por que você não pensou na distância da família antes de assumir o Fortaleza?
- Você não sente o problema antes dele surgir. Sei que tinha uma parte dos dirigentes que não me queriam aqui. Mas, o mais decisivo foi esse problema de saúde que tive durante a semana. Nunca tinha tudo isso antes.
Essa sua decisão não seria uma forma de antecipar uma possível demissão, caso não vencesse o América?
- Não. Lá na frente pode acontecer essa derrota, mas iremos no classificar. Tenho certeza que esse grupo aqui formado tem amplas condições de brigar pelo acesso.
Sente-se realizado na sua carreira como treinador?
- Conquistei quase tudo que disputei no futebol, por isso mesmo me sinto realizado naquilo que fiz e que faço. Aqui no Fortaleza, assim como acontece em Natal, também existem aqueles empresários de jogadores que querem a todo custo colocar os seus no clube, e não aceito isso em hipótese alguma.
Tribuna do Norte de Natal
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